
Lula esperneia, pensou que era o máximo, mas se enganou
Eliane Cantanhêde
Estadão
O presidente Lula entrou, ou melhor, atirou-se num redemoinho sem saída e parece afundar a cada dia, a cada pesquisa, a cada votação no Congresso, que se tornou seu maior inimigo e que, ao mirar no governo, atinge em cheio o interesse nacional sem dar bola para os bons indicadores macroeconômicos e para a aprovação ou desaprovação da opinião pública.
A derrota de Lula e Fernando Haddad no pacote do IOF, com requintes de crueldade, confirma que o governo está isolado, sem rumo e sem armas, sendo tragado pelo redemoinho. Câmara e Senado se uniram, Hugo Motta e Davi Alcolumbre despiram a fantasia e assumiram o que realmente são: adversários do governo. Não querem cargos de um governo a um ano e meio do fim, querem emendas e alianças com quem desponta mais forte para 2026.
BASE TRAÍRA – Quem derrotou Lula e Haddad não foi a oposição, mas, sim, os aliados, o que não é do jogo, confirmando que quem tem aliados como o Centrão não precisa de adversários. Motta e Alcolumbre estão por trás das três derrotas da semana passada e da atual, acachapante, por 383 a 98 votos.
Motta avisou pelas redes, tarde da noite, escolheu um relator bolsonarista e negociou com Alcolumbre que a votação no Senado seria automática e simbólica. Com um Congresso vazio, em tempos de festas juninas.
Lula deveria ter pensado melhor ao se lançar em 2022, em vez de usar sua enorme liderança e capacidade de mobilização para patrocinar um nome à Presidência sem cicatrizes como Lava Jato e mensalão e com maior capacidade de jogar água fria na polarização nacional.
OUTRA HISTÓRIA – Se tivesse agido assim, entraria para a História como o grande articulador da derrota bolsonarista, com baita força no governo eleito e sem o ônus de ser o presidente já cansado e em tempos bicudos.
Ao decidir concorrer, Lula argumentou que “só ele” derrotaria Jair Bolsonaro. Esqueceu-se que a onda anti-Bolsonaro já era forte o suficiente para aglutinar uma robusta oposição, que o mundo e o País haviam mudado e que seu risco seria jogar fora os êxitos dos dois primeiros mandatos.
Esqueceu-se, sobretudo, de uma lição fundamental: ganhar eleição é uma coisa, governar é outra. Lula tinha, como teve, votos para ganhar. Mas estava pronto para governar de novo?
PATAMAR ALTO – Repetir 7,5% de crescimento e 80% de popularidade, como em 2010? É fácil sair de um patamar baixo, qualquer avanço é motivo de comparação.
Sair do oposto é muito diferente, bem mais desafiador, ainda mais com um Lula errático e, diante de um Congresso de péssima qualidade e as pressões do PT para o terceiro mandato ser, finalmente, “de esquerda”.
Quanto mais erra, mais o governo leva uma bola nas costas atrás da outra e mais aumenta a dúvida, ou o temor, sobre o que vem aí em 2026. A única certeza é que, ganhe quem ganhar, uma coisa é certa: o Centrão estará com a faca, o queijo, as emendas e o governo na mão. E o País vai continuar refém.
No ritmo de Perlla:
“Pensou que era o cara
Mas não é bem assim
Agora, Baba Ovo, vem correndo atrás de mim’
Pira Parou Pá
Pira Parou Pá
Ouáááiiii
Ouááaáaaiii
O Barba tesoureiro do PCC preso no Morumbi não passa de um homônimo.
Bateu o desespero na petralhada. Até mesmo a tia do disjuntor, uma desavergonhada panicat da orcrim PT/STF, está jogando a toalha.
Lula foi emparedado pela oposição
Está mais do que evidente que o sistema presidencialista brasileiro está se tornando cada vez mais disfuncional.
Enfraquecido pela desaprovação do governo nas pesquisas de opinião, Lula perdeu o controle de parte dos investimentos federais, que está sendo pulverizada entre as prefeituras do país por meio das emendas parlamentares e não tem maioria no Congresso para reverter essa situação.
Lula foi emparedado pela oposição, que conseguiu atrair as bancadas do Centrão para suas posições.
São dois grupos, respectivamente: um quer inviabilizar o governo, o outro faz chantagens para obter mais vantagens.
Desde o governo de Temer, a gestão do Orçamento da União vem sendo compartilhada com o Congresso de maneira assimétrica: no lugar do presidencialismo de coalizão, surgiu um semipresidencialismo irresponsável.
Fonte: Correio Braziliense, Governo, 26/06/2026 – 08:18 por Luiz Carlos Azedo
Um espanto d. Eliane!!!
Que dona Eliane me perdoe por isso, mas nao li o seu artigo. A razao é simples: nao da mais para suportar esses mentecaptos. Desculpem-me a arrogancia, mas o meu filtro para burrices e mediocridades já entupiu – não deixa passar mais nada!
Nao é só esse cara da foto que é rejeitado na filtragem, mas também o outro que pensa que é general da banda – ele e sua troupe de velhinhos frustrados.
Nao dá mais: ou enterramos de vez esses caras ou vamos ter que esperar por milagres para deixarmos de ser pobres e atrasados.
“Bolsonaro provavelmente será preso em breve por supostamente planejar um golpe para permanecer no poder após perder uma eleição em 2022. Ele ainda não escolheu um sucessor para liderar a direita. Mas se o fizer e a direita se unir a essa pessoa antes das eleições de 2026, a presidência será deles”
Mãe Dinah
Agora trabalha no Centro da The Economist.
“Um morto aqui, outro ali …”.
“A César o que é de César…” e ao diabo o que é do diabo, tal seja a plutocracia putrefata com jeitão de cleptocracia e ares fétidos de bandidocracia, A impressão é que nos EUA, o QG mundial da dita-cuja plutocracia putrefata, o próprio diabo, encarnado, louco por dinheiro, poder, vantagens e privilégios, sem limites, assumiu diretamente o controle da bagaça com o seu povo mais perdido do que cego em tiroteio, sem alternativa, diferente da situação do Brasil ao qual, por amor a nosso país e a nossa gente, me dei ao trabalho de cerca de 40 anos a fio para oferecer-lhes a saída por cima, via Democracia Direta, com Meritocracia e Deus na Causa.