Na direita, Tarcísio é o único que poderá enfrentar Lula
Ricardo Corrêa
Estadão
Quantas vezes você já ouviu o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, dizer publicamente que pretende disputar a reeleição ao governo de São Paulo? Foi o que se deu, de novo, no início da semana, ao deixar a casa do ex-presidente Jair Bolsonaro. Também nos bastidores, vários aliados ouvem o mesmo. Ninguém acredita, porém, e as perguntas sobre o assunto continuam pipocando. E a razão é muito simples: Tarcísio não é mais dono de seu próprio destino.
Eis uma lição clássica que políticos mais antigos sempre repetem quando questionados sobre uma decisão sobre candidatura. Chega um momento em que você vai, empurrado ou não, queira ou não, no sacrifício ou não, para qualquer disputa. É exatamente o que pode se passar com Tarcísio. Por bons e maus motivos. Empurrado ou barrado pelo Centrão de um lado e por Bolsonaro de outro.
ALTA VIISIBILIDADE – O bom motivo é que ninguém é empurrado à cabeça de chapa de uma eleição ao mais importante do País sem que tenha se tornado uma figura de alta viabilidade. Tarcísio conquistou prestígio político e passa a ideia de alguém que pode vencer, razão pela qual as figuras do centrão que orbitavam o bolsonarismo o querem na campanha.
Esses grupos ao centro e na centro-direita, que até chegaram a tolerar a participação em uma gestão petista mas que sempre quiseram mais, veem o governador de São Paulo como o cara capaz de vencer.
Há, porém, a voz forte o suficiente para mexer com os destinos de Tarcísio de Freitas: o ex-presidente Jair Bolsonaro. E é por isso que aliados dizem que, se Bolsonaro pedir, Tarcísio, a contragosto, disputará a Presidência. Está expresso em reportagem de Bianca Gomes e Pedro Augusto Figueiredo publicada neste Estadão, acerca da visita de Tarcísio a Bolsonaro.
SERIA MISSÃO – Recentemente, um aliado de Tarcísio explicitava com mais detalhes esse raciocínio. Usava como argumento a disciplina militar e o senso de que “missão dada é missão cumprida”.
Dizia ele que, uma vez que Bolsonaro passasse uma missão a Tarcísio, o homem que ele inventou para a política, seja por gratidão ou pelo desafio, Tarcísio não poderia dizer não.
Hoje, o governador diz que tem interesse em disputar a reeleição. Nem poderia ser diferente. Não poderia atropelar a palavra de Bolsonaro e seus familiares, que estrilam apenas com um movimento mais dúbio do governador. Ele não está autorizado a dizer nada diferente.
VITÓRIA TRANQUILA – Além do mais, preferir a disputa do Bandeirantes faz sentido. Tarcísio tem uma eleição considerada bastante viável em São Paulo e se manteria como um nome cotadíssimo para 2030, quando a disputa nacional tende a estar mais aberta.
Na esquerda, não estará mais o único homem que ganhou três eleições nacionais, elegeu aliados outras duas vezes e que, neste século, só viu seu grupo político perder uma disputa ao Planalto quando estava preso. Por mais que enfrente desgaste e uma popularidade claudicante, Lula, candidato a reeleição, é um nome sempre difícil de ser batido.
Há também os dissabores que Tarcísio terá que enfrentar se aceitar a empreitada. Se hoje ele já enfrenta as pressões do bolsonarismo, incluindo uma parcela ainda mais radical comandada por Eduardo Bolsonaro, imagine quando ele não tiver mais o controle do Estado, em abril do ano que vem, quando terá que se desincompatibilizar.
CARTILHA DA FAMÍLIA – Será obrigado a rezar a cartilha da família sem qualquer questionamento, sob o risco de ser abandonado ou traído, sem nada, com o lançamento de uma candidatura com o sobrenome de Jair.
Significa dizer que terá que defender a pauta radical que o bolsonarismo exige, gastando imagem e capital político, mesmo sob o risco de se tornar o cabra marcado para perder.
