Tarifaço pode gerar perdas de até US$ 2 trilhões à economia global este ano

Efeitos já estão sendo sentidos em diversos países

Pedro do Coutto

Realmente, as medidas determinadas pelo presidente Donald Trump a respeito das tarifas comerciais estão abalando não somente os Estados Unidos e a China, mas também se refletindo de forma generalizada em uma série de outros países.  Há uma grande preocupação de como se dará a saída para essa crise iniciada pelo presidente americano e que está criando um grande desequilíbrio no cenário internacional.

As medidas tarifárias adotadas pelos Estados Unidos durante o segundo mandato de Donald Trump podem provocar um impacto negativo de até US$ 2 trilhões na economia global apenas neste ano, segundo especialistas. Os efeitos da atual política comercial dos Estados Unidos, centrada na elevação de tarifas de importação, já estão sendo sentidos por meio da desaceleração econômica observada em diversos países.

QUADROS POSSÍVEIS – Caso o cenário se restrinja a um período inferior a um ano, os danos poderão ser contidos e não haja nenhum declínio sério na economia global. Entretanto, a manutenção das tarifas além de 2025 poderá agravar significativamente o cenário econômico internacional e o seu impacto sobre a economia mundial já será mais grave. As perdas anuais poderão variar entre dois e três trilhões de dólares, afetando principalmente os países com maior integração nas cadeias globais de produção e comércio.

O governo Trump justifica a política tarifária como um instrumento para promover a reindustrialização dos Estados Unidos. No entanto, análises de economistas indicam que, ao invés de estimular o crescimento, as medidas adotadas podem desencadear uma recessão global. A crise, neste caso, teria origem nas disputas comerciais entre grandes potências, diferentemente do que ocorreu em 2008, quando o colapso partiu do setor financeiro.

A política de tarifas tem como alvo prioritário a China, maior parceiro comercial dos Estados Unidos. As restrições impostas às importações de produtos chineses afetam também terceiros países, fornecedores de matérias-primas, componentes e serviços inseridos nas cadeias produtivas que abastecem o mercado norte-americano.

REFLEXOS – Os efeitos da guerra tarifária sobre o comércio internacional têm sido acompanhados por instituições multilaterais e observadores do mercado financeiro. Relatórios recentes da Organização Mundial do Comércio (OMC) e do Fundo Monetário Internacional (FMI) indicam uma desaceleração no volume de trocas globais, influenciada por políticas protecionistas e pela incerteza nas relações entre os principais blocos econômicos. No setor privado, empresas com atuação transnacional têm enfrentado dificuldades logísticas e operacionais decorrentes da instabilidade nas regras de comércio.

A redefinição de contratos, a adaptação a novas rotas de fornecimento e o aumento dos custos de importação e exportação estão entre os principais reflexos identificados nos últimos meses.  A posição adotada pelos Estados Unidos nas próximas cúpulas econômicas internacionais, incluindo reuniões do G20 e fóruns da OMC, será observada com atenção por analistas e autoridades. O desfecho das negociações poderá influenciar decisões de investimento, políticas industriais e estratégias de integração comercial em diversas regiões.

CUSTOS –  A cada dia o problema se acentua, pois os países que não têm uma economia tão forte, sofrem os impactos das ações envolvendo os EUA e a China. A saída para essa crise que se desenhou não está sendo avaliada totalmente, pois a questão pode evoluir para uma situação gravíssima, atingindo os custos inflacionários. Não há perspectivas à vista, já que a guerra comercial que já se estabeleceu não deve terminar de uma hora para outra.

Os mercados voltaram a cair no mundo no dia de ontem, ameaçando o desenvolvimento econômico de forma generalizada à medida em que o consumo se retrai. A incerteza voltou a predominar após o anúncio da Casa Branca taxando a China em 145%. Os investidores estão em posição de cautela, pois ninguém pode avançar fortemente ou manter o ritmo anterior se não não há certezas sobre o dia de amanhã.

6 thoughts on “Tarifaço pode gerar perdas de até US$ 2 trilhões à economia global este ano

  1. POR QUE NÃO TEMOS EMPRESÁRIOS DE ESQUERDA?

    Feita em tom de desabafo, foi produzida pela mente brilhante do renomado consultor e conferencista Stephen Kanitz uma das mais certeiras reprimendas já endereçadas aos líderes políticos que, por fanatismo, mero oportunismo ou pura imbecilidade, pregam e idolatram o socialismo.
    Com o provocativo título *Por que não temos empresários de esquerda?*, ele resume em um artigo primoroso, ferino e irônico, algumas verdades que estão engasgadas na garganta de quem realmente gera emprego e renda para sustentar o desenvolvimento social e econômico das nações livres e prósperas.

