Explosão em frente ao STF: reflexos da polarização ideológica e política no país

Episódio fatídico comprova que Brasília continua sob ameaça

Pedro do Coutto

Um novo ato terrorista marcou a cidade de Brasília. As imagens transmitidas ontem pela GloboNews mostraram Francisco Wanderley Luiz se aproximando da estátua da Justiça e jogando algo no monumento. Imediatamente, um segurança da Polícia Judiciária se aproximou e fez uma abordagem. Francisco, então, recua e lança artefatos explosivos em direção ao STF.

Na sequência, ele acende um novo artefato que explode com ele. Mais agentes do STF se aproximam e, em seguida, Francisco Wanderley aparece deitado no chão. Ele morreu em decorrência das explosões. A Polícia Militar do Distrito Federal fez uma varredura, na manhã desta quinta-feira , em frente ao STF. O Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) desativou artefatos explosivos encontrados ao redor da praça.

INQUÉRITO – Além das explosões em frente ao STF, momentos antes, outras explosões aconteceram em um carro que estava no estacionamento do Anexo IV da Câmara dos Deputados. O carro pertencia ao autor do atentado. A Polícia Federal instaurou inquérito para apurar as duas explosões. O caso é investigado como ato terrorista, segundo informou o diretor-geral da corporação, Andrei Rodrigues.

O homem tinha residência fixa em Rio do Sul, em Santa Catarina, onde se candidatou a vereador pelo PL em 2020. De acordo com a PF, ele tinha alugado “há vários meses” uma casa em Ceilândia, a cerca de 30 quilômetros do local das explosões. No imóvel, foram achados artefatos explosivos do mesmo tipo usados na Praça dos Três Poderes.

REFLEXOS – O episódio retrata os reflexos ainda fortemente presentes no cenário nacional, consequências da polarização e do radicalismo ideológico. Tudo com o objetivo de desestabilizar as instituições e amedrontar  os quadros dirigentes do país. A identificação do autor das explosões revela que o 8 de janeiro não foi ainda desmantelado. Pois, se houvesse sido totalmente desarticulado não haveria como estabelecer o episódio da noite desta quarta-feira.

É possível, e até mesmo provável, que o autor das explosões, ao atentar contra si mesmo, seja um “lobo solitário”. Mas também existe a possibilidade de que tenha sido uma ação fruto de uma coordenação maior. De qualquer forma, as explosões refletiram que em Brasília existe um clima de insegurança que permite episódios desse tipo.

É preciso apurar a vinculação do autor Francisco Wanderley com possíveis outros representantes de ações extremistas. Enquanto houver radicais soltos, teremos a ameaça de conspirações e episódios como este, marcados pelo inconformismo e pelo desespero.

11 thoughts on “Explosão em frente ao STF: reflexos da polarização ideológica e política no país

  1. Convenhamos: No Brasil, existem carradas de bons(índoles) atiradores e se houvesse algum disposto a executar qualquer dos alçados, pergunta-se: Que dificuldades encontrariam, à qualquer segura distância, tendo como exemplo o do recente evento em Guarulhos!?

    • 🇧🇷 Bom dia. Viva a República Brasileira!!!
      Ou, nossos pesares à em sendo encaminhada “Ré- Pública”, dos tidos Desassemelhados”?

  2. Com a palavra, Deltan Dallagnhol:

    – O discurso de Moraes é inadmissível do começo ao fim e é absurdo que a imprensa trate isso com naturalidade.

    – Segundo informações da própria imprensa, Moraes será o juiz relator da investigação, e portanto, jamais poderia comentar publicamente sobre o caso desta forma ou antecipar opiniões e conclusões sobre os fatos – observou.

    – Falar que os réus do 8 de janeiro precisam ser punidos, porque a impunidade vai gerar mais violência só pode ser uma piada de mal gosto de Moraes: o STF é o maior garantidor da impunidade dos grandes corruptos do Brasil e não tem moral alguma para criticar a impunidade brasileira, considerando o papel que o próprio tribunal tem exercido na blindagem de criminosos de colarinho branco – apontou.

    https://atrombetanews.com.br/2024/11/14/dallagnol-condena-atitude-de-moraes-ante-a-explosao-no-stf/

  3. Esse é o grande perigo da polarização ideológica e sediciosa, suas narrativas subliminares acabam germinando em indivíduos mental e emocionalmente instáveis e predispostos a extremismos, criando os tais de “lobos solitários”

  4. Vão fazer das tripas coração para jogar esse ato terrorista no colo do Bolsonaro.
    A demência seletiva de alguns jornalistas omite alguns eventos.
    Bruno Maranhão e a horda do MST invadiram a Câmara dos Deputados quando o Aldo Rebelo era presidente e quebraram tudo, houve até morte.
    Eram não terroristas e foram refrescados pelo $talinacio e Aldo.
    Não houve tanta brabeza como está havendo agora com os manifestantes.
    Tem jornalista mais brabo que cobra de resguardo.
    Exemplo de envolvimento, Guga Chacra chorou soluçou ficou com voz embargada quando soube da eleição do Trump.

  5. Esse atentado terrorista praticado pelo Tiú de Santa Catarina, é sim, um reflexo do Gabinete do Ódio, grupo que tramava contra as Instituições do país e que teve seu ápice na tentativa de Golpe no oito de janeiro de 2023.

    É bastante claro, que o movimento golpista, não parou no fracasso do oito de janeiro. As viúvas daquele movimento não se deram como vencidas e a prova cabal foi o ataque terrorista, que culminou com o suicídio do cidadão catarinense em frente da estátua da justiça, em frente ao STF. Antes, o terrorista explodiu por controle remoto, seu carro carregado de explosivos no estacionamento do Congresso.

    Na casa alugada pelo cidadão, filiado ao PL, foi plantado por ele, uma armadilha explosiva. A PM queria entrar na casa e vasculhar em busca de provas, mas a PF ponderou sobre o perigo. Foi introduzido um robô na residência e quando uma gaveta foi aberta, uma forte explosão destruiu tudo no imóvel. Se um policial tivesse entrado lá, seria mais um corpo inerte na conta do terrorista.

    Bem,adiante desses fatos resumidos, podemos garantir, que o suicida não era louco o suficiente, como muitos querem deduzir. Teve planejamento, método e uma razoável dose de racionalidade.

    Ainda é cedo para conclusões, segundo a qual, o terrorista era maluco e lobo solitário.
    As investigações estão em curso e pode revelar as conexões, o financiamento e uma eventual rede de cúmplices, na empreitada destinada a assassinar o ministro Alexandre de Morais.

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