
Tagliaferro está na Itália e promete fazer novas revelações
Cézar Feitoza
Folha
O ministro Alexandre de Moraes pautou para a próxima semana o julgamento na Primeira Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) do recebimento da denúncia contra seu antigo assessor Eduardo Tagliaferro. O julgamento terá início no dia 7 de novembro, com prazo final para a inclusão dos votos no dia 14. A Turma é composta pelos ministros Alexandre de Moraes (relator), Cármen Lúcia, Cristiano Zanin e Flávio Dino.
A PGR (Procuradoria-Geral da República) acusou Tagliaferro de cometer os crimes de violação do sigilo funcional, coação no curso do processo, obstrução de investigação e tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito.
VAZAMENTO DE MENSAGENS – A denúncia leva em conta o vazamento de mensagens de integrantes do gabinete de Moraes ao longo de 2022. Como a Folha revelou, as conversas mostram que o ministro usou o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) fora do rito tradicional para produção de relatórios e abertura de investigações contra bolsonaristas.
Eduardo Tagliaferro está na Itália e, nos últimos meses, participou de lives com apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), prometeu fazer novas revelações sobre Moraes e elaborou um dossiê para denunciar o ministro do Supremo no Parlamento europeu.
Segundo o procurador Paulo Gonet, Tagliaferro “revelou informações confidenciais que obteve em razão do cargo ocupado, com o fim de obstruir investigações e favorecer interesse próprio e alheio”.
ALINHAMENTO – A PGR ainda diz que a saída do Brasil demonstra o alinhamento do ex-assessor do TSE com a organização criminosa responsável pelos atos antidemocráticos.
“O anúncio público recente (30.07.2025), em Estado estrangeiro, da intenção de revelar novas informações funcionais sigilosas, lançando, inclusive, campanha de arrecadação de recursos para financiar o seu intento criminoso, atende ao propósito da organização criminosa de tentar impedir e restringir o livre exercício do Poder Judiciário”, consta na denúncia. “Está clara a adesão ao objetivo de incitar novos atos antidemocráticos e provocar disseminação de notícias falsas contra a Suprema Corte”, acrescenta.
A defesa de Tagliaferro diz que a denúncia é inepta por não descrever qual organização criminosa o ex-assessor teria integrado. “Para o crime de coação no curso do processo, não se narra uma conduta concreta que se amolde ao conceito jurídico de ‘grave ameaça’, elementar do tipo penal atribuído ao Defendente”, afirma o advogado Eduardo Kuntz.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Tagliaferro merece respeito dos brasileiros, porque teve coragem de se revoltar contra os desmandos d0 ministro Alexandre de Moraes. Como a equipe do Supremo não encontrava provas contra determinado suspeito, Moraes mandou o juiz auxiliar e o delegado federal da equipe usarem “a criatividade”. Isso é crime, e o magistrado pode ser processado e condenado por falsidade ideológica e fraude processual. E se arrisca a ser punido administrativamente, inclusive com a perda do cargo. Isso, é claro, se a Justiça funcionasse. (C.N.)
Tagliaferro até agora falou, falou. Nada de provar, portanto é um mau cidadão que atenta contra nossas instituições.
Devemos considerar que essa turma também está alinhada que não respeita os direitos das pessoas e que humilha advogado
No “estado di-direito” da facção criminosa PT-STF, sempre que alguém denuncia os “malfeitos” de um dos seus criminosos, o traficante Xandão do PCC manda investigar … o denunciante.
1) Foi assim com o advogado que denunciou os abusos do Xandão e sua gangue (com provas validadas em cartório) contra o delator Mauro Cid;
2) Foi assim com a defesa do Filipe Martins, demitida sumariamente;
3) Agora temos essa aberração com o Tagliaferro, que forneceu documentos públicos comprovando as fraudes processuais do psicopata abusador Alexandre de Moraes.
O bonito é ver o silêncio cúmplice da OAB (ordem dos acovardados do Brasil) e a alegria dos idiotas de nascimento, dispostos a construir estátuas para o chefe dos jagunços do STF.