Estados Unidos mudam posicionamento e Conselho de Segurança aprova trégua em Gaza

Conselho pede pausa humanitária por ajuda em Gaza

Pedro do Coutto

O Conselho de segurança da ONU aprovou, na tarde de quarta-feira, um projeto de resolução de Malta, praticamente igual à proposta brasileira, e estabeleceu uma trégua humanitária em Gaza para conter a onda de mortes e mutilações que ocorrem na região e cujas imagens gravadas em filmes e fotos chocam profundamente a opinião pública universal.

Os Estados Unidos, que no início do conflito entre Israel e Hamas, enviou dois porta-aviões para o Mediterrâneo com o propósito de fornecer apoio às forças israelenses, depois de vetar projeto brasileiro, recuou e não utilizou o direito de veto para impedir que o Conselho aprovasse a proposta de Malta.

CHOQUE – O mundo acompanha chocado o que se verifica no território de Gaza, especialmente a invasão do hospital pelas forças de Israel que incluíram o desligamento de incubadoras que atendiam crianças recém-nascidas.

Israel, entretanto, uma hora após a decisão do Conselho de Segurança, anunciou que não cumprirá o que determina. Ficou numa posição internacionalmente isolada, já que a China e a Rússia também se abstiveram de votar, dando condições para a aprovação da iniciativa. A resolução inclui também a libertação de reféns pelo Hamas.  

MANIFESTAÇÃO – Enquanto isso, reportagem de O Globo, edição desta quinta-feira, focaliza o tema e inclui uma manifestação da ONU condenando a operação de Israel no hospital de Gaza. Israel alega que encontrou armas do Hamas e serviços de Inteligência instalados na unidade.

O episódio criou um trauma geral. O Hamas, de certa forma, conseguiu isolar Israel no cenário internacional, ainda que também sendo alvo pelo reflexo negativo junto à opinião pública não somente pela sua ação terrorista em 7 de outubro, mas também pelo revide do governo de Tel Aviv. O drama continua, pois a ONU não tem poder de obrigar o cumprimento da decisão de seu Conselho de Segurança.

APOIO – O governo Lula, revela O Globo, matéria de Alice Carvalho, se volta para prestigiar Flávio Dino, titular da Justiça, em face do episódio de sua equipe ter recebido a mulher de um contraventor condenado, e ela também condenada pela justiça, no gabinete ministerial.

Além disso, há o caso de um congresso realizado em Brasília que incluiu o pagamento de passagens exatamente a essa pessoa. Os Secretários responsáveis pela recepção assumiram a culpa, mas o fato repercutiu negativamente sobre o ministro Flávio Dino. Ele não é acusado, mas a sua equipe está sendo alvo de críticas.

Calor sufocante exige que os governos adotem medidas concretas que não existem

Rio não tem plano de contingência para enfrentar altas temperaturas 

Pedro do Coutto

O calor registrado nesta semana, principalmente no Rio de Janeiro e na cidade de São Paulo, revelou a necessidade de serem adotadas medidas urgentes, tanto pelo governo federal quanto pelos governos estaduais, para fazer frente ao calor que se encontra em ascensão, acarretando problemas extremamente graves e riscos à saúde humana e ao bem estar das pessoas.

A falta de água, no caso do Rio de Janeiro, acompanhou as altas temperaturas. É impossível aceitar uma situação assim. No calor intenso, o consumo de água e de energia sobe, naturalmente. Mas, em muitas regiões, a parte sanitária é afetada pela falta de água e de refrigeração nas salas de aula e nos coletivos. Os ônibus, mesmo com as tarifas sempre reajustadas, não cumprem, no caso do Rio, a determinação de instalação de ar-condicionado.

PROVIDÊNCIAS – Ajustar o ritmo social ao calor exagerado exige vários tipos de providências. Na minha opinião, os horários de trabalho precisam ser modificados para evitar que o volume de passageiros nos coletivos aumente nos horários de pico, evitando a superlotação dos veículos com portas entreabertas. Muitos trabalhos devem ter horários reformulados para que a situação possa ser enfrentada com ações concretas, preservando a saúde pública.

