Governo e Centrão adotam o ‘faz de conta’, enquanto a liderança de Lula definha

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Charge do Clayton (Jornal  O Povo)

Roseann Kennedy e Iander Porcella
Estadão

O caso inédito de um deputado que recusou o convite para assumir um ministério, mesmo após ser anunciado de forma pública para o cargo, expôs a falta de liderança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e um “faz de conta” na relação entre o governo e o Centrão. Na avaliação de consultores, isso ocorre pela perda de força do Executivo, por conta do maior poder que os parlamentares têm hoje sobre o Orçamento.

Apesar da simbologia dos jantares de Lula com os principais líderes partidários do Congresso, muitos deputados e senadores apenas fingem apoiar o governo petista, que, por sua vez, finge acreditar porque depende do Parlamento para ter um mínimo de governabilidade.

NOMES TÉCNICOS – Na visão do consultor político e diretor executivo da Action RelGov, João Henrique Hummel, o governo poderia aproveitar a ideia de Alcolumbre para pedir que outros partidos também indiquem nomes técnicos e, dessa forma, concretizar a reforma ministerial.

“Uma vez que, do ponto de vista político, já não é mais tão interessante ocupar espaço em ministérios, talvez o perfil mais técnico venha a ganhar espaço, e isso não deixa de ter formato positivo”, afirmou à Coluna, na mesma linha, o presidente da Associação Brasileira de Relações Institucionais e Governamentais (Abrig), Jean Castro.

A decisão do líder do União Brasil, Pedro Lucas Fernandes (MA), de permanecer na Câmara reforça a avaliação de que é mais vantajoso para um deputado ter o controle de sua bancada do que ir para um ministério.

PERDE ESPAÇO – “Hoje em dia, a depender de para qual pasta ministerial você está indo e abrindo mão da liderança, você perde mais espaço político do que ganha”, explicou Castro.

Nos governos anteriores de Lula, o Executivo tinha mais poder sobre a alocação do Orçamento. Hoje, para negociar recursos, os lobistas preferem bater à porta de gabinetes de parlamentares do que nos ministérios.

O crescimento das emendas impositivas (indicadas pelo Congresso e de pagamento obrigatório pelo governo) deixou o Congresso mais independente.

NÍVEL DE FRAQUEZA – Para Hummel, a manutenção do ministério com União, mesmo após o caso ter sido considerado um vexame para o governo, demonstra a dependência que o Executivo tem do Legislativo para garantir governabilidade.

Na visão do consultor, com esse nível de fraqueza, o governo Lula só conseguirá aprovar daqui para frente projetos que tenham amplo consenso.

“Se o governo não mudar a postura e olhar a pauta que a maioria do Congresso deseja, ele não vai fazer nada, porque ele não tem voto”, alerta.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
A que ponto chegamos… Hoje, o Brasil tem um governo que não governa, um Legislativo que não legisla e um Judiciário que faz o que bem entende. Em tradução simultânea, estamos no reino da esculhambação. (C.N.)

7 thoughts on “Governo e Centrão adotam o ‘faz de conta’, enquanto a liderança de Lula definha

  1. E então:
    “O poema mais lindo de Amado Nervo:

    Muito perto do meu pôr do sol.
    Eu te abençoo, vida.
    Porque você nunca me deu
    nem esperança falhada,
    nem trabalhos injustos,
    nem pena imerecida.

    Porque eu vejo no final
    do meu caminho duro
    que eu era o arquiteto.
    do meu próprio destino.

    Se eu extraí o mel
    ou o fel das coisas,
    foi porque eu coloquei nelas
    gel ou mel saboroso:
    quando plantei roseiras,
    Colhi sempre rosas.

    Verdade, meus lozanias
    vai continuar o inverno:
    Mas você não me disse
    que maio seja eterno!

    Encontrei definitivamente longas
    as noites das minhas tristezas;
    Mas você não me prometeu
    apenas boas noites;
    e, em vez disso, tive algumas
    santamente serenas…

    Amei, fui amado,
    o sol acariciou minha face.
    Vida, você não me deve nada!
    Vida, estamos em paz!”

    Amado Nervo.

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  2. Pois é, seu editor, a bagunça e a desonestidade abundam nessa nossa terra. O lamentável não é a existência de espertos desonestos, mas o estado de entorpecimento moral e o desânimo – falta amor e sobra desânimo.
    Esse desânimo resulta em atraso, em repetição, em falta de inovação .
    Nosso país é rico por natureza, tem seis tipos de clima e uma miscigenação rica. Em que país existe uma mulata como a nossa?
    No entanto estamos no fim da fila entre os países inovadores. O brasileitro mais graduado é bem reconhecido pelo número de títulos, em vez de sua capacidade de inovar.
    Dá para chorar, se pararmos para pensar.

  3. O Brasil se tornou, ou sempre foi a caverna do Alibaba, só que com muito mais ladrões.
    Se gritar pega ladrão, o pais se torna ermo.
    A tendência de grande parte de nossos patrícios para a gatunagem, seria um caso para o Sigmund Freund estudar, se vivo fosse.
    A impunidade é a mãe de todas as nossas mazelas.
    Será que isto um dia mudará?

  4. STF se cansou de brigar sozinho, enquanto Lula se omite

    Ministros demonstram incômodo de se indispor com o Congresso enquanto governo Lula, fraco, se omite

    O STF se cansou de comprar todas as brigas políticas do Brasil enquanto o governo Lula não consegue se articular para deixar de ser um mero coadjuvante nas mais prementes discussões da política nacional.

    A direção dos ventos nos últimos dias mostra que os ministros do STF estão incomodados de carregar todas as pedras enquanto o governo se omite. (…) A gestão Lula é pouco mais que mera espectadora.

    A dúvida é como Moraes, que (…) segurou à unha e sozinho os ataques mais diretos de Bolsonaro à democracia, reagirá?

    Fonte: O Globo, Opinião, 30/04/2025 07h26 por Vera Magalhães

    Se o STF largar a mão de Lula, o governo afunda.

    Acorda, Brasil!

  5. Senhor Carlos Newton , esquecestes de mencionar a verdadeira ” origem e alimentação ” , no Congresso Nacional Brasileiro de tamanha esculhambação e aberração ” comportamental dos juízes do STF e dos demais tribunais do Brasil , que infelizmente sempre é omitido na TI , por tudo e por todos participantes da TI.

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