Jorge Messias mostra que é servil a Lula, ao invés de servir à União

O telefonema que Messias precisará fazer em sua campanha por votos no Senado

Messias é um bajulador, sem condições de chegar ao STF

Carlos Newton

Uma das principais obrigações do ministro da Advocacia Geral da União, cargo hoje ocupado pelo ministro Jorge Messias, é a de defender o patrimônio público, os interesses da União, de suas autarquias e fundações públicas, ajuizando ações e defendendo os interesses federais. Tudo isso com zelo e celeridade.

Indicado pelo presidente Lula da Silva para integrar o Supremo Tribunal Federal, na vaga de Luís Roberto Barroso, o ministro Jorge Messias está se omitindo em sua função na AGU.

CASO DOS PRESENTES – As falhas de Messias ficam patentes nos autos do processo no. 5001104-15, de 2017, que está no Tribunal Regional Federal, em São Paulo, e que tem o presidente Lula da Silva como autor e recorrente, já que foi derrotado em primeira instância. 

A ré é a União Federal. Porém, com o retorno de Lula à chefia do governo brasileiro, em janeiro de 2023, desde então não ocorreu nenhum pedido da AGU para que o processo seja concluído. Situação complexa. Como poderia o ministro da AGU, em nome da União, voltar-se contra quem o nomeou para o cargo?

Na condição de vitoriosa no processo, caberia à União requerer a rápida tramitação e sua conclusão no TRF 3. Qualquer advogado em ação privada seria cobrado por semelhante e injustificável inércia.

PREVARICAÇÃO – No seu recurso, apresentado em setembro de 2019, o hoje presidente Lula mostrou-se inconformado com a sentença do juiz federal de São Bernardo do Campo, Carlos Alberto Loverra. Mas a AGU, intimada a apresentar as razões finais em nome da União, para que a ação seja concluída, simplesmente não cumpriu a intimação. 

Em seguida e sem explicações, o processo saiu da pauta de julgamento no final de abril de 2023, no início do governo Lula, e permanece engavetado no gabinete do desembargador Nery Júnior, naquele Tribunal.

DESISTIR DA AÇÃO – Algum assessor poderia ousar sugerir a Lula que desistisse dessa ação que move contra a União, da qual é o chefe máximo. 

A sentença do juiz federal Carlos Alberto Loverra é claríssima. Diz ele: A todos os órgãos da administração pública, em especial ao Presidente da República, cabe observar os princípios constitucionais de moralidade e impessoalidade, tendo em mente, como já mencionado, que os presentes recebidos em mãos pela pessoa do Chefe de Estado e de governo brasileiros são destinados ao país, ressalvados aqueles de caráter personalíssimo ou consumíveis”. 

E acrescentou: “Se assim não fosse, ou seja, se à pessoa do Presidente pertencesse todo e qualquer presente recebido em cerimônias, por certo ao mesmo também caberia adquirir, com seus próprios recursos, os presentes oferecidos aos mandatários estrangeiros, do que nem se cogita”.

IMPROCEDENTE – O juiz então deu a decisão contrária a Lula: “Posto isso, e considerando o que mais dos autos consta, JULGO o pedido. Custas pelo Autor, que pagará honorários advocatícios arbitrados em 10% do valor da causa atualizado”.

É uma ação que envergonha o país, com o presidente da República querendo usurpar presentes valiosíssimos, que recebeu de mandatários estrangeiros, especialmente do mundo árabe.

E o amigo Jorge Messias, que tem obrigação funcional de evitar que isso aconteça, mostra que a AGU serve ao presidente ao invés de servir à República. É uma situação verdadeiramente indecorosa.

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P.S.O Senado precisa colocar logo em votação e vetar o nome de Jorge Messias para o Supremo, por falta de dignidade pessoal e institucional. (C.N.)

3 thoughts on “Jorge Messias mostra que é servil a Lula, ao invés de servir à União

  1. Alcolumbre criou crise em que não há interesse público

    Alcolumbre criou uma crise com o Planalto sem que haja nela um só fiapo de interesse público.

    Tudo por causa da escolha, por Barba, do Bessias de Dilma para a cadeira vaga no STF. Alcolumbre queria Pacheco.

    A prerrogativa constitucional de nomear ministros do STF é do presidente da República, e só dele.

    A preferência de Alcolumbre, como o pato ao tucupi, é uma escolha dele. A preferência de Barba por Bessias é uma prerrogativa.

    (…)

    Fonte: O Globo, Opinião, 03/12/2025 00h06 Por Elio Gaspari

    ___________

    Adiamento da sabatina de Bessias é uma vitória da estratégia de Barba

    O adiamento da sabatina de Bessias de Dilma, indicado por Barba para o STF, na CCJ do Senado foi uma vitória do governo.

    Alcolumbre havia marcado a sabatina para a quarta-feira, 10 — um prazo curto sob medida para dificultar mais ainda a nada tranquila caminhada de Bessias em busca dos 41 votos necessários para se sentar na cadeira que foi de Barroso.

    Barba definiu como estratégia jogar para fevereiro a sabatina. Alcolumbre não gostou. Mas hoje piscou. E cancelou a sessão.

    Para não perder a pose disse a alguns senadores, segundo revelou Ana Flor, que a sabatina pode ficar “para depois das eleições de 2026”.

    É uma ameaça que apenas reforça que o clima entre o Palácio do Planalto e Alcolumbre está péssimo. Mas não dá para levar ao pé da letra a tentativa de intimidação.

    Agora, é Barba terá tempo de tentar negociar com Alcolumbre.

    O Globo, Opinião, 02/12/2025 17h51 Por Lauro Jardim

  2. Messias é um bajulador, sem condições de chegar ao STF

    DILMA: Alô.
    LULA: Alô.
    DILMA: LULA, deixa eu te falar uma coisa.
    LULA: Fala querida. “Ahn”
    DILMA: Seguinte, eu tô mandando o “BESSIAS” junto com o PAPEL pra gente ter ele, e só usa em caso
    de necessidade, que é o TERMO DE POSSE, tá?!
    LULA: “Uhum”. Tá bom, tá bom.
    DILMA: Só isso, você espera aí que ele tá indo aí.
    LULA: Tá bom, eu tô aqui, eu fico aguardando.
    DILMA: Tá?!
    LULA: Tá bom.
    DILMA: Tchau
    LULA: Tchau, querida.

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