Os jogos de futebol, por sua vez, como se tem verificado, continuam a ser iniciados às 16h, quando as sombras começam a descer sobre os estádios apenas a partir das 17h. Os riscos são muito grandes. Além disso, matérias publicadas nos jornais desta quarta-feira dão conta que a cada duas horas uma pessoa é atendida na rede pública de Saúde devido às altas temperaturas. No O Globo, a reportagem de Bruno Rosa focaliza o crescimento do consumo de energia, enquanto no Estado de S. Paulo o assunto é tratado por Nicola Pamplona.

CÓDIGO –  A Suprema Corte dos Estados Unidos, revela Bernardo Mello Franco, O Globo de ontem, editou um código de conduta, incluindo pontos que devem ser observados por seus integrantes, como o de não aceitar presentes de valor elevado, hospedagens em hotéis de luxo pelo patrocínio de empresas e viagens para conferências promovidos por setores da Economia.

A matéria acentua que nem todas as regras do comportamento humano estão escritas. Mas nem por isso devem ser descumpridas. O raciocínio se encaixa, ao meu ver, na candidatura de Donald Trump para as eleições de 2024 à Presidência dos Estados Unidos. Essas regras devem ser cumpridas no Brasil, não só pelo Supremo Tribunal Federal, mas por toda a magistratura, além de todos os integrantes dos Poderes Executivo e Legislativo.
 

Brasileiros escapam da destruição, do terror e voltam para uma terra segura

Brasileiros retornaram ao país após mais de 30 dias de angústia

Pedro do Coutto

Foi uma dura jornada a que o governo brasileiro enfrentou para promover o retorno de brasileiros e de parentes seus que encontravam-se envolvidos pela angústia das dúvidas e pelas explosões das bombas que recaiam sobre Gaza.

Ainda há brasileiros na Cisjordânia que pretendem voltar ao Brasil e o governo comprometeu-se em trazê-los. Reportagem de O Globo, de Sérgio Roxo e Bernardo Lima, acompanhada de uma foto da chegada à Brasília.

DÚVIDA – O sofrimento foi muito grande, proporcional à dúvida se sobreviveriam à situação. A diplomacia brasileira atuou com afinco. O presidente Lula falou sobre o assunto e fez críticas contra Israel pelos bombardeios seguidos à Gaza. Representações judaicas criticam a declaração do presidente da República.

Em Gaza, hospitais foram atingidos, doentes ficaram sem socorro. Há mulheres grávidas precisando de assistência. O quadro é muito preocupante. O Hamas começou o processo de bombardeio a Israel em 7 de outubro e de lá para cá a violência prossegue. O Governo dos Estados Unidos tenta intervir na questão da reconstrução da região e da forma com a qual poderá ser administrada sem o domínio israelense. Uma triste página na história universal, mas que ainda está longe de uma solução definitiva.

CALOR –  O calor que vem castigando a população carioca e fluminense, e outras tantas cidades, é uma consequência, no fundo, da questão climática que ainda não foi tratada como deveria. O aquecimento global avança e a ameaça aos países nórdicos é grande em função das geleiras que podem se dissolver. Enquanto isso, no Rio, medidas urgentes têm que ser iniciadas, a exemplo do que ocorre já em São Paulo.

As ações devem envolver sobretudo o atendimento médico e a atenção com a população. O calor está sendo sufocante. Um aviso aos países que mais contribuem com a poluição e com o desmatamento. É preciso agir rapidamente sobre o problema. O Acordo de Paris ainda está tão somente nas palavras.

Depois de 37 dias sob angústia e bombas em Gaza, brasileiros retornam ao país

Grupo deixou a Faixa de Gaza e embarcou na manhã de ontem

Pedro do Coutto

Após aguardarem 37 dias para que pudessem cruzar a fronteira entre Gaza e o Egito, área em que as bombas explodiram seguidamente, um grupo de brasileiros conseguiu embarcar no avião da FAB e retornar ao país, o que estava previsto para acontecer na manhã de ontem, quando escrevi esse artigo.

