Imagem de Gerd Altmann (Pixabay)
Juliano Spyer
Folha
A ideia exposta no filme “Blade Runner”, de robôs com consciência, parece que se aproxima da realidade. No Vale do Silício, o tema já é tratado como uma religião pelo movimento conhecido como transumanismo. É um bom momento para discutir a relação entre espiritualidade e ciência.
O Brasil, especialmente o mundo popular, é profundamente religioso. Ainda assim, mesmo leitores desta coluna que acreditam em Deus podem estranhar a ideia de misturar fé e ciência. Mas por que não?
PESQUISAR – Se você acredita na existência de Deus e que a consciência é mais que o resultado de combinações aleatórias que produziram a vida, por que não pesquisar sobre isso?
Responder a essa pergunta se tornou a missão do psiquiatra brasileiro Alexander Moreira-Almeida (UFJF), fundador do Núcleo de Pesquisas em Espiritualidade e Saúde (Nupes). Seu trabalho, que investiga a relação entre espiritualidade e saúde mental, tem ganhado reconhecimento internacional.
Neste ano, ele recebeu o Prêmio Oskar Pfister, concedido anualmente pela American Association of Psychiatry (APA) a pesquisadores que estudam temas na intersecção entre ciência e religião. O neurologista Oliver Sacks, o historiador Peter Gay e o filósofo Paul Ricoeur estão entre os agraciados de edições anteriores.
SUCESSO MUNDIAL – A força do trabalho de Alexander está no fato de ele produzir ciência dentro da universidade, com metodologia médica e atuação internacional. Ele foi coordenador da seção de saúde mental e espiritualidade da Associação Mundial de Psiquiatria e também se dedica à divulgação científica, publicando conteúdo acessível ao público não especializado.
No livro “Ciência da Vida após a Morte” (Springer, 2022), feito com dois coautores, ele alerta para a influência de uma ideologia dominante —o fisicalismo materialista— que considera a espiritualidade uma fantasia humana, embora a ciência jamais tenha provado que a consciência morre junto com o corpo físico.
A segunda parte da obra apresenta evidências empíricas que sugerem a possibilidade de sobrevivência dessa consciência. Entre os estudos analisados estão pesquisas sobre mediunidade, experiências de quase-morte e reencarnação.
DEBATE NA FOLHA – Curioso? Na próxima semana você poderá fazer perguntas diretamente a Alexander. Ele participará de um debate com o diretor de Redação desta Folha, o jornalista Sérgio Dávila, e com a psicóloga Marta Helena de Freitas, professora da Universidade Católica de Brasília e presidente da International Association for the Psychology of Religion (IAPR).
O evento faz parte da série Conversas Difíceis, da qual sou curador. Será na segunda-feira (13), às 19h, no espaço Cívico (rua Dr. Virgílio de Carvalho Pinto, 445 – Pinheiros, SP). A entrada é gratuita, mas as vagas são limitadas. Haverá transmissão ao vivo pelo canal do YouTube do Instituto Humanitas360.
O que mudaria se a ciência admitisse —e eventualmente comprovasse— que a vida não termina com o corpo? Como isso afetaria nossa visão de mundo e o modo como escolhemos viver e morrer? Apareça. Leve sua curiosidade.
Continuar?
Desde que esse sistema seja exterminado!
No youtube há várias entrevistas com um empreendedor americano-italiano que teve papel importante no desenvolvimento de circuitos eletrônicos integrados (o que foi chave para a complexidade requerida pelos sistemas lógicos modernos). Ele foi praticamente um dos fundadores da INTEL. Seu nome: Federic Faggin.
Pois bem, o seu Federic afirmou que atualmente não sabemos nada sobre o nosso cérebro no que toca à consciência da realidade.
A Medicina não sabe o que nos dá essa capacidade. É evidente que os técnicos de AI podem estar criando expectativas e bombando o preço das ações de suas companhias.
Já houve esse otimismo exagerado em outra recente ocasião, o que causou o internet bubble to burst.
Good luck!
Acredito na sobrevivência da alma contida em cada ser vivo. A consciência humana sai do corpo físico, que perece por causas naturais ou por um acidente trágico. Para onde vai essa alma ou espírito, se ela volta reencarnada ou vai para um plano superior? Esse é um mistério a ser desvendado. A missão da ciência é descobrir o que acontece após a morte do corpo.
Olha o exemplo de Chico Xavier, que psicografou várias obras literárias de escritores falecidos. O Dr. Fritz, que encarnou em médicos que operavam e que morreram de forma trágica, pouco explicaram sobre essas evidências.
As Igrejas impedem o avanço dos estudos sobre o pós morte. Aos líderes religiosos, não interessam a descoberta da verdade. Por isso, nada acontece. A pressão é muito grande, econômica e social. Como se comportaria a sociedade afinal, se a verdade fosse revelada?
com certeza tudo que Chico Xavier psicografou em livros traz para nós a grande certeza da vida após a morte física, e a reencarnação é a lógica que o espiritismo e a ciência dá para psicologia já comprovaram, e também as viagens astrais ou seja a saída do copo físico, resumindo tudo a vida não começa no berço e nem termina no túmulo.
1) Li hoje que as igrejas da Alemanha estão vazias: católicas e protestantes…
2) Estão sendo usadas para os esportes e outras práticas mais…
3) Viva a Reencarnação, Chico Xavier, Buda e outros mais que tocaram nesse tema…
Li em ensaio sobre uma probabilidade, a ciência quântica usada pela Inteligência artificial num futuro próximo poderia extrair do cérebro humano tudo contido lá e ser aplicado numa espécie de robô que seria a imortalidade do indivíduo a partir que sua alma estava capturada e inserida naquele clone.
Seria como tirar uma cópia fiel de uma pessoa e colocá-la num outro humano artificial?