Como dizia Ariano Suassuna, “sou contra a Morte e nunca hei de morrer”

Eu digo sempre que das três virtudes... Ariano Suassuna - PensadorPaulo Peres
Poemas & Canções 

O dramaturgo, romancista e poeta paraibano Ariano Vilar Suassuna, no poema “Abertura Sob Pela de Ovelha”, mostra a luta eterna do homem contra o envelhecimento e a morte.

ABERTURA SOB PELE DE OVELHA
Ariano Suassuna

Falso Profeta, Insone, Extraviado,
Vivo, Cego, a sondar o Indecifrável:
e, Jaguar da Sibila – inevitável,
meu Sangue traça a rota desse Fado.

Eu, forçado a ascender, eu, Mutilado,
busco a Estrela que chama, inapelável.
E a pulsação do Ser, fera indomável,
arde ao Sol do meu Pasto – incendiado.

Por sobre a Dor, Sarça do Espinheiro
que acende o estranho Sol, sangue do ser,
transforma o sangue em Candelabro e Veiro.

Por isso, não vou nunca envelhecer:
com meu Cantar, supero o Desespero,
sou contra a Morte e nunca hei de morrer

1 thoughts on “Como dizia Ariano Suassuna, “sou contra a Morte e nunca hei de morrer”

  1. Interessante como com o tempo as coisas mudam. Esse poema do famoso autor não diz nada para mim que seja apreciado. Chega a ser ininteligível, às vezes. Terá sido compreendido no seu tempo?

    1, Jaguar da Sibila – inevitável,
    meu Sangue traça a rota desse Fado.

    2. Por sobre a Dor, Sarça do Espinheiro
    que acende o estranho Sol, sangue do ser,
    transforma o sangue em Candelabro e Veiro.

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