Assim, marca-se o fim de um período difícil em que a dúvida atingia a esperança e os bombardeios poderiam ser o fim da espera. Na Folha de S. Paulo, a reportagem é de Igor Gielow e Marília Miragaia. No O Globo, escreveram Daniel Gullino, Letícia Messias e Marina Gonçalves.

ARTICULAÇÕES – Foi um longo caminho diplomático percorrido para o qual, conforme pode-se deduzir, não faltaram obstáculos colocados. Transpostos, a situação para os brasileiros que voltam é de alívio e de renovação de esperança.

Imaginem os leitores, as milhares de pessoas que permanecem na região sob bombas e sem uma solução à vista. A tragédia se amplia e parece ainda não ter fim. Uma destruição que além de física, abrange contextos familiares diversos numa área envolvida num conflito terrível.

ARGENTINA – No último debate na televisão antes das eleições do próximo domingo, o candidato Sergio Massa atacou fortemente o ultradireitista Javier Milei, acusando-o de pretender romper relações diplomáticas com o Brasil e com a China, acabar com o Banco Central e ter criticado até o Papa Francisco.

Milei afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro não falava com Alberto Fernández, atual presidente argentino e, portanto, o relacionamento entre os dois países não é problema. Vamos aguardar os efeitos do debate nas próximas pesquisas, que mesmo proibidas de serem divulgadas, chegarão ao conhecimento público nos próximos dias.

DEFESA –  Em artigo publicado na edição desta segunda-feira de O Estado de S. Paulo, Henrique Meirelles, que presidiu o Banco Central durante os dois primeiros governos de Lula, manifestou-se favorável à ideia do déficit zero, acentuando não ser incompatível com os investimentos sociais do atual governo.

Meireles frisou que a tolerância com a existência de um déficit financeiro sinaliza ao mercado a desistência de um projeto de equilíbrio monetário. Os investimentos públicos devem ser financiados com a receita dos impostos.

Afobado, Helder Barbalho lança candidatura de Lula para 2026

Barbalho diz que não identifica adversário capaz de enfrentar Lula

Pedro do Coutto

Numa entrevista a Roberto D’ávila, na noite de sábado, na GloboNews, o governador do Pará, Helder Barbalho, do13 MDB, afirmou que apoiará a candidatura de Lula à reeleição em 2026 e que vai se empenhar para que o seu partido siga o mesmo caminho, pois não vê no campo político nenhuma outra candidatura capaz de superar a do atual presidente da República.

Com tal declaração, o governador do Pará abriu praticamente o debate sucessório, antecipando-o, inclusive, no tempo e no espaço, na medida em que não identifica no quadro partidário do país qualquer opção capaz de abalar a quarta candidatura de Lula da Silva.

ECO – O movimento, portanto, na área do MDB começou e deve encontrar eco, pois, participando do governo, nenhuma corrente do partido deverá contestar o caminho indicado por Helder Barbalho. A legenda participa do governo, ocupa diversos ministérios e cargos de direção em empresas estatais.

A iniciativa do governador também vai despertar reações na corrente bolsonarista do PL, sobretudo para evitar que o silêncio possa ser interpretado como uma manifestação de temor sobre as urnas municipais de 2024, sempre uma base importante para os embates e desfechos presidenciais.

O quadro sucessório, assim, antecipadamente, começa a se movimentar. Como é natural, despertará a procura de alternativas dentro e fora do MDB, com exceção do PT, que evidentemente apoia incondicionalmente a reeleição de Lula.

ADVERSÁRIO – As urnas sempre dependem de uma série de fatores, mas não há fatos dispostos que indiquem na área governista um nome que supere o de Lula da Silva. A oposição terá que encontrar um nome, seja um adversário ou uma adversária, já que o PL tem a hipótese de lançar Michelle Bolsonaro como candidata do partido.

