
Na OMC, Brasil critica tarifas como ‘arbitrárias’ e ‘caóticas’
Priscila Yazbek, Léo Lopes e Pedro Zanatta
da CNN
Em discurso no Conselho Geral da OMC (Organização Mundial do Comércio), o secretário de assuntos econômicos e comerciais do Itamaraty, embaixador Philip Fox-Drummond Gough, criticou o uso de tarifas como ferramenta para interferir em assuntos internos de países.
Sem citar nominalmente o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, o enviado do governo brasileiro classificou as medidas anunciadas pelo republicano como “arbitrárias”.
REGRAS VIOLADAS – “Além das violações generalizadas das regras do comércio internacional – e ainda mais preocupantes –, estamos testemunhando uma mudança extremamente perigosa em direção ao uso de tarifas como ferramenta para tentar interferir nos assuntos internos de terceiros países”, afirmou
O Brasil enfrenta um curto prazo para negociar com os EUA e evitar que tarifas de 50% contra os produtos exportados entrem em vigor a partir do dia 1º de agosto. O anúncio das taxas foi feito por Trump no início de julho.
Na carta enviada ao Brasil com o anúncio das taxas, o republicano citou o julgamento do caso do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ). O líder americano tem classificado o processo como “caça às bruxas”.
ESCALADA DA TENSÃO – A fala na OMC ocorre em meio à escalada de tensão com os EUA para tentar conter a implementação das tarifas ao Brasil. Além disso, o Congresso aprovou a Lei da Reciprocidade econômica, mecanismo que pode ser usado pelo país para retaliar os americanos.
O embaixador reforça ainda a posição do Brasil em buscar a resolução do conflito através das negociações, mas sem descartar o uso de outras ferramentas disponíveis inclusiva através da própria OMC.
“Continuaremos a priorizar soluções negociadas e a nos basear em boas relações diplomáticas e comerciais. Caso as negociações fracassem, recorreremos a todos os meios legais disponíveis para defender nossa economia e nosso povo – e isso inclui o sistema de solução de controvérsias da OMC”, disse.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Enquanto o Brasil continua empacado como burro, sem buscar negociações com o governo americano, alguns países têm anunciado entendimentos com Trump, como é o caso de Reino Unido, Indonésia, Filipinas, Vietnã e até a China. Fazendo beicinho, o Brasil de Lula e Xandão se mantém ilhado, não sabem nem calcular os vultosos prejuízos que o país terá, ao deixar de negociar com Trump. (C.N.)
É pura perda de tempo mesmo.
Trump não está nem aí para a ONU.
Ontem ele abandonou a UNESCO, agência que cuida da Educação e Cultura da ONU. Se der um livro para Trump, ele é capaz de apontar uma arma para o doador.
Está no radar de Trump abandonar a OMC( Organização Mundial do Comércio) e a OMS( Organização Mundial da Saúde).
Comércio é com ele, que define o que é melhor para seus negócios. E Saúde, não interessa para ele, porque tem um Plano de Saúde milionário, além de ser um negacionista das vacinas e crítico feroz do ObamaCare, uma espécie de SUS da América.
‘Trump está fortalecendo Lula’, diz Financial Times
O jornal Financial Times (…) criticou a imposição de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros nos States, e repreendeu a tentativa de ingerência no processo penal contra o ex-mito, réu por tentativa de golpe no STF.
A investida de Trump contra o Brasil acabará tendo um efeito contrário ao pretendido pelo republicano, prejudicando seu ‘aliado’ e fortalecendo Lula.
“POUCAS COISAS UNEM OS ELEITORES EM TORNO DA BANDEIRA NACIONAL MAIS RÀPIDO DO QUE UM ATAQUE DE UMA SUPERPOTÊNCIA À SUA ECONOMIA”, afirmou Edward Luce, editor do jornal britânico.
Trump não previu que, com as tarifas, prejudicaria sobretudo as exportações do agronegócio brasileiro, isolando o ex-mito de uma de suas principais bases de apoio. “Não é surpresa que a sorte de Lula tenha voltado”, afirmou.
Fonte: O Estado de S. Paulo, Política, 23/07/2025 | 12h24 Por Juliano Galisi
Senhor Carlos Newton , pelo que entendi o senhor esta sugerindo que o Brasil capitule frente às exigências ” políticas e jurídicas ” as ameaças do governo norte-americano , visando onerar em 50% as exportações de produtos Brasileiros para os EUA , usando os exportadores Brasileiros como reféns dessas ameaças , para interferir em assuntos internos do Brasil que não lhes diz respeito .
É preferível algum acordo que uma péssima demanda.
Dom Curro acha que o STF tem várias divisões de blindados para lhe socorrer.
Embarcaram numa canoa furada trilhando a via do conflito. Com essa correlação de forças, não é possível ganhar com os egos no comando.
Se um lado não quer negociar, é melhor fazer outra coisa, como sugere o economista americano ganhador do Nobel.
https://www.bbc.com/portuguese/articles/cddzd4r148vo
Influenciar em decisões judiciais.
Dom Curro não influencia nada, é o cara mais isento que já mourejou nestas plagas macunaímicas.
Não houve nenhuma influencia na facada ou celular do Bispo esfaqueador.
Governo e STF são um poço de virtudes democráticas.