Mesmo sabendo de tudo isso, Tarcísio muito provavelmente precisará dizer sim se essa for a vontade de Bolsonaro. E cada vez mais parece não haver alternativa para o ex-presidente. O plano A da família, decantada a inelegibilidade de Jair, seria Eduardo. A campanha americana do deputado federal tornou essa possibilidade remota. Ele não poderá voltar ao Brasil. Será condenado e tornado inelegível. É carta fora do baralho da urna.
DESTINO DE TARCÍSIO – As ações no exterior em conspiração com Trump para salvar o pai afetaram também qualquer um com o mesmo sobrenome. De Jair a Michelle, passando por Flávio. As pesquisas mostram que a rejeição à família aumentou. Razão pela qual escolher um nome do núcleo se tornou mais difícil. A não ser que a vitória não esteja mais no horizonte.
Se Lula melhorar a ponto de se tornar um favorito mais claro, a família Bolsonaro pode escolher perder com um dos seus para tentar manter o controle da direita. Como fez Lula em 2018, ao se recusar a apoiar um nome viável de outro partido.
Se a disputa estiver aberta, como está hoje ainda, contudo, com qualquer alternativa a anistia ou ruptura por pressão externa fracassando, Bolsonaro terá que escolher quem tem mais chance de seu grupo. Apostando em um indulto, por mais polêmico e difícil que seja. Este nome é Tarcísio. E seu destino será concorrer.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Excelente artigo de Ricardo Corrêa, ex-editor de Política de O Tempo, que reforça o time de analistas do Estadão. (C.N.)
Não há dúvida que o melhor nome até agora é do Tarcísio. Não podemos continuar na pasmaceira, na inutilidade, falta de projeto e incapacidade administrativa da dupla horrível, imprestável Lula/Bolsonaro.
Precisamos de um governante com capacidade técnia e que não fique só na masturbação ideológica do lulobolsonarismo infértil.
O Trump inaugurou um novo modo de governar: que é governar efetivamente. e quem não entrar na onda, vai se dar mal.
Manter Lula com seu kô, em sua realidade paralela, é suicídio coletivo. Este cara deveria pegar o chapéu e tirar o time de campo.
Ligação entre Barba e Laranjão é nova humilhação para o bolsonarismo
Após a Assembleia da ONU, aliados do ex-mito tentaram o fracasso de convencer os bolsotários de que Barba havia caído numa armadilha
O bolsonarismo atravessa um verdadeiro inferno astral.
Quem imaginaria que Lula e Laranjão teriam uma relação “cordial” que começasse logo após a condenação do ex-mito por tentativa de golpe de Estado? Sinceramente, ninguém. Nem eles.
A videoconferência entre Barba e Laranjão nesta segunda feira, 6, só é mais um elemento dessa sequência de terror para quem é fervoroso admirador do ex-mito e suas causas.
Fonte: O Estado de S. Paulo, Política, 06/10/2025 | 14h29 Por Fabiano Lana
Para os afastados da realidade.
Só mesmo o pândego Lula pra cair na arapuca do Trump!
Fonte: ChatGpt
### 🇷🇺 **1. Vladimir Putin (Rússia)**
* **Elogios:** Trump chamou Putin de “líder forte”, “muito inteligente” e “respeitado”.
* **Episódios:**
* Durante a campanha de 2016 e nos primeiros meses de governo (2017), Trump elogiou frequentemente Putin.
* Disse que “seria bom se nos déssemos bem com a Rússia”.
* **Sem concessões:**
* Apesar dos elogios, manteve ou ampliou **sanções econômicas** impostas à Rússia.
* Autorizou a venda de armas à Ucrânia, algo que Obama havia evitado.
* Expulsou diplomatas russos após o envenenamento de ex-agente russo no Reino Unido (2018).
* Ou seja, **nenhum gesto concreto de alívio a Putin**, apenas retórica positiva.
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### 🇨🇳 **2. Xi Jinping (China)**
* **Elogios:** Trump chamou Xi de “um grande líder”, “um homem extraordinário”, e disse que “tem um relacionamento muito bom” com ele.
* **Episódios:**
* Durante a negociação da guerra comercial (2018–2020).