As eleições pela Prefeitura de São Paulo ganham uma relevância muito grande, pois estará em jogo,de alguma forma, a força eleitoral do governador Tarcísio de Freitas.  A cidade de São Paulo transforma-se assim novamente em um ponto fundamental para o destino político brasileiro.

ARGENTINA – No próximo domingo, os argentinos irão às urnas para escolher o sucessor do presidente Alberto Fernández. Destaca Janaína Figueiredo, O Globo de ontem, que o quadro encontra-se indefinido e, na noite de sábado, foi realizado o último debate da campanha.

O empenho fundamental de Sergio Massa é pelo maior comparecimento dos eleitores em relação ao primeiro turno. Javier Milei recebeu o apoio de  Patricia Bullrich, que ficou em terceiro lugar no primeiro turno.

Fronteira abre e fecha, mas os brasileiros já estão no Egito, para voltar para casa

Fronteira de Gaza foi aberta e os brasileiros conseguiram chegar ao Egito

Pedro do Coutto

Era praticamente impossível saber o que estava acontecendo na fronteira entre Gaza e o Egito, na medida em que brasileiros ainda esperavam o sinal definitivo para cruzarem o espaço.  A passagem dependia de autorização formal de Israel, do Hamas através do Catar, e dos Estados Unidos. Ou seja, há uma múltipla responsabilidade sobre a autorização final.

Neste sábado passaram ambulâncias liberadas pelo Egito. Somente neste domingo os brasileiros tiveram autorização e chegaram ao Egito. Dos 34 que estavam no grupo, dois desistiram e resolveram permanecer em Gaza, arriscando suas vidas.

CONFLITO – Enquanto isso, as bombas continuam caindo no território de Gaza e, no norte, o combate se desloca para um hospital de grande porte que, por falta de energia, será obrigado a suspender os socorros que prestam aos feridos.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, pronunciou-se dizendo que chega de mortes de palestinos. Um aviso destinado a Israel, a exemplo do realizado pelo presidente da França, Macron, sobre a morte de civis, inclusive crianças. Na Folha de S. Paulo, matéria de Igor Gielow. No O Globo, reportagem de Alice Cravo, com base nas agências internacionais.

LUCRO – No terceiro trimestre deste ano, os quatro maiores bancos do país alcançaram um lucro de R$ 25 bilhões. O Itaú / Unibanco lidera os lucros com  R$ 9 bilhões. Em segundo lugar está o Banco do Brasil com R$ 8,8 bilhões. Bradesco em terceiro com R$ 4,6 bilhões e Santander em quarto com R$ 2,7 bilhões.

Verifica-se que os lucros dos bancos são em grande parte em função da demanda de créditos, sobretudo de pessoas físicas. Se os salários no país não perdessem para a inflação, não haveria a necessidade de brasileiros e brasileiras buscarem créditos junto aos bancos para as suas despesas, pagando juros altíssimos. O déficit social é maior do que a dívida interna brasileira de R$ 6 trilhões.

RESPOSTA –  O presidente do Supremo Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso, rebateu indiretamente as declarações do presidente do Congresso, o senador Rodrigo Pacheco e frisou que existem muitas coisas no Brasil a serem mudadas antes da preocupação  em mudar o STF. Tem razão, na minha opinião.

A concentração de renda, por exemplo, é um ponto que a legislação brasileira deveria focar. Mas não o faz. Assim, verifica-se o endividamento da população. Investimentos sociais são esperados, mas é preciso que as palavras tornem-se ações efetivas pelo governo.

Duas mancadas! Embaixador israelense reúne-se com Bolsonaro e Milei critica Lula

Reforma tributária pode marcar um grande avanço na legislação brasileira

Déficit zero nunca existiu pois não é computado o custo dos juros sobre a dívida

Charge do Amorim (correiodopovo.com.br)

Pedro do Coutto

O déficit zero nas contas públicas, na realidade, nunca existiu. Foi uma ficção criada na época do ministro Delfim Neto de estabelecer o que se chama até hoje de déficit primário ou superávit primário.

