Há mais de 400 anos, Gregório de Mattos já satirizava a corrupção no Brasil

O todo sem a parte não é todo; A parte... Gregório de Matos - PensadorPaulo Peres
Poemas & Canções

O advogado e poeta baiano Gregório de Mattos Guerra (1636-1695), alcunhado de “Boca do Inferno ou Boca de Brasa”, é considerado o maior poeta barroco do Brasil e o mais importante poeta satírico da literatura em língua portuguesa, no período colonial. Há mais de 400 anos, Gregório já dizia que neste mundo quem tem muito dinheiro é o que mais rouba e quem pode comprar tudo.

AS COUSAS DO MUNDO
Gregório de Mattos

Neste mundo é mais rico o que mais rapa:
Quem mais limpo se faz, tem mais carepa;
Com sua língua, ao nobre o vil decepa:
O velhaco maior sempre tem capa.

Mostra o patife da nobreza o mapa:
Quem tem mão de agarrar, ligeiro trepa;
Quem menos falar pode, mais increpa:
Quem dinheiro tiver, pode ser Papa.

A flor baixa se inculca por tulipa;
Bengala hoje na mão, ontem garlopa,
Mais isento se mostra o que mais chupa.

Para a tropa do trapo vazo a tripa
E mais não digo, porque a Musa topa
Em apa, epa, ipa, opa, upa.

1 thoughts on “Há mais de 400 anos, Gregório de Mattos já satirizava a corrupção no Brasil

  1. FEBEAPÁ, Festival de Besteiras que Assolam o País, expressão essa cunhada pelo saudoso Sérgio Stanislaw Ponte Preta Porto, como título da sua obra publicada em três volumes, 66, 67, 68, no auge dos anos de chumbo da famigerada dita-cuja-dura, a nosso ver, é a sigla e a nomenclatura que melhor define os últimos 135 anos do Brasil, capturado em 1889 pela república golpista do militarismo e o partidarismo, politiqueiro$, e seus tentáculos velhaco$, loucos por dinheiro, poder, vantagens e privilégios, sem limite$, operada à moda todos os bônus para ele$ e o resto que se dane com os ônus, ou seja, as contas da gastança, da comilança e da impostança, trilogia essa, do FEBEAPÁ, 66, 67, 68, que reuniu crônicas escritas pelo autor sob o pseudônimo de Stanislaw Ponte Preta, pelo visto atemporal, aliás cada vez mais atual a cada novo golpe, ditadura ou estelionato eleitoral praticado pelos me$mo$, ora na oposição, ora na situação, afeiçoando-se por ora mais atual do que nunca, diante da qual resta ao povo brasileiro apenas duas saídas, a saber: morrer de tanta indignação diante da estupidez crônica da política burra dos me$mo$, uma espécie, quiçá a pior espécie, de plutocracia, no caso, putrefata, com jeitão de cleptocracia e ares fétidos de bandidocracia, copiada mal e porcamente dos EUA, fantasiada de democracia apenas para ludibriar a crédula e tola freguesia, ou libertar-se do FEBEAPÁ dos me$mo$ e evoluir, como propõe a Revolução Pacífica do Leão, a RPL-PNBC-DD-ME, (há 35 anos na estrada da vida, com Democracia Direta, Meritocracia e Deus na Causa, cercada, boicotada, sabotada, ignorada, cancelada e excluída pelos partidos, pelo capital velhaco e pela imprensa falada, escrita e televisionada dos me$mo$, conservadores da dita-cuja, um negócio bilionário para os seus operadores, pupilos, apaniguados, cúmplices e comparsas, salvo exceções. Aliás, o FEBEAPÁ, sui generis, mais caro e o mais insustentável do planeta terra. https://www.facebook.com/photo/?fbid=24214701241447833&set=a.899136403430979

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