Pedro do Coutto
O planeta registrou seu ano mais quente em 2024, com aumento de temperatura tão significativo que temporariamente superou um importante limiar climático, segundo o anunciado por várias agências de monitoramento meteorológico nesta sexta-feira. A temperatura média global do ano passado superou facilmente o recorde de calor de 2023 e continuou a aumentar ainda mais.
Ultrapassou o limite de aquecimento de longo prazo de 1,5ºC desde o fim do século XIX (quando começou a Revolução Industrial), que foi estabelecido no Acordo de Paris de 2015, conforme o Serviço de Mudança Climática Copernicus da Comissão Europeia, o Met Office do Reino Unido e a agência meteorológica do Japão. A equipe europeia calculou aquecimento de 1,6º C. O Japão encontrou 1,57º C e os britânicos 1,53º C em divulgações de dados coordenadas.
EFEITO ESTUFA – “A principal razão para essas temperaturas recordes é o acúmulo de gases de efeito estufa na atmosfera” pela queima de carvão, petróleo e gás, disse Samantha Burgess, líder estratégica de clima em Copernicus. “À medida que os gases de efeito estufa continuam se acumulando na atmosfera, as temperaturas continuam aumentando, incluindo no oceano, os níveis do mar continuam subindo, e as geleiras e camadas de gelo continuam derretendo”, afirmou.
De longe, o maior contribuidor para o aquecimento recorde é a queima de combustíveis fósseis, disseram vários cientistas. Um aquecimento natural temporário do fenômeno El Niño no Oceano Pacífico Central adicionou uma pequena quantidade, e uma erupção vulcânica submarina em 2022 acabou esfriando a atmosfera porque colocou mais partículas refletoras nela, assim como vapor de água.
ADVERTÊNCIA – Esta é uma luz de advertência que se acende no painel da Terra de que é necessária atenção imediata. O furacão Helene, as inundações na Espanha e a mudança abrupta do clima que alimenta os incêndios florestais na Califórnia são sintomas dessa mudança na caixa de transmissão climática. As sirenes de alarme relacionadas às mudanças climáticas têm tocado quase constantemente, o que pode estar causando que o público se torne insensível à urgência diante das emergências que agora vão muito além de apenas a temperatura.
Vivemos um limite crítico e o problema é extremamente grave que ameaça todos os países, sobretudo os nórdicos, com a hipótese de um degelo que traz consigo inundações ameaçadoras. O mundo não tem dado, sobretudo os países mais industrializados e poluidores, a devida atenção que a questão exige. Não adianta ficar inerte, pois é preciso que todos os governos tomem providências e se comprometam com o esforço para conter esse processo.
“O mundo não tem dado, sobretudo os países mais industrializados e poluidores, a devida atenção que a questão exige.”
https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2024/09/20/lula-queimadas-bandeira-verde-cinzas.htm
Estamos tendo um novo negacionismo climático, travestido de “do bem”.
Pondo um pouco da dados nesta cadência.
https://g1.globo.com/meio-ambiente/noticia/2024/09/16/queimadas-amazonia-31-milhoes-toneladas-gas-carbonico.ghtml
“Número considera o período de junho a agosto de 2024 e é equivalente às emissões de todo o Reino Unido em um único mês”. Ah! Os países industrializados!
A terra sempre esquentou e sempre esfriou. Quem controla o clima da Terra é o sol . A soberba do homem quer controlar o clima .
Quase tudo sobre o tema, em:
https://www.espada.eti.br/ctrlclima.htm