O romantismo da “Canção da Volta”, de Antonio Maria e Ismael Netto

O centenário de Antônio Maria, um dos reis do samba-canção – CartaCapital

Antonio Maria, um grande compositor

Paulo Peres
Poemas & Canções

O jornalista, cronista e compositor pernambucano Antonio Maria Araújo de Morais (1921-1964), em parceria com o cantor e compositor paraense Ismael de Araújo Silva Netto (1925-1956), escreveu um clássico do repertório da MPB: “Canção da Volta”, que retrata o arrependimento de alguém por seguir às ordens do seu coração. Este samba-canção foi gravado por Dolores Duran, em 1954, pela Copacabana.

CANÇÃO DA VOLTA
Antonio Maria e Ismael Netto

Nunca mais vou fazer
O que o meu coração pedir
Nunca mais vou ouvir
O que o meu coração mandar
O coração fala muito
E não sabe ajudar

Sem refletir
Qualquer um vai errar, penar.
Eu fiz mal em fugir
Eu fiz mal em sair
Do que eu tinha em você
E errei em dizer
Que não voltava mais

Nunca mais
Hoje eu volto vencida
A pedir pra ficar aqui
Meu lugar é aqui
Faz de conta que eu não saí

1 thoughts on “O romantismo da “Canção da Volta”, de Antonio Maria e Ismael Netto

  1. É muito frequente o choro e pouca profundida poética nas letras românticas daquela época.
    Essa é uma estrofe de iniciante:

    “Nunca mais vou ouvir
    O que o coração mandar
    O coração fala muito
    E não sabe ajudar”

    No entanto, vejam essa de Sergio Bittencourt :

    Naquela mesa ele sentava sempre
    E me dizia sempre o que é viver melhor
    Naquela mesa ele contava histórias
    Que hoje na memória eu guardo e sei de cor
    Naquela mesa ele juntava gente
    E contava contente o que fez de manhã
    E nos seus olhos era tanto brilho
    Que mais que seu filho
    Eu fiquei seu fã

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