
Charge do Nando Motta (brasil247.com)
Fábio Zanini
Folha
Ela ressalta a importância da aprovação do texto para o governo, por se tratar de uma pauta popular e que se insere na defesa da justiça tributária feita pelo presidente Lula (PT).
OUTRO PATAMAR – “Ele coloca num outro patamar a discussão sobre a diferença de renda do país”, diz. “Acho que o mais importante foi ter atingido pela primeira vez o andar de cima. É algo paradigmático para nós”
Para a ministra, o projeto dá condição para o governo avançar em outra pauta cara ao governo: o fim da escala 6×1. Nesta quinta-feira, Gleisi gravou um vídeo ao lado da deputada Erika Hilton (PSOL-SP) no qual ambas defenderam a proposta.
Gleisi avalia ser difícil aprovar o fim da escala 6×1 neste ano, mas diz ser possível fazer um esforço para tentar a promulgação do texto no primeiro semestre de 2026. “O tema, que parecia um tabu, está amadurecendo. E o Imposto de Renda também começou como um assunto intocável. Vai ser o mesmo caso”, complementa.
REAÇÃO – Logo que foi anunciada pelo ministro Fernando Haddad (Fazenda), em pronunciamento feito em novembro do ano passado, a isenção de IR para quem ganha até R$ 5.000 provocou forte reação do mercado financeiro, que considerava a medida populista. O texto foi encaminhado ao Congresso em março deste ano e aprovado por unanimidade pelos deputados presentes na sessão—foram 493 votos a 0. Gleisi avalia que a escala 6×1 terá trajetória parecida.
O PT já incluiu o tema como uma das pautas prioritárias em suas campanhas de comunicação, depois que os dois temas apareceram com relevância nas últimas pesquisas realizadas pelo Fundação Perseu Abramo.
A ideia do partido é usar o argumento de que as “pessoas estão vivendo para trabalhar e não trabalhando para viver” para tentar angariar apoio à redução da jornada de trabalho. O outro tema que será explorado pelo partido é segurança pública, com foco nas famílias.
Se o Congresso vier a aprovar o improvável fim da escala 6 x 1, os bolsonaros já devem ir rebaixando suas pretensões para 2026, de senadores (porque a presidente já era!), para candidaturas a deputado estadual, se muito.
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