* Após o encontro em Mar-a-Lago (2017), Trump o descreveu como “muito inteligente” e “respeitoso”.
* **Sem concessões:**
* Mesmo com elogios, **impôs tarifas bilionárias** sobre produtos chineses.
* Bloqueou a Huawei e restringiu investimentos tecnológicos chineses.
* Ou seja, os elogios não se traduziram em suavização de medidas — foram **parte da tática de negociação**.
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### 🇰🇵 **3. Kim Jong-un (Coreia do Norte)**
* **Elogios:** Chamou-o de “muito talentoso”, “um homem inteligente que ama seu povo” e até disse que “eles se apaixonaram” (metáfora).
* **Episódios:**
* Após as cúpulas de Singapura (2018) e Hanói (2019).
* Disse que o relacionamento era excelente e que Kim tinha “grande potencial”.
* **Sem concessões:**
* Não retirou **sanções econômicas**.
* Nenhum acordo nuclear foi assinado.
* As negociações **fracassaram**, e os testes norte-coreanos continuaram.
* Trump **ganhou manchetes e imagem de pacificador**, mas **não cedeu concretamente**.
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### 🇫🇷 **4. Emmanuel Macron (França)**
* **Elogios:** Chamou Macron de “grande amigo” e “líder maravilhoso”.
* **Episódios:**
* Durante visitas oficiais e cúpulas da OTAN (2017–2018).
* Exibiu amizade pessoal, até plantaram juntos uma árvore na Casa Branca.
* **Sem concessões:**
* Trump **rejeitou posições francesas** sobre o Acordo de Paris e comércio.
* Saiu do Acordo Climático, contrariando Macron.
* E criticou a OTAN, defendida pelo francês.
* Os elogios foram **puramente formais**.
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### 🇹🇷 **5. Recep Tayyip Erdoğan (Turquia)**
* **Elogios:** Disse que Erdoğan é “um cara forte”, “um amigo meu” e “um bom jogador de xadrez”.
* **Episódios:**
* Durante crises envolvendo a Síria e a compra do sistema russo S-400.
* **Sem concessões:**
* Trump **impôs sanções** à Turquia por deter um pastor americano (Andrew Brunson).
* Suspendeu negociações de armas e aplicou tarifas sobre aço turco.
* Libertação do pastor ocorreu **sem trocas favoráveis a Ancara**.
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### 🇧🇷 **6. Jair Bolsonaro (Brasil)**
* **Elogios:** Chamou Bolsonaro de “grande amigo”, “Trump dos trópicos”, “homem fantástico”.
* **Episódios:**
* Reuniões bilaterais em 2019 e 2020.
* **Sem concessões:**
* Trump **não isentou o aço e o alumínio brasileiros** das tarifas impostas.
* Retirou o Brasil do sistema de preferências tarifárias (GSP).
* E não apoiou o Brasil formalmente na OCDE, apesar das promessas.
* Os elogios foram **simbólicos, não práticos**.
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### 🇸🇦 **7. Mohammed bin Salman (Arábia Saudita)**
* **Elogios:** Chamou o príncipe saudita de “grande amigo dos EUA” e “líder muito respeitado”.
* **Episódios:**
* Mesmo após o assassinato do jornalista Jamal Khashoggi.
* **Sem concessões significativas:**
* Embora tenha evitado sanções diretas, **manteve o controle do Congresso sobre venda de armas** e **não alterou alianças militares**.
* O apoio foi retórico, mas sem mudanças estruturais.
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### 🧭 Conclusão geral
Trump usava **elogios como ferramenta de negociação e marketing pessoal**, mas **mantinha políticas firmes ou mesmo agressivas**.
Em resumo:
“Elogia como tática, não como concessão.”
Senhor Delcio Lima , ” Ciro Gomes ” é o melhor qualificado e superior aos Tarcísios Freitas da vida e aos atuais e demais pretensos candidatos a presidência da república , isso é público e notório , embora ” Ciro Gomes ” seja de pavio curto isso não o desmerece e desqualifica para ocupar a Presidência da República do Brasil .