Ocorre que as contas primárias incluem os impostos recebidos e as despesas, e não incluem o volume dos gastos públicos que resultam da incidência da taxa Selic, hoje em 12,25% ao ano, sobre a dívida interna do país que se eleva a cerca de R$ 6 trilhões. Logo, chamar o equilíbrio da receita de impostos e das despesas públicas de déficit zero é uma ficção. Não existe.

TÍTULOS DO TESOURO – Há necessidade de o governo informar à opinião pública a verdade sobre esse processo. A dívida interna do país é lastreada pelos títulos do tesouro, e os vencimentos dos papéis têm datas diferentes, esse é um aspecto da questão. O essencial é o resultado da incidência dos 12,25% sobre os R$ 6 trilhões.

A pergunta que se impõe para iluminar a verdade é como são computadas essas despesas nas contas do país? O déficit só poderia ser igual a zero a partir do momento em que a dívida pública fosse zerada. Mas isso não acontece. Como não há recursos para pagar a dívida, e nem como zerar os juros pelo montante que representam, o governo capitaliza os juros, ou seja, emite outros títulos para estabelecer o equilíbrio. Por isso, não aparece essa despesa. Ela está embutida na rolagem dos juros cobrados sobre a dívida.

META FISCAL  –  Sérgio Roxo, Gabriel Saboya, Alice Cravo e Alvaro Gribel, O Globo, com base em declarações do deputado Danilo Forte, relator da lei de Diretrizes Orçamentárias para 2024 destacam que, até o próximo dia 16, o governo anunciará se altera ou não a meta fiscal para o próximo ano.

Existe uma incerteza refletida na questão. E o Palácio do Planalto, de acordo com opinião do ministro Rui Costa, poderá alterar a meta fiscal prevista com base no déficit zero. Seja como for, a questão dos juros sobre a dívida não será incluída nos cálculos das despesas governamentais.

REFORMA TRIBUTÁRIA – Na tarde de terça-feira, o projeto do governo de reforma tributária avançou no Senado, sendo aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça, podendo ser votado ainda hoje pelo Plenário.

Recebeu emendas ampliando exceções fiscais, incluindo as contas de gás, receitas do futebol e de venda de veículos. Mas são dispositivos que o presidente Lula poderá vetar se assim achar adequado. De qualquer forma, a presença política se fez sentir, como era esperado.

FALTA DE ENERGIA – O vendaval que atingiu a Região Metropolitana de São Paulo, na quinta-feira, acarretou a queda e o embaralhamento de fios de energia elétrica operados pela Enel, distribuidora com grande número de usuários.

Passados cinco dias, a energia não foi restabelecida numa área bastante grande e o presidente da empresa, Nicola Cotugno, numa longa entrevista a Alexa Salomão e Nicola Pamplona, Folha de S. Paulo de ontem, procura justificar a falha ocorrida tanto pela violência do vento que arrastou árvores, quanto por uma falta de entrosamento entre a empresa e a Prefeitura da capital paulista.

Porém, ele não explicou porque não foram executadas as obras para restabelecer o fornecimento. Sobre a hipótese de os fios deixarem de ser aéreos e passarem a ser instalados de forma subterrânea, há um problema de custo. Mas isso nada tem a ver com o restabelecimento da energia para livrar os usuários da angústia e dos prejuízos.

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Morrem centenas de crianças por dia e a insensibilidade transforma-se em rotina

Ao vencer a Libertadores, o Fluminense ganha uma visibilidade internacional

Com palavras vazias, Lula abala Fernando Haddad na forma e no conteúdo

Haddad tem tentado convencer Lula a manter a meta de déficit zero 

Pedro do Coutto

O presidente Lula da Silva, na reunião com ministros para tratar sobre assuntos relativos à Infraestrutura, contestou na prática o projeto de déficit zero em 2024 colocado pelo ministro Fernando Haddad e objeto de votação no Congresso Nacional, sobretudo quando for decidido o orçamento para o próximo exercício.

