
Gaza era muito próspera antes de ser destruída por Israel
Demétrio Magnoli
Folha
“O plano de 20 pontos para encerrar a guerra em Gaza é tudo com que os israelenses sonharam —ou mesmo fantasiaram. Às vezes, parece mais uma lista de exigências de Israel do que compromissos diplomáticos” (Roy Schwartz, editor senior do jornal Haaretz). “Netanyahu obteve quase tudo que queria, graças a Trump” (Mohamad Bazzi, professor de jornalismo da New York University). Equivocam-se os dois: se aplicado, o plano dissolveria a utopia genocida do Grande Israel.
A aposta fácil é no fracasso do plano, porque: a) quase tudo termina em desastre na Terra Santa; b) seu caráter genérico exige complexas negociações a cada etapa, abrindo as portas para manobras de sabotagem de Netanyahu e do Hamas.
DOIS ESTADOS – Contudo, quem está no negócio da análise política, não no das apostas, precisa reconhecer o principal: os EUA retornaram, ao menos no papel, ao princípio da paz em dois Estados.
Netanyahu assumiu o programa da ala extremista de seu gabinete, que prega a limpeza étnica da Faixa de Gaza e o enterro da ideia de um Estado Palestino. Trump impulsionou tal programa ao delinear a visão da “Riviera do Oriente Médio”.
Num giro de 180 graus, porém, seu plano afirma o direito dos palestinos viverem em Gaza e, ainda, seu direito a um Estado independente. Nada disso é invenção do atual presidente americano: são propostas apresentadas no passado pelo governo Biden e inscritas num esboço recente formulado por Macron junto com os sauditas.
OUTRO PROTETOR – O giro de Trump foi deflagrado pelo bombardeio de Doha por Israel. Os países do Golfo beneficiam-se da proteção estratégica dos EUA. Se essa proteção perde valor, tenderão a procurar outro protetor —isto é, a China.
Não por acaso, foi da Casa Branca que Netanyahu enviou suas desculpas ao primeiro-ministro do Qatar. A vaidade, bússola maior de Trump, desempenha papel protagonista: o presidente americano, que sonha com o Nobel da Paz, colocou-se na posição de chairman do Conselho da Paz, órgão de supervisão geral do plano.
Netanyahu diria não, se pudesse. Disse não a Biden, pois sabia que seu interlocutor jamais abandonaria Israel. Diante de Trump, só sabe que tudo pode acontecer.
ROLETA RUSSA – O inédito isolamento internacional do Estado judeu proíbe-lhe brincar de roleta russa com o governo dos EUA. Por esse motivo, tenta reinterpretar o plano, sugerindo falsamente que ele não contém a promessa, lá no fim do arco-íris, da autodeterminação estatal palestina. Mas o sucesso de sua sabotagem exigiria uma negativa do Hamas, o parceiro tácito de sempre.
O Hamas encontra-se na encruzilhada. Seus dirigentes exilados inclinam-se a aceitar o plano, pois são cativos do Qatar, que opera junto com Trump. Por outro lado, os dirigentes em Gaza, que controlam o destino dos reféns israelenses, tendem a recusá-lo, pois o desarmamento extinguiria sua influência política. Uma rejeição reabriria o cenário da limpeza étnica, com o beneplácito de Trump. Seu sim condicional evidencia uma completa falta de opções.
Sobram motivos para objeções palestinas. Inexistem garantias firmes sobre a retirada israelense. O Conselho da Paz e a força internacional de estabilização configurariam um novo protetorado. O “caminho crível” rumo ao Estado Palestino aparece como mera declaração de intenções. O Hamas compartilha com o governo de Netanyahu uma oposição absoluta à paz em dois Estados. O plano de Trump encurrala os dois inimigos-irmãos.
Tudo isso é lorota.
Netanyahu promete que mesmo após a entrega dos reféns, o Exército Israelense continuará a lutar em Gaza na medida “necessária”.
https://www.c14.co.il/article/1334940
Aqueles que viviam em Israel antes dos ataques desse genocidas, eram muito felizes e prósperos. essa turma de “jornalistas”, tem uma visão muito ruim dos acontecimentos
O Hamas surgiu com apoio de pessoas e grupos ilustres, entre eles temos Ariel Sharon e Benjamin Netanyahu para reduzir o poder da Autoridade Palestina. Hamas ganhou as eleições em 2006, deixando de ser um grupo armado para ser um governo eleito pela maioria, fato esse, fugindo dos interesses do grupo radical sionista de Israel que detem o poder.
Se o Hamas é um grupo terrorista, Israel é um Estado terrorista. Mais de 8 mil palestinos foram mortos pelo estado sionista de Israel antes de outubro de 2023. Hamas atacou ou retalhou os ataques que o povo palestino vem sofrendo ao longo dos anos com uma segregação racial, isso é um novo apartheid.
Quem se lembra da célebre frase da Golda Meir
“Se os palestinos baixarem as armas, haverá paz. Se os israelenses baixarem as armas, não haverá mais Israel”
Pois bem, os grupos armados palestinos deportaram as armas no acordo de Oslo e como resultado tivemos a colonização da Cisjordânia. O governo sionista de Israel financia colonos vindos de outros países para invadir a área. Não são casas simples, são condomínios de luxo modelo Alphaville sendo financiado pelo estado. Os colonos não precisam trabalhar pois eles são religiosos e recebem incentivos do governo.
Nada melhor do que ouvir o que um dirigente do Hamas tem a dizer e a visão dele sobre o problema.
Breno Altman entrevista Basem Naim, dirigente do Hamas e ex-ministro da Saúde do governo palestino em Gaza.
https://www.youtube.com/watch?v=ucAShvTo4V8
Senhores Cláudio , Jorge e Carlos Newton as autoridades ” politicas , militares , religiosas e de segurança ” de Israel , nunca permitirão que o povo Israelense cheguem ao avançado ” estado de bem – estar social ” e vivam em plena paz internamente e com seus vizinhos , pelo fato de que a deturpada e criminosa politica oficial do ” terrorismo de estado Israelense ” de segurança de Israel , mantendo seu povo sempre em sobressaltos e aterrorizados pelos seus próprios governantes , cairá por terra e seus defensores serão desmascarados frente ao povo Israelense e ao mundo .