Gonet mira núcleo militar da desinformação e pede condenação por tentativa de golpe

Denunciados teriam elaborado e disseminado informações falsas

Márcio Falcão
G1

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, pediu nesta terça-feira (14) a condenação dos sete réus do chamado núcleo 4, responsável por ações de desinformação vinculadas à chamada trama golpista. A Procuradoria acusa o grupo de ser o responsável por ações essenciais para articular a tentativa de golpe que agiu para manter o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no poder, mesmo após a derrota nas urnas em 2022.

Em setembro, Bolsonaro foi condenado pelo STF no julgamento do núcleo crucial da trama golpista. Ele recebeu a pena de 27 anos e 3 meses de prisão por tentativa de golpe de estado e outros quatro crimes. A denúncia foi dividida em núcleos. Neste grupo, os denunciados teriam elaborado e disseminado informações falsas e atacaram autoridades para tentar provocar uma ruptura institucional.

INSTABILIDADE SOCIAL – Essa ruptura seria fundamental para garantir uma “instabilidade social” que permitiria uma intervenção de autoridades para tomar o poder e concluir um golpe de Estado. É o que aponta a PGR. “No caso dos réus ficou claro o impacto do seu comportamento para o desfecho violento de 8 de janeiro de 2023”, afirmou Gonet.

“Foi por meio da contribuição deste núcleo de acusados que a organização criminosa elaborou e disseminou narrativas falsas quanto o processo eleitoral, quanto os poderes funcionais e as autoridades que os representam, dando surgimento e impulso à instabilidade social ensejadora da ruptura institucional”, prosseguiu. Segundo o procurador-geral, a revolta popular verificada ao final tem relação de causa “com a trama gerada e insuflada pela ação deste grupo de acusados”.

São réus do núcleo 4: Ailton Moraes Barros, ex-major do Exército;
Ângelo Denicoli, major da reserva do Exército; Carlos Cesar Moretzsohn Rocha, presidente do Instituto Voto Legal; Giancarlo Rodrigues, subtenente do Exército;
Guilherme Almeida, tenente-coronel do Exército; Marcelo Bormevet, agente da Polícia Federal; Reginaldo Abreu, coronel do Exército.

CRIMES – Eles respondem por cinco crimes: tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito; golpe de Estado;  organização criminosa armada
dano qualificado; deterioração de patrimônio tombado.

Segundo a PGR, os réus usaram a estrutura da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), para espionar adversários políticos, criar e espalhar informações falsas contra o processo eleitoral, instituições democráticas e autoridades que ameaçavam os interesses golpistas.

Para Gonet, a consequência desses ataques foi a invasão e a destruição das sedes dos Três Poderes em 8 de janeiro de 2023. Esse é o segundo grupo de réus a ser julgado pela Primeira Turma. Além de Bolsonaro, o colegiado condenou em setembro outros sete aliados do ex-presidente por golpe de Estado, entre eles militares de alta patente.

17 thoughts on “Gonet mira núcleo militar da desinformação e pede condenação por tentativa de golpe

  1. Também não confio nas eleições. Igual a mim, muitos brasileiros também não confiam na apuração feita pelo podre judiciário. Aliás, quando vi o Toffoli, o Injuiz sair de uma salinha e dizer que Dilma, a Anta vencera Aécio, O Cheirador, oensei: “Aí tem”.

    Vão imprimir o voto no ano que vem ? Não. Tudo continuará como antes.

  2. Sr. Newton

    Mais uma obra do Grande Lider Mundial da Cachaça..

    Narcola nem precisa de ler livros de economia ou saber calcular uma operação de soma 1+1..

    Ele sabe de tudo, inclusive de ……deixa prá lá…

    Imagine a roubalheira nos Correios com a ‘cumpanherada” instalada na administração…..

    A Facção entrou com os dois pés na porta…

    Agora vamos “comunistar” os prejuízos nos Correios, e quem paga a conta mais uma vez.???

    “”..Correios precisam de R$ 20 bi, e governo articula empréstimo com BB, Caixa e bancos privados

    aquele abraço

  3. Senhor , Carlos Pereira sabias que a grande maioria dos atuais ” deputados federais , estaduais , senadores e vereadores sequer receberam um único voto de seus próprios familiares , mas graças ao tão demonizado ” instituto do voto vinculado ” da era da ditadura civil – militar , que os ditos democratas e opositores de então , disseram que iriam revoga-lo , mas não o fizeram e continuam se beneficiando até hoje , eis exemplo do Deputado Federal (SP) Francisco Everardo Oliveira Silva , vulgo TIRIRICA , do ex-presidente Jair Bolsonaro e tantos outros puxadores de votos , elegendo maus elementos ,vigaristas e aproveitadores de todas as extirpes etc… , inclusive participei da ultima eleição e primeira apuração das urnas nas próprias zonas eleitorais , onde constatei as bandidagens dos líderes partidários , usurpando votos do candidato mais votado , para o que não tivera votos suficientes , deixando o candidato mais votado de fora , com o agravante de que tais aberrações contava com o conhecimento e conivência dos juízes eleitorais de então , inclusive um dos candidatos lesados por seus próprios lideres partidário , foi ameaçado de prisão por ter ido reclamar e questionar o juiz eleitoral responsável .

    • Sim, eu sei que acontece isso. Marielle, com 1.764 votos, jamais teria sido empossada vereadora com esta quantidade de votos.

      Houve crime eleitoral em lugares que o senhor trabalhou em eleições ? Por que razão não deu voz de prisão aos infratores ? Eu fiz isso quatro vezes, de 1000 ate 2022.

  4. Já disseram que existe muitos canalhas no Brasil e por consequência precisam de quem os representem no Congresso.
    Moral, não tem; eles sempre terão o apoio necessário até pela justiça. Vide o ex-condenado.

  5. Senhor Carlos Pereira , o tal crime eleitoral aconteceu dentro da central de totalização dos votos em Nova Iguaçu – RJ onde tudo aconteceu e não nas zonas eleitorais onde foram apurados , nas escolas , ou seja , provavelmente aconteceu em todo o estado do RJ , e com toda certeza no Brasil , e continua acontecendo até hoje .

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