
Haddad afirmou que governo não vai mudar sua estratégia
Por Guilherme Mazui,
Alexandro Martello
G1
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta terça-feira (7) estar otimista nas tratativas com os Estados Unidos sobre o tarifaço, independentemente de quem seja o interlocutor indicado pelo presidente norte-americano, Donald Trump.
Questionado sobre o fato de o mandatário dos EUA ter designado Marco Rubio, secretário de Estado americano para continuar as conversas com o Brasil, considerado por ter uma inclinação mais “ideológica”, Haddad afirmou que a diplomacia brasileira saberá conduzir as tratativas de forma eficiente.
SUPERAÇÃO – “Independentemente de quem seja designado, a diplomacia brasileira, com os argumentos que tem, vai saber superar esse momento. Os fatos são muito favoráveis à parceria, em todos os aspectos, inclusive no que concerne em vantagens que os EUA têm em estabelecer relações com o Brasil”, disse Haddad, em entrevista ao programa ‘Bom dia, Ministro’, da EBC.
Nesta segunda-feira (6), Lula conversou por telefone com Donald Trump. A conversa durou cerca de meia hora. Ele estava acompanhado do vice-presidente Geraldo Alckmin, do assessor especial Celso Amorim e dos ministros Fernando Haddad (Fazenda), Mauro Vieira (Relações Exteriores) e Sidônio Palmeira (Secom).
A possibilidade de um encontro entre Lula e Trump foi anunciada no mês passado pelo líder americano durante na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York. A conversa ocorre em meio ao tarifaço, com sobretaxa de 50% a produtos brasileiros.
PROXIMIDADE – Haddad afirmou, ainda, acreditar que as relações com os EUA melhorarão com a proximidade entre Lula e Trump. “Acredito que vai distensionar [reduzir a tensão] e abrir espaço para uma conversa franca. Foi uma largada equivocada vai ser superada”, acrescentou o ministro.
Haddad declarou, também, que o governo brasileiro não vai mudar sua estratégia que, em sua visão, está dando certo. “Estamos tão confiantes nos nossos argumentos que entendemos que eles vão se fazer valer pela diplomacia brasileira, que é das melhores do mundo”, acrescentou.
Ele avaliou que os Estados Unidos também estão sofrendo com o tarifaço, pois produtos brasileiros, como café e carne, estão mais caros no país. “Eles [consumidores norte-americanos] estão com café da manhã mais caro, café mais caro, carne. Eles estão notando que as medidas mais prejudicaram do que favoreceram os EUA”, declarou o ministro da Fazenda.
QUEM É MARCO RUBIO – Marco Rubio tem sido um dos principais porta-vozes das sanções contra o Brasil. Além do tarifaço, também liderou ação de revogação de vistos de autoridades brasileiras em represália ao Programa Mais Médicos, que teve massiva participação de médicos cubanos durante o governo Dilma Rousseff.
Rubio nasceu em Miami em 1971, filho de pais cubanos que imigraram para os EUA sem dinheiro e sem falar uma palavra em inglês. Ao ser nomeado por Trump, em novembro do ano passado, para ocupar o cargo de Secretário de Estado, Rubio se tornou a pessoa de origem latino-americana com o cargo mais importante no governo dos Estados Unidos da história.
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Barba deu um “chapéu” no craque Laranjão já no primeiro lance, e saiu com o número do telefone pessoal dele.
Imagina o que não fará então com o tal de Rubio.
E Bananinha, que assisti ao jogo pela TV, não conseguiu em oito meses de States nem o telefone do motorista do Laranjão.
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Se o encontro nada casual entre Laranjão e Barba na ONU selou o cessar fogo entre EUA e Brasil, ou melhor, dos EUA contra o Brasil, a conversa de meia hora entre os dois presidentes, nesta segunda feira, foi mais do que uma ótima surpresa para o governo brasileiro e a indústria nacional: abriu uma avenida de negociações e acertos bilaterais.
Barba considerou a conversa “excepcional”, mas quem consolidou essa sensação no governo, no Brasil, nos EUA, quiça mundo afora, foi o próprio Laranjão, antes tão belicoso, agora simpático com Barba e acenando com uma aproximação para valer: “Nossos países vão se dar muito bem juntos”, divulgou pela internet, após a conversa, que classificou como “ótima”.
Experts em distribuir charme e criar intimidade, Laranjão e Barba conversaram mais e melhor do que o previsto, com troca de seus telefones privados e anúncio de um encontro olho no olho, que Lula sugere ser na Malásia, no fim do mês, à parte da reunião da Asean (bloco do Sudeste Asiático), e Trump não descarta ser nos EUA, no Brasil ou nos dois.
Fonte: O Estado de S. Paulo, Opinião, 06/10/2025 | 20h33 Por Eliane Cantanhêde
Que assim seja!