    Eis o texto na íntegra:

    “Por que uma ideologia que possui tantos intelectuais brilhantes, com capacidade de liderança, de aglutinar massas, que querem ética e mudar o mundo, não abrem empresas para servir seus correligionários?
    Empresas que não cobrariam lucro, que teriam uma imensa vantagem competitiva de preços bem mais baixos, e com 47% de clientes já ideologicamente alinhados.
    Destruíriam empresas que ‘maximizam lucro’ em menos de 10 anos, e venceriam essa luta ideológica folgadamente,
    Oferecendo produtos bem mais baratos, com qualidade, sem truques e propaganda enganosa.
    Artistas milionários, funcionários da elite pública que abocanham 40% da massa salarial do país forneceriam o capital necessário para a fundação dessas empresas de bom grado.
    No Capitalismo Democrático, que vivemos, qualquer um pode entrar no livre mercado, por isso ele é livre e democrático.
    E se empresários de Esquerda decidirem não cobrar os exorbitantes lucros que Marx diz que existem, não há nada que a Direita possa fazer. Simples assim…
    Por mais de 200 anos a Esquerda tentou implantar o Capitalismo de Estado, via golpes revolucionários como fizeram na Rússia, China, Cuba e no Brasil, manipulando as urnas, seduzindo os pobres e indefesos mas, sem sucesso.
    Mataram mais de 100 milhões de pessoas, quando poderiam ter conquistado o Capitalismo Democrático em menos de 30 anos, com preços mais baixos, sem matar ninguém.
    Organizados eles são, porque no crime são extremamente organizados, sabem negociar com empreiteiras como ninguém, teriam o apoio total dos trabalhadores e seus sindicatos de fachada.
    Mas nenhum marxista, petista, social democrata, comunista, jamais pensou em abrir uma empresa, produzindo bens e serviços para a sociedade.
    Os serviços que a Esquerda brasileira presta hoje nas faculdades, hospitais e em parte da imprensa não isenta que controlam é de péssima qualidade e custam caro.
    Se você é jovem e quer mudar o mundo com o conceito socialista, estude e trabalhe na administração e não história, filosofia, sociologia ou jornalismo e monte uma empresa sem fins lucrativos.
    O que para você será fácil porque você já não é egoísta como certamente seus pais, avós e outros ancestrais foram para você ser o que é hoje.
    Você que pensa nos outros, produza o que o povo quer consumir, com preços justos, pagando o dobro do salário mínimo, dando o 14º e 15º salários, semana de 4 dias.
    Em vez de encherem o nosso saco todo santo dia, nos chamando de exploradores, desejando morte aos burgueses, criticando todo dia sem produzir absolutamente nada.”

    *De aplaudir de pé.*

  2. Donald Trump pressionado pelos bilionários das Big Tecks, recuou covardemente, zerando as tarifas sobre IPhones, Chips, Celulares, enfim, produtos da cadeia produtiva, que servem as empresas: Apple, Meta, X, etc..e tal. Confirmadíssimo, então, que essas empresas doaram mais de um trilhão de dólares para Trump derrotar Kamala Harris. Falando na Kamala, seu silêncio chega a ser, constrangedor, igual a todas as lideranças do Partido Democrata. Joe Biden, emudeceu completamente. Obama está quieto, não se manifesta, a mesma atitude de Bill Clinton.

    O Partido Democrata acusou o Golpe da derrota para Trump, que surfa na maionese, ditando os rumos sombrios da Economia e da Política americana, um verdadeiro desastre.

    Se ninguém parar Donald Trump, vamos entrar na maior recessão global, desde o crack da Bolsa no ano de 1929. 9 filme ” As Vinhas da Ira” retrata o resultado desastroso da recessão, que devasta países e famílias. Poucos se mantém de pé. Será isso que Trump quer?
    Se vingar dos americanos e da humanidade, por ter perdido a eleição presidencial em 2020 para Joe Biden. Creio nessa possibilidade, porque volta e meia, Trump não perde oportunidade de criticar com veemência as políticas de Biden, seja na pouca efetividade para impedir a entrada de imigrantes nos EUA e principalmente, segundo Trump, deixar a Rússia e a China fazerem dos americanos de bobos no comércio binacional, caso da China e na invasão da Ucrânia, caso do cenário internacional da soberania das nações.

    Parece, o governo Trump, em todas as atitudes das autoridades que tratam do Meio Ambiente, da Saúde, da Política Externa e na Economia, um estilo barata tonta, vai para um lado, vai para o outro, avança, recua.
    Enfim, uma tragédia.

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