Discurso do ódio de “Lady Janja” contra Musk trará problemas

Janja: um dos hackers faz músicas com discurso de ódio, misóginas e  racistas | Revista Fórum

“Você acha mesmo que exagerei?”, pergunta Janja a Lula

José Fucs
Estadão

Ao mandar o empresário americano Elon Musk “se fuder” em público, num evento internacional que o Brasil hospeda, a sra. Janja da Silva, mulher do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mostrou ao mundo, mais que tudo, que é uma “lady”, com a “delicadeza” e a “educação” que só se julgavam possíveis de encontrar na “esgotosfera” da política nacional.

Para quem não a conhecia lá fora, a baixaria da sra. Janja deixou claro que ela é uma primeira-dama “como nunca se viu na história desse País”, como diria Lula, e quiçá do planeta, uma primeira-dama que ninguém ou quase ninguém imaginaria existir, nem aqui nem alhures.

LIVRE PARA PENSAR – É certo que a sra. Janja da Silva, que já estava sob os holofotes nos últimos dias com o seu “Janjapalooza”, o festival de música que ela produziu com patrocínios milionários de estatais graças ao apoio do maridão, pode pensar o que quiser sobre Elon Musk ou quem quer que seja. Mesmo que a censura que ela defende para as redes sociais, como o X, de Musk, seja realmente instituída numa canetada pelo STF (Supremo Tribunal Federal), como parece que será o caso, seu pensamento ainda estará livre para voar.

Ao menos por enquanto, pelo que se sabe, a Polícia do Pensamento de que falava o escritor George Orwell em 1984, sua obra imortal, ainda não está no radar do ministro Alexandre de Moraes e de seus colegas da Corte.

Obviamente, entre quatro paredes, a sra. Janja também pode compartilhar suas opiniões, se quiser, com Lula e seus “companheiros” e “companheiras”, da forma como achar mais conveniente, sem grandes contraindicações, se não houver ninguém gravando suas falas com o celular.

ALGO INACEITÁVEL – Agora, proferir palavrões e xingamentos em público, da forma como ela o fez, independentemente de a quem eles se dirigiam, e num evento do porte do que o Brasil está abrigando, é algo totalmente inaceitável, ainda mais quando vindos de uma figura com a sua visibilidade e na sua posição.

Que a sra. Janja – que deveria ser um exemplo para os brasileiros de bem, especialmente para os mais jovens, que buscam um modelo no qual se espelhar – tenha se sentido livre para dizer o que disse, revela muito sobre o nível de barbárie a que chegamos no Brasil de hoje.

Como a manifestação de grosseria explícita da primeira-dama ilustra com perfeição, estamos longe, muito longe, de ser o tal “povo cordial” do qual o ministro Luís Roberto Barroso afirma sentir saudades – e o problema, como se pode observar, começa lá de cima, nos círculos mais altos da República, bem distante das redes sociais que eles querem “regular”, para conter a disseminação do que chamam de “discurso de ódio” e “desinformação”.

OFENSAS GRATUITAS – O pior de tudo, porém, é que os impropérios da sra. Janja, proferidos de forma gratuita contra Musk, ainda tiveram o agravante de ter sido dirigidos a um dos principais integrantes e assessores do novo governo de Donald Trump, presidente eleito dos Estados Unidos, o país mais poderoso do mundo, criando um incidente diplomático totalmente descabido, cujos desdobramentos só o tempo vai revelar quais serão.

E, como se isso não bastasse, a manifestação da sra. Janja da Silva ocorreu durante um debate no qual ela estava à mesa, ao lado do influenciador Felipe Neto, hoje uma das principais vozes de apoio ao governo Lula nas redes sociais, em que se discutia justamente o “discurso de ódio” no mundo digital.

O xingamento de Elon Musk nesse contexto pela sra. Janja – defensora intransigente da “regulação” das redes, assim como Felipe Neto – só reforça a percepção de boa parte da sociedade de que a “tolerância” pregada pela esquerda no País não passa, na verdade, de uma forma de restringir o direito à livre expressão de seus adversários políticos à direita.

ÓDIO DO BEM – Para os integrantes e apoiadores do “governo do amor”, esse discurso de “ódio do bem”, como o da sra. Janja da Silva, está liberado.

Pode se manifestar até num evento internacional como o G-20 Social, que antecede a reunião do G-20, o grupo que reúne as 19 maiores economias do mundo, além da União Europeia e da União Africana, a ser realizada no Rio de Janeiro a partir desta segunda-feira, 18, com a presença dos principais líderes políticos globais.

Para essa turma, o que deve ser coibido nas redes ou fora delas é só o “discurso de ódio” dos outros – dos “fascistas”, dos “nazistas”, como eles dizem, e de todos os que, no fim das contas, pensam diferente deles.

8 thoughts on “Discurso do ódio de “Lady Janja” contra Musk trará problemas

  1. Grande Carlos Newton: Sou José Hilcério Campos de Abreu (JOHIL CAMDEAB) recordista de MEMES do BRASIL e acompanhando a trajetória da SOCIÓLOGA que está RESSIGNIFICANDO O PAPEL DE PRIMEIRA DAMA NO BRASIL, tenho disponibilizado GRATUITAMENTE no meu site politicatipica.com.br 12 (doze) E-books em homenagem a ela. Em 21 anos de atuação e 35.000 MEMES publicados, jamais sofri qualquer tipo de censura, gancho que uso com declarações do Ministro da Suprema Corte Brasileira, Dr. Alexandre de Moraes em cada matéria que posto. Com a declaração de DONA JANJA ofendendo publicamente a nível mundial o genial ELON MUSK, finalizei o décimo terceiro livro intitulado “RAINHA DOS ARES” e gostaria que o Brasil tomasse conhecimento do meu trabalho, SEM FINS LUCRATIVOS, combatendo diariamente através de MEMES a corrupção impunidade e falta de vergonha que assola o BRASIL. Já que com 76 anos de idade só desejo ver meu trabalho reconhecido figurando no GUINESS BOOK, como RECORDISTA MUNDIAL DE MEMES. Grato pela atenção! José Hilcério Campos de Abreu WA 71 99373-0848. Aqui e agora a matéria que acabei de publicar: https://politicatipica.com.br/janja-da-pitaco-em-tudo/

  2. Janja xinga Elon Musk, mas quem “se fuck” de verdade é o Brasil

    Título de artigo de Ricardo Kertzman, em O Antagonista.

    Bom dia, CN: Verifique da conveniência de publicar, na Tribuna, o artigo acima referido.

  3. Já dizia o grande filósofo Bidas, gente fina é outra coisa.
    Se velhos humorísticos da televisão ressurgissem, já haveria uma candidata para “encarnar” a Ofélia, aquela do Fernandinho, que só abria a boca quando tinha “celteza”.
    Ficaria longe da inesquecível Sonia Mamede, mas quebraria o galho.

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