J.R. Guzzo
Estadão
O jornal The New York Times, tido como o Alcorão da correção política e do avanço civilizatório mundiais, acaba de publicar uma reportagem dizendo para o resto do planeta o que os brasileiros já sabem de cor: o STF anula em massa crimes confessos das empresas comprovadamente mais corruptas do Brasil, e devolve a cada uma delas o dinheiro que roubaram. Justo agora, quando o mesmo STF diz que continua salvando o país de um golpe militar devastador? Justo agora.
Há duas perguntas a respeito do tema. Primeira: o New York Times é um jornal bolsonarista? Segunda: um STF apontado, com base nas sentenças que assina, como o maior incentivador da corrupção no mundo pode ser levado a sério em alguma coisa?
COMO FICA? – O artigo 1º. da Constituição Federal brasileira, conforme ela é executada hoje pelos ministros, estabelece que qualquer objeção ao STF tipifica o delito de bolsonarismo qualificado. Mas no caso não é assim, obviamente. Como fica?
Nossa “suprema corte” colocou o Brasil numa situação inédita em toda a sua história. Só a Odebrecht e a Braskem, só elas, confessaram nos Estados Unidos sua culpa em crimes de corrupção ativa, e aceitaram pagar 3,5 bilhões de dólares de multa.
No Brasil a mesma Odebrecht e a JBS fizeram exatamente a mesma confissão, e jamais retiraram uma sílaba de tudo o que confessaram. Mas aqui, por decisão do STF, e só dele, recebem de volta todo o dinheiro que prometeram pagar para sair da cadeia.
FORA DA LEI – Os fatos descritos acima são apenas isso – fatos concretos, certos e consumados às vistas do público. Está acima de qualquer discussão, também, que o STF e a Polícia Federal violaram objetivamente a lei, em mais de uma ocasião, para executar desejos políticos. Basta ver, para ficar num caso só, o que estão fazendo com o ex-assessor presidencial Filipe Martins. É uma fotografia da Justiça brasileira de hoje.
Martins ficou seis meses preso sob a acusação de ter ido para os Estados Unidos se esconder de crimes que, segundo a PF, teria cometido ou iria cometer.
O suspeito provou, com passagem de avião, recibos do Uber e localização geodésica do seu celular, que tinha para Ponta Grossa, e não para a Flórida – e que o documento da sua suposta entrada nos EUA foi falsificado por um funcionário da Imigração americana. É acusado agora de não ter ido. Para a PF, ele teria “forjado” a viagem para embaralhar as “pistas”. É esse o nível.
PROBLEMAS SÉRIOS – Uma democracia está com problemas sérios se depende, para a sua sobrevivência, deste tipo de tribunal supremo e deste tipo de polícia.
Hoje é obrigatório mostrar fé cega na PF e no STF, mesmo quando ela diz que um documento crítico para provar o golpe ora em apreciação não pode ser exibido por que foi “rasgado” – ou quando o presidente da Corte afirma que um grupo de magistrados que apaga crimes confessos de corrupção “recivilizou” o Brasil.
Isso faz nexo, no mundo do pensamento racional?
Queria o ‘mito’ de araque que preparassem a cama para ele se deitar
Bolsonaro pressionava os 3 comandantes das forças para que dessem o golpe para ele, e que assinassem, inclusive, a chamada minuta do ato.
Supunha, certamente, que fossem tão estúpidos quanto ele.
Era muita pretensão sua. E deu no que deu.
Por que não teve golpe? Faltaram ‘povo’, Forças Armadas e EUA
Bolsonaro não se elegeu presidente para governar, mas sim para dar o golpe que sempre urdiu, e para isso transformou o Planalto num bunker de generais, atraiu oficiais das demais patentes ao custo de privilégios, cooptou as polícias militares, em especial a do DF, armou a sua milícia civil e fanatizou milhões de brasileiros via internet.
Nada, porém, evoluiu como ele e seus golpistas esperavam.
Bolsonaro nunca governou, viajando pelo País para atrair multidões para as ruas e manter uma mobilização constante do “povo” contra as instituições e pela volta da ditadura militar – como já diziam as faixas nas manifestações já no início do governo Bolsonaro.
A guerra contra as urnas eletrônicas era parte da estratégia. As tentativas de invadir a sede da PF e de explodir um caminhão-tanque no aeroporto de Brasília, também.
Apesar de submetida a uma intensa incitação ao crime, a sociedade brasileira não caiu na esparrela.
Os idiotas que se embolaram na lama (em duplo sentido) ao redor do QG do Exército, em Brasília, e os que se uniram a eles no 8 de janeiro para depredar Planalto, Congresso e STF podem ser contados nos dedos.
Fonte: O Estado de S. Paulo, Política, 28/11/2024 | 20h00 Por Eliane Cantanhêde
“A guerra contra as urnas eletrônicas era parte da estratégia
Você nunca trabalhou com software para saber o que faz e o que se pode fazer numa base de dados. Mais honesto é admitir que um programa malicioso pode entrar em uma aplicação (programa principal) e a fazer comportar-se de maneira diferente daquela que se esperava. E isto aconteceu até no Pentágono !!!
Sr Produtor de fake news:
Bolsonaro pressionava os 3 comandantes das forças para que dessem o golpe para ele, e que assinassem, inclusive, a chamada minuta do ato
Capitão pressionando General ? Quer pegar uma boquinha na globo ou escrever um folhetim ? Vai lá, então.
Seria mais honesto se dissesse “Bolsonaro, quando viu que o plano não iria avante por falta de quórum, viajou para os Estados Unidos”.
Mas é melhor insistir nas narrativas como sugere o ladrão, não ? Quem sabe não sai uma grana daí ?
🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣
José Luis
VTN …
🖕🖕🖕🖕🖕🖕🖕🖕🖕🖕🖕🖕
Guzzo sem travas. Sem reparos. Perfeito.
https://x.com/GugaNoblat/status/1861900385532715034?t=xUqtOyvkoCCt8QoM6GzrIQ&s=08
A gadolândia, pira!
🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣
José Luis
Filhinho dMM, Dª Marocas não lhe ensinou a não separar o sujeito do verbo, com vírgula , ainda que o primeiro seja longo ?
Deve ter ensinado. Aí, surgiu Paulo Freire. Entendo.
Off topic:
É CN, já imaginou as consequências disso? Se o e$$teefe decidir isso aí, você vai ter que fechar os comentários da Tribuna da Internet.
AGU Defende no STF que Redes Sociais Devem Ser Responsáveis por Conteúdos de Terceiros
https://gazetabrasil.com.br/politica/2024/11/28/agu-defende-no-stf-que-redes-sociais-devem-ser-responsaveis-por-conteudos-de-terceiros/