![Trump e Netanyahu: os desafios nas urnas de dois dos principais aliados internacionais de Bolsonaro - BBC News Brasil](https://c.files.bbci.co.uk/055A/production/_106307310_hi053341342.jpg)
Donald Trump está apoiando o que há de pior em Israel
William Waack
Estadão
É bem provável que o próprio Donald Trump não compreenda o que significa a “Lei da Selva”, o “novo” sistema de relações internacionais. Esse tipo de situação nada tem de novo, mas é a primeira vez em que a desordem mundial é incentivada por uma superpotência num ambiente de arsenais nucleares em clara expansão.
O fato de que os fortões estão passando a se comportar como bem entendem apanha o Brasil num momento particularmente delicado. Também isso nada tem de novo: o País é uma potência regional média com escassa capacidade de projeção de poder, e perdendo influência no seu próprio entorno.
ELITES MALSÃS – Sua principal vulnerabilidade é o fato de que as elites políticas brasileiras nunca se preocuparam em estabelecer um projeto de país que levasse a sério questões de segurança e defesa nacionais. Preocupações estratégicas de longo prazo se restringem ao âmbito acadêmico civil e militar. Chegaram ao segmento industrial privado em raras situações (a Embraer é o destaque).
Essa ausência de um interesse social mais amplo sobre essas questões vem do fato do Brasil estar muito afastado de qualquer conflito internacional relevante, seja ele geopolítico, comercial, étnico ou religioso.
Não somos ameaçados existencialmente por vizinhos belicosos, nem estamos envolvidos diretamente em qualquer conflagração – o que nos tornou anestesiados em relação ao que acontece lá fora.
PAÍS VULNERÁVEL – Mas a Lei da Selva está aí, exigindo do Brasil um delicadíssimo equilíbrio típico de países pequenos e vulneráveis – embora o colosso verde-amarelo disponha de tanto potencial.
Somos dependentes em grande medida de mercados na Ásia e de insumos e tecnologias sensitivas de países ocidentais em geral e dos Estados Unidos em particular. E não sabemos o que vai acontecer do confronto entre China e EUA.
Ocorre que geopolítica e política comercial não se diferenciam mais. Em outras palavras, a economia está subordinada ao primado geopolítico e, como acentuam os clássicos do realismo, isso é função sempre de considerações de segurança nacional no relacionamento entre as potências.
TESTE DIPLOMÁTICO – Vender commodities para um e continuar amigo de outro será com Trump um duríssimo teste de sensibilidade e habilidade diplomáticas.
O Brasil tem sido uma das vozes críticas querendo a mudança da “velha” ordem internacional – a tal da ordem liberal, das regras e instituições multilaterais, dentro da qual a China cresceu e passou a contestá-la (agora com a ajuda entusiasmada de Washington).
Diante do que está acontecendo, soam proféticas as palavras do veterano embaixador Marcos Azambuja: “cuidado com as preces atendidas”.
No Brasil, é proibido acertar, aplicando soluções para o numeroso conjunto de seus habitantes!
O caos e a desordem empregam e locupletam os tidos “fraternos sortudos” em suas enlaçada e apátridas servidões!
Se ‘a desordem internacional provocada por Trump é perigosa para o Brasil’, que dirá então ‘a desordem nacional produzida pelo desgoverno Lula’?
Tenho o maior prazer em ler os artigos dos jornazistas brasileiros comentando sobre o governo Trump e preocupados com a ordem mundial. Mas, não veem um palmo na frente do nariz quando se trata do desgoverno brasileiro. O Brasil é um caldeirão prestes a explodir e todos eles se fazem de cegos mas de olho no dinheiro do governo.
Três comentários acima também reletem meu pensamento. Esses “jornalistas” não vêm o que está ocorrendo aqui no Sul Global. Estão repetindo as mesmas coisas que fizeram em governos anteriores. A vantagem de agora é que tem uma banca de advogados no stf
China abala EUA com construção de complexo de guerra em Pequim
Os Estados Unidos tremem na base com a descoberta da construção de um completo de guerra na China dez vezes maior que o Pentágono, sede do Departamento de Defesa dos EUA, em Arlington, Virgínia.
Imagens de satélite obtidas pelo jornal Financial Times, que são examinadas pela inteligência americana, mostram ‘canteiro de obras’ com cerca de 6km², perto de Pequim.
Fonte: O Globo, 07/02/2025 04h00
Nesse caso do complexo militar, quem conhece as mega obras de engenharia chinesa sabe que nem Japão, EUA ou Rússia podem tentar se igualar em tamanho e tecnologia, os EUA têm razão em se preocupar com o dano que sua imagem sofrerá.
Trump sabe que a China caminha para ser a maior potência mundial, e procura não confrontar os chineses, que um dia trabalharam praticamente como escravos na formação da estrutura dos EUA, construindo ferrovias, perfurando minas, extraindo petróleo etc.
Trump também é sabedor de que o fim dos EUA, como é conhecido hoje, não estaria longe, e se dará no momento em o governo chinês entender que deve valorizar o Yuan e a moeda chinesa ultrapassar o dólar americano no mercado financeiro mundial, em valor e conversibilidade.
A China tem mantido estrategicamente o yuan desvalorizado para impulsionar as exportações, tornando seus produtos mais competitivos globalmente e especialmente em relação ao dólar, e para estimular o crescimento econômico e manter o domínio na exportação em massa do País.
É a sabedoria chinesa na produção mesclada com a astúcia mandarim na comercialização.
No Brasil, a ‘colonização’ chinesa caminha a passos largos sob a direção do camarada Xi Jinping, que dá sequência à abertura economia iniciada pelo ‘camarada’ Deng Xiaoping em 1978.