Do UOL
Um integrante do Hamas afirmou nesta sexta-feira (15) que o grupo islamista palestino está “disposto” a uma trégua na Faixa de Gaza e pediu ao presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, que pressione Israel a interromper as operações militares.
Movimento aguarda proposta que seja “respeitada” por governo israelense. “O Hamas está disposto a alcançar um cessar-fogo na Faixa de Gaza, caso uma proposta seja apresentada e com a condição de que (Israel) a respeite”, disse um diretor do escritório político do movimento, Basem Naim à agência de notícias AFP.
PEDIDO A TRUMP – Naim também pediu a Trump que pressione Israel “para que interrompa a agressão” em Gaza. Durante toda a campanha eleitoral, o republicano prometeu acabar com as guerras em Gaza e no Líbano, sem informar detalhes de como faria isso.
Primeiro-ministro israelense apoia presidente eleito. Não demorou muito para que Benjamin Netanyahu saudasse a reeleição de Trump no início de novembro, descrevendo-a como “o maior retorno da história”.
Seus ministros de extrema direita da coalizão, Bezalel Smotrich e Itamar Ben-Gvir, também expressaram seu entusiasmo pelas redes sociais antes mesmo de o resultado oficial da eleição ser anunciado.
CONVERSA CALOROSA – Netanyahu foi “um dos primeiros a telefonar” para Trump, disse gabinete do israelense. “A conversa foi calorosa e cordial” e os dois “concordaram em trabalhar juntos pela segurança de Israel e também discutiram a ameaça iraniana”, informou o órgão em comunicado.
Vitória de republicano ocorreu poucas horas após Netanyahu demitir então ministro da Defesa. Yoav Gallant era visto como um ponto-chave de contato com o governo de Joe Biden no governo israelense.
Políticas do primeiro mandato de Trump foram favoráveis a Israel. Durante sua primeira gestão presidencial, o republicano tomou medidas políticas controversas em apoio a Israel. Em 2017, por exemplo, ele reconheceu Jerusalém como a capital de Israel e transferiu a embaixada dos EUA de Tel Aviv para lá, revertendo décadas de política americana e opinião internacional sobre o assunto. Trump reconheceu ainda a soberania de Israel sobre as Colinas de Golã ocupadas, que o Estado israelense capturou da Síria durante a guerra de 1967 e anexou ilegalmente em 1981.
ACORDOS DE ABRAÃO – Trump também é considerado arquiteto dos “Acordos de Abraão”. Trata-se de uma série de acordos que normalizaram as relações com alguns países árabes, mas ignoraram os palestinos e qualquer solução para o conflito palestino-israelense.
Analistas avaliam, porém, que primeiro-ministro israelense tem relação complexa com próximo presidente norte-americano.
“Acho que ele [Netanyahu] tem um pouco de medo de Trump. Ele acha que Trump pode manipulá-lo, mas tem medo de que, se Trump estiver de olho nele, Trump possa ficar muito irritado, ao contrário de Biden, que, por algum motivo, nunca o pressionou, nunca reagiu a suas manipulações”, disse à Deutsche Welle Alon Pinkas, ex-diplomata israelense em Nova York.
ACABAR COM GUERRAS – Situação no Oriente Médio exigirá atenção do próximo governo dos EUA. Até aqui, Trump não apresentou nenhum grande plano para a região, apenas afirmou que acabaria com as guerras em Gaza e no Líbano, sem discorrer sobre como ele se diferenciaria do governo Biden.
Críticos acusaram Netanyahu de jogar com o tempo para esperar novo presidente dos EUA. Apesar do total apoio militar e político do governo Biden ao governo israelense durante a guerra, Netanyahu está feliz com Trump, afirmou Pinkas, porque acredita que o próximo presidente não vai pressioná-lo de forma alguma sobre a questão palestina”.
(Com AFP e Deutsche Welle)
Normalmente esperemos 100 dias de governo para projetar os próximos dias futuros. No caso dos EUA devido a sua projeção com o resto do mundo, isso é feito antes de Trump tomar posse.
Trump vai nomear Pete Hegseth como secretário de defesa. As nomeações de Trump dão a impressão de montar um elenco para um healthy show. EUA estão com sérios problemas econômicos e estão perdendo o posto de xerife do mundo. Rússia, Chine e Índia estão comprando toneladas de ouro. Esse ano China comprou mais de 500 toneladas a Índia 200 e Rússia não divulgou. China está se desfazendo vendendo todos os títulos da dívida americana e os Brics (onde o Brasil é mero figurino) estão manobrando para acabar com o sistema swift.
Israel está lutando contra o relógio pois sua economia está de deteriorando ao custo de vidas palestinas e israelenses. É uma queda de braço e o tempo está a favor do Hamas. O que essa notícia não informa é que nesse momento, nenhum dos lados tem interesse em parrar com esta guerra. Já dura mais de um ano e nada aconteceu além de uma carnificina do povo palestino e da juventude israelense. O Hezbollah aprendeu a driblar o Iron Dome, estão atacando vários pontos militares de Israel. Netanyahu precisa da guerra para não ser preso por corrupção e tanto Hamas quanto Hezbollah e Irã sabem que se os UEA não se envolverem na guerra de forma direta, Israel vai perder pela manobra.
Hamas não quer negociar a paz nesse momento enquanto Netanyahu continuar no poder e o governo Trump está com cara que vai apoiar o conflito. Só que a economia dos EUA está impendido que os americanos se envolvam mais nesse conflito.
Será que Neranyahu prepara uma rasteira na mundial manipuladora e dominante”Máfia Khazariana”?