
Sérgio Moro em xeque após declarações de Ciro Nogueira
Iander Porcella
Estadão
Além de enfrentar a articulação do governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), contra sua candidatura ao governo do Estado no ano que vem, o senador Sérgio Moro (União) agora se deparou também com um racha na própria federação anunciada por seu partido com o PP.
A entrada do parlamentar na disputa ficou em xeque após declarações do presidente do PP, Ciro Nogueira, que sinalizaram que a sigla não abrirá mão de lançar ao Palácio Iguaçu a ex-deputada federal Cida Borghetti, esposa do deputado Ricardo Barros (PP-PR).
RECADO DIRETO – Em um vídeo recente enviado a militantes, o presidente do PP aparece ao lado de Barros e outros integrantes do e dispara: “quero dar essa tranquilidade a todos os filiados do Paraná que nós saberemos respeitar a decisão dos Progressistas do Paraná, que é o nosso principal diretório do País”. A fala foi interpretada como um recado direto a Moro de que a candidata da federação será Cida.
Aliados de Moro afirmam que ele poderia deixar o União para viabilizar a candidatura por outra sigla, mas o senador não confirma. Como mostrou a Coluna, Ratinho também tem agido para esvaziar a candidatura de Moro. Em agosto, ele recebeu o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), para tratar da candidatura de Paulo Martins, que trocou o PL pelo Novo, ao governo do Estado.
PROTAGONISMO – A federação entre União e PP, que forma a maior bancada da Câmara e do Senado e foi anunciada com o objetivo de ter papel central nas eleições de 2026, ainda não foi homologada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Mesmo antes de começar de forma oficial, a aliança já gerou uma série de rachas: o mais barulhento foi entre Nogueira e o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), que bateram boca nas redes sociais após o presidente do PP dizer que, apesar da pré-candidatura do goiano ao Palácio do Planalto, os únicos nomes viáveis são os do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e o de Ratinho.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Mesmo que o PP não apoie Moro no primeiro turno, ele sabe que terá os votos do partido no segundo turno. Vai ser difícil perder essa eleição. E vida que segue, como dizia João Saldanha. (C.N.)
Frustração. Bolsonaristas deram o golpe, mas sem ter quem assumisse o Poder
Após avançar sobre a Capital e tomar as Sedes dos Três Poderes no 8 de janeiro, a turba dos ‘golpistas’ e seus ‘apoios’ só não ‘empossaram’ na cadeira presidencial o ex-mito como ditador, na sequência, porque ele tinha covardemente fugido para os States.
Se arrependimento matasse. Generais e almirante deverão ir para a cadeia em ‘consequência’ de vacilarem em não assumir o Poder naquele momento histórico
Com a Capital vazia sem o ex-mito e sem o Barba e o vice, que também haviam ‘fugido’ para o interior de SP, os generais e o almirante golpistas devem se arrepender profundamente por não terem então eles próprios assumido o Poder que fora tomado pela turba e ‘que se lhes oferecia’ naquele momento histórico e que jamais se repetirá.
E quem assumisse – ex-mito ou junta militar – teria (naquela circunstância) o imediato apoio das Forças.