
Próximo encontro poderia acontecerna próxima semana
Marcelo Ninio
O Globo
O desejo do governo brasileiro é começar a negociação sobre tarifas com os Estados Unidos o quanto antes e no mais alto nível possível. Segundo uma fonte do governo, o próximo encontro poderia acontecer já na semana que vem em Washington. A ideia é enviar uma “tropa de choque” pelo lado brasileiro, composta pelos ministros Fernando Haddad (Fazenda), Mauro Vieira (Relações Exteriores) e Geraldo Alckmin (Indústria e Comércio, também vice-presidente da República).
Numa reunião que durou cerca de uma hora na manhã desta segunda-feira na Malásia (noite de domingo no Brasil), negociadores brasileiros e americanos começaram a formatar como será o prosseguimento dos contatos, após o sinal verde dado no encontro de domingo entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump.
SALDO POSITIVO – Quem esperava que os EUA concordassem com a demanda brasileira de cancelar de imediato o tarifaço contra o Brasil, ficou frustrado. Ainda assim, a reunião foi considerada positiva pelo governo. Conforme disse o presidente Lula logo no início de sua conversa com Trump, o objetivo imediato do Brasil é que seja suspensa a aplicação de sobretaxa de 50% sobre os produtos do país exportados pelos EUA.
Não é uma precondição do governo brasileiro para continuar a negociação, mas assessores do Planalto dizem que é um “gesto de boa vontade” esperado dos americanos, depois que Trump manifestou-se otimista em chegar a um acordo.
Na reunião desta segunda participaram, do lado brasileiro, o chanceler Mauro Vieira, o secretário executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Márcio Elias Rosa; e Audo Faleiro, assessor internacional da Presidência, os mesmos que acompanharam Lula no encontro com Trump. Pelo lado americano, o time teve um desfalque em relação à véspera: estiveram presentes Scott Bessent, secretário do Tesouro, e Jamieson Greer, representante do Comércio, mas Marco Rubio, o secretário de Estado, não apareceu.
CRONOGRAMA – Embora o Brasil tenha pressa, e Trump se manifeste otimista sobre um desfecho rápido, não ficou estabelecido um cronograma claro, já que os assessores do presidente americano estarão nos próximos dias acompanhando ele na reunião de cúpula da Cooperação Econômica da Ásia-Pacífico (APEC, na sigla em inglês), em Seul. Lá eles estarão envolvidos com um encontro que está no topo das prioridades da Casa Branca, entre Trump e o presidente da China, Xi Jinping.
Além disso, o governo brasileiro estará ocupado com a contagem regressiva para a COP30 em Belém, que começa dia 10. Mas caso seja marcada, a negociação com os americanos será considerada prioridade, disse uma fonte do governo brasileiro.
A reunião desta segunda não tratou de pormenores, como setores específicos da economia atingidos pelo tarifaço e o que pode entrar na barganha. Mas o lado brasileiro deixou claro que espera, além da suspensão das tarifas, o cancelamento de sanções contra autoridades brasileiras, como a que atingiu o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes.
PROCESSO DE NEGOCIAÇÃO – Para a delegação brasileira, o que pode ajudar a acelerar a chegada a um acordo, além da instrução dada pelos presidentes, é que os dois países já estavam em processo de negociação sobre a tarifa de 10% aplicada anteriormente pelos EUA. Isso, no entendimento de um negociador, encurta o caminho para o acordo, pois já havia “opções mapeadas”.
Um sinal positivo de que os EUA podem ter realmente virado a chave e estão prontos para um acordo, como espera o governo brasileiro, foi a resposta amistosa dada por Donald Trump durante seu voo da Malásia ao Japão, nesta segunda.
CHANCES DE ACORDO – A primeira pergunta da imprensa que acompanha o presidente foi sobre o Brasil e o encontro com Lula, algo por si só incomum, já que as atenções da mídia americana estão voltadas principalmente para a China. Questionado sobre as chances de um acordo, Trump não deu certeza, mas fez elogios a Lula e deu parabéns ao presidente brasileiro pelo seu aniversário de 80 anos, nesta segunda:
— Não sei se algo vai acontecer, vamos ver. Eles gostariam de fechar um acordo. Vamos ver, agora eles estão pagando, acho que 50% de tarifa. Mas tivemos uma ótima reunião. Quero desejar feliz aniversário ao presidente, ok? Hoje é o aniversário dele. Ele é um cara muito vigoroso, na verdade, e foi muito impressionante. Mas hoje é o aniversário dele, então feliz aniversário.
Não é possível resolver em uma conversa, diz Barba sobre tarifaço
Barba disse hoje (27) que não é possível, “em uma única conversa”, resolver as taxas de 50% impostas pelos States sobre produtos brasileiros.
Ao embarcar de Kuala Lumpur para o Japão, Laranjão falou com todo o desdém que lhe é peculiar: “Vamos ver o que acontece. Não sei se alguma coisa vai acontecer, mas veremos. Eles gostariam de fechar um acordo. Vamos ver”, disse.
Fonte: Poder360, Internacional, 27.out.2025 – 10h39 Por Marina Ferraz, enviada especial a Kuala Lumpur
Bateu a realidade: Só discursos, encenação e bla-blá-blá. Não virou nada.
COM BARBA E LARANJÃO APERTANDO AS MÃOS E SORRINDO NA FOTO BATEU O DESESPERO NO BOLSONARISMO
A frustração no clã do ex-mito com a reunião de Barba com Laranjão
Membros do clã do ex-mito demonstraram a aliados frustração com o encontro entre Barba e Laranjão em Kuala Lumpur, na Malásia.
A frustração foi com a própria realização do encontro. Segundo aliados, Bananinha, autoexilado nos States, apostava (erradamente) que a reunião sequer aconteceria.
A expectativa dos bolsonaristas aumentou na quinta-feira (23/10), quando a Casa Branca divulgou a agenda oficial de Laranjão na Malásia sem incluir a reunião com Barba.
A reunião não só aconteceu como Laranjão conversou 40 minutos com Barba a portas fechadas. Ao final, os dois presidentes posaram para uma foto com aperto de mãos e sorrindo.
Bolsonaristas admitem (inconsoláveis) que encontro foi bom para Lula
Embora publicamente Bananinha e outros bolsonaristas tentem minimizar o encontro, sob o argumento de que não produziu resultados práticos, nos bastidores a avaliação é diferente.
Sob reserva, lideranças aliadas ao clã do ex-mito admitem que a reunião entre Barba e Laranjão e todas as imagens e declarações subsequentes foram boas para o governo Barba e ruins para o bolsonarismo.
Fonte: Metrópoles, Opinião, 27/10/2025 15:24 Por Gustavo Zucchi / Igor Gadelha
À extrema-direita arrogante e prepotente, falta inteligência e sabedoria.
Trump, com a sutileza de um elefante enraivecido, chamou o traficante Lula de ex-presidiário diante de toda a imprensa mundial. O covarde narco-Luladron deu um sorriso amarelo e bufou de raiva.
Sr. Newton
Por que o Vira-Lata Cachaceiro não chamou o Truimpete de nazi-fascista na cara.??
Afinal estavam a um palmo de distância um do outro..
No palanque soltando sua diárreia oral para os jumentos é uma coisa bem diferente do que ao vivo e a cores.