
BC vê juros restritivos por tempo prolongado, diz Galípolo
Rodrigo Rodrigues
G1
O presidente do Banco Central do Brasil, Gabriel Galípolo, disse nesta segunda-feira (6) que o mercado de trabalho no Brasil é o “mais exuberante das últimas três décadas” e que prevê a manutenção da Taxa Básica de Juros da economia brasileira (Selic) em um “patamar restritivo por um período bastante prolongado”.
Em palestra realizada na Instituto Fernando Henrique Cardoso (IFHC), em São Paulo, Galípolo afirmou que esse período de geração de emprego formal produz pressões inflacionárias que impedem o país de atingir o centro da meta inflacionária de 3%, com tolerância de 1,50 ponto percentual, chegando a 4,5% no ano. “Provavelmente, é o mercado de trabalho mais exuberante das últimas três décadas”, afirmou.
CRESCIMENTO – Segundo ele, “é menos um crescimento de gente que está chegando no mercado de trabalho por questão de crescimento demográfico e mais de gente que voltou para a força de trabalho. E isso tem impulsionado esse crescimento”.
“O Banco Central vê com bons olhos a gente ter tido um mercado dinâmico e ter crescido, mas a questão é: pra gente conseguir continuar crescendo sem ter uma pressão inflacionária, é muito importante que esse crescimento se dê também por aumento de produtividade. Uma produtividade que permita a gente ter uma sustentabilidade e duração mais longa desse crescimento”, declarou.
TAXA SELIC – Na palestra, o presidente do Banco Central também afirmou que sabe que a Selic atual de 15% é muito alta e restritiva, mas o órgão corrobora com a visão do Boletim Focus do mercado financeiro, que não vê a inflação fora do centro da meta até 2028. “A gente vislumbra a manutenção da taxa de juros num patamar restritivo por um período bastante prolongado, para produzir essa convergência”, disse.
De acordo com ele, não há expectativa de que a inflação fique dentro da meta nos próximos anos. “A gente não vê a inflação na meta em nenhum dos horizontes até 2028, pelas expectativas do Focus. Óbvio que o Banco Central tem suas próprias projeções, há uma cultura e institucionalidade sobre como a gente incorpora essas sugestões [do mercado] dentro das nossas projeções, mas isso é indicativo bastante incômodo pra gente”, completou.
PRESSÃO – Galípolo disse ainda que, desde abril, existe uma pressão inflacionária dos alimentos que elevou a Selic de 12,25% para 15% ao ano. Isso se deveu, segundo ele, a um mercado que chegou a ter inflação de alimentos de 16,6% nos itens de alimentação que formam o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), inflação oficial do país.
“Lá em abril, a gente tinha 57% dos itens que compõe o IPCA superior ao dobro da meta de inflação. A gente tinha 70% superior à banda superior do teto e a gente tinha 78% acima da meta. Então, fica difícil a gente dizer que era uma inflação pontual”, explicou.
LONGE DA META – Ele afirmou que, se olharmos para o núcleo de alimentos, “chegamos a ter uma inflação de alimentos de 16,6% em abril” e “estamos agora em 3,9%. A distância que a gente tem entre o IPCA e a meta – IPCA de 5,1% – é bastante longe da meta ainda. A meta é 3%. A gente persegue a meta de 3%, estamos em 5,1% que é bastante superior à banda superior da meta [4,5%]”, completou.
Mais uma vez, ele justificou a elevação das taxas de juros por conta das pressões inflacionárias. “A gente fez uma elevação de praticamente 450 pontos base na taxa de juros. Ela coloca a taxa de juros num patamar restritivo com alguma segurança. A gente sabe que é uma taxa de juros de 15% elevada, mas percebam que a situação que a gente chegou em abril – e o Banco Central começa seu movimento antes – a gente já percebe esse aquecimento e antecipadamente faz a elevação da taxa de juros”, afirmou.
A taxa de juros é muito alta. Os juros reais estão entre os maiores do mundo.
Será que esse remédio é bom ou agrava ainda mais os sintomas? A manutenção dos juros reais altos aumenta a dívida pública em muito. E mesmo que tívessemos algum superávit fiscal primário, teríamos deficit nominal que sempre existiu, depois de ser criado o Real.
Pela sua visão, que é a do mercado, o aumento do emprego formal produz inflação, porque mais gente empregada, mais consumo.
Será que teremos um dia, juros reais razoáveis? o BC será refém do mercado sempre?
Na verdade, o plano real original sugerido ao FHC como Ecodôlar, Bradolar, ou coisa que valha.., era provisório, a ser usado apenas como um meio, apenas para conter a inflação galopante, mudar o nome da moeda (cruzeiro, cruzado…, que só lembrava e induzia sofrimento social do qual estávamos todos exaustos há muito tempo…) e, por conseguinte, ganhar alguma estabilidade política para que pudéssemos por em prática o nosso megaprojeto novo e alternativo de política e de nação, com moeda própria (o possível Lato, indutor de latinidade) com a consequente e corajosa resolução do país, da política e da vida da população para os próximos 500 anos, alicerçado na estabilidade política, na sustentabilidade, na paz, no amor, no perdão, na conciliação, na união e na mobilização permanente em prol da então mega solução, via evolução, mas daí, FHC, PSDB e agregados, deturparam tudo, roeram a corda, obraram mole, e passaram a usar o real oportunisticamente como um fim eleitoral em si mesmo (idem a todos os seus sucessores que engataram a quinta marcha e estão aí até hoje e querendo mais dos me$mo$), eleição, reeleição e os diabo$, tornando muito pior o que em si já era muito ruim, tal seja a plutocracia putrefata com jeitão de cleptocracia e ares fétidos de bandidocracia, made in USA, copiada mal e porcamente pelo Brasil, fantasiada de democracia apenas para locupletar espertos e ludibriar a crédula, tola e indefesa freguesia, na real, vítima, refém, súdita e escrava dos me$mo$, pior, muito pior, porque o real sem a reorganização do estado brasileiro, da política e da vida da população não se sustenta por si só, posto que dependente e alimentador de gigantescos déficits públicos que só fazem aumentar mais e mais o tamanho e a potência da gigantesca bomba-relógio armada há 135 anos pelo militarismo e o partidarismo, politiqueiro$, e seus tentáculos velhaco$, de modo que, doravante, de duas uma: mudar, ou mudar o sistema, como proposto ao FHC pela RPL-PNBC-DD-ME, ou aguardar a explosão da mastodonte bomba-relógio financeira incapaz de ser contida pelo blá-blá-blá, gogó, trololó, o economês e o juridiquês dos me$mo$, até porque tampa de bule não consegue segurar a gigantesca panela de pressão que é o Brasil da república dos me$mo$. https://www.tribunadainternet.com.br/2025/10/06/galipolo-defende-juros-de-15-e-admite-que-a-inflacao-seguira-fora-da-meta-ate-2028/#comments
mas campos netos não eta o vilão. o PT se acorvadou com seu indicado?
Galípolo é vítima Campos Neto o bandido.
É a narrativa.