A impropriedade das declarações do presidente da República, visto sob o ângulo da posição de Haddad, foi flagrante, principalmente quando acentuou que quem está na Fazenda considera bom o dinheiro no Tesouro, mas para quem está na Presidência, dinheiro bom é o transformado em obras públicas.

CORRENTES – O presidente Lula tem essa posição voltada mais para a recuperação da economia do que para o equilíbrio monetário. Mas teria outras oportunidades para formular a sua ideia fora de uma reunião em que estavam presentes ministros, inclusive o da Fazenda. O governo tem várias correntes sobre o assunto; a corrente que se pode chamar de desenvolvimentista e a que luta pelo equilíbrio monetário.

Haddad participa dos dois pensamentos. Mas para que prevalecesse o pensamento da recuperação econômica, com base em investimentos públicos, não havia necessidade de Lula forçar demais a situação e expor Fernando Haddad de forma mais marcante. A repercussão foi grande, os reflexos no universo financeiro devem se registrar amanhã e, como é lógico, fazendo-se sentir nos juros bancários.

Na edição de O Globo de ontem, Alvaro Gribel e Alice Cravo sustentam que apesar de ter sido atingido em seu projeto político e econômico, o ministro Fernando Haddad permanece à frente da Fazenda. O presidente da República poderia ter tido mais cuidado na sua manifestação.

GAZA – O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou que só pode aceitar a trégua humanitária se o Hamas libertar os 217 prisioneiros que mantém em seu poder. Na edição de ontem da Folha de S. Paulo, Nelson de Sá publica matéria sobre o fato de a China ter assumido no dia 1º a Presidência do Conselho de Segurança da ONU.

Ressalta que a ideia de Pequim volta-se para a suspensão do conflito, sobretudo com base na definição de que é preciso proteger os civis que estão sofrendo a consequência de uma luta para a qual não contribuíram.

Na Cisjordânia também se verificam choques entre os colonos radicais e forças israelenses. Beatriz Coutinho, O Globo, focaliza declarações do líder do Hezbollah que admite que a guerra pode se expandir pela região sul do Líbano, país ao qual o Hezbollah é ligado. A situação continua das mais tensas.

A guerra e as mortes seguem em Gaza

Milhares de inocentes continuam sendo vítimas dos ataques 

Pedro do Coutto

As forças israelenses cercaram a cidade de Gaza e continuam os ataques nos túneis do Hamas. Bombardeios têm sequência e outro centro de refugiados foi atingido na noite de quinta-feira. O presidente Biden tenta sem sucesso uma pausa que ele chama de “humanitária”.

Um nome disfarçado para o cessar-fogo, expressão rejeitada por Netanyahu. A solução, como se observa, está muito distante e a tendência que predomina continua sendo a da destruição total do território de Gaza, com a perspectiva de saída de parte da população para o Egito.

NOVO IMPASSE –  Mas o Egito não poderá aceitar uma onda de refugiados e um novo impasse se criar no Oriente Médio. Um amigo, Filipe Campello, comentando a situação, observou que os avanços da tecnologia, especialmente ao longo dos últimos 20 anos, foram extraordinários. Mas eles não foram acompanhados de avanços civilizatórios, de preocupação com o ser humano, com a miséria, com a pobreza e, no caso de Gaza, com a morte.

O impasse essencial permanece com a ameaça de expansão do conflito que se verifica a partir das últimas notícias sobre ataques do Hezbollah. Na Ucrânia, por sua vez, a Rússia aproveitou a situação e Putin ampliou fortemente os ataques ao território do país, inclusive recrutando mulheres para os combates, destacando a importância dos salários a serem pagos pelas adesões.

PREOCUPAÇÃO   – Além disso, insinuou um risco muito grande para o mundo no momento em que se desligou o grupo de ações que veda o experimento de novos nucleares. A situação mundial volta a ser preocupante e ameaça repetir a crise de 1962 com os mísseis em Cuba. O desentendimento entre Rússia e Estados Unidos, entretanto, encontra um ponto de neutralidade na posição da China.

A China hoje se pronuncia pela suspensão das hostilidades no Oriente Médio e a partir deste mês de novembro assume a Presidência do Conselho de Segurança da ONU. Já está sob o seu comando a proposta brasileira de ajuda humanitária na Faixa de Gaza. A posição americana aproxima-se da posição brasileira. As dificuldades, entretanto, continuam. E as milhares de mortes se incorporam ao cotidiano terrível que atinge toda a população mundial.

OBSTÁCULOS – Eliane Oliveira e Vinicius Neder, O Globo desta sexta-feira, destacam mudanças propostas no Senado ao projeto da reforma tributária do governo. O ministro Fernando Haddad acentua que mudanças recomendadas farão com que a alíquota única da matéria passe de 27% para 27,5%.

Mas, existem exceções que reduziram os efeitos da iniciativa, importante para o equilíbrio das contas fiscais no exercício de 2025, cuja previsão era de serem zeradas, mas que agora incluem uma estimativa também da ordem de 0,5% sobre o Produto Interno Bruto brasileiro.

DECISÃO HISTÓRICA –  Na tarde deste sábado, no Maracanã, mais uma decisão histórica do futebol. Fluminense e Boca Juniors decidem a Taça Libertadores da América num clima que vem assinalando tensões, como as brigas que ocorreram no anoitecer de quinta-feira nas areias de Copacabana.

Esperemos que os ânimos se acalmem e o policiamento convocado evite a repetição de cenas assim, sobretudo nas proximidades do Maracanã e no final da partida que deve ser das mais intensas. Estamos na torcida pelo Fluminense, é claro. No fundo, a disputa será entre o Brasil e a Argentina.

É acertada a participação de forças militares na segurança do Rio e de São Paulo

Estados Unidos propõe controle internacional do território de Gaza

Atuação do Brasil na ONU em favor da humanidade foi clara e firme

País comandou principal órgão das Nações Unidas 

Pedro do Coutto

A atuação do Brasil na ONU foi clara e firme em favor dos princípios humanísticos que regem a posição do país e, sem dúvida, destacam a diplomacia brasileira. O chanceler Mauro Vieira teve um desempenho eficiente na defesa dos valores defendidos pelo Brasil, uma tradição do Itamaraty.

No momento em que escrevo esse artigo, ainda não havia sido iniciada a reunião do Conselho de Segurança, a última convocada pelo nosso país, cujo mandato na Presidência terminou ontem, dia 31 de outubro. Seja qual for a decisão final, antes de a China assumir o cargo dentro do critério de rodízio, a posição brasileira ficou marcada no calendário dos conflitos, nos quais morrem mais vítimas inocentes, incluindo crianças, do que os participantes das correntes em choque deflagrado pelo Hamas no dia 7 de outubro.

CONFRONTO – Os tanques de Israel estão avançando no território de Gaza, uma área de no máximo quinhentos quilômetros quadrados, em que vivem 2,3 milhões de pessoas, que em sua maioria abominam o Hamas, mas têm que suportar agora os efeitos dos bombardeiros e das rajadas que são as peças do confronto para o qual não se vislumbra nenhuma saída.

É possível que o Conselho De Segurança da ONU aprove uma medida humanitária, incluindo o cessar-fogo. Mas o ministro Netanyahu já adiantou que o país não aceita o cessar-fogo, da mesma forma que já citou como exemplo os americanos que não aceitaram (no caso nem poderiam aceitar) o cessar fogo depois do bombardeio de Pearl Harbour.

A comparação não se articula, pois com o ataque de Pearl Harbour, o Japão iniciava uma guerra que durou até 1945. Mas a disposição israelense ficou assinalada, o que pode significar que Tel Aviv não aceitará a decisão projetada. As mortes atingem mais de mil pessoas diariamente. Um desastre para a humanidade.

META –  Álvaro Gribel e Renan Monteiro, reportagem na edição de O Globo desta terça-feira, focalizaram o empenho do ministro Fernando Haddad para manter seu projeto de déficit fiscal zero em 2024, procurando consertar as declarações do presidente Lula no último fim de semana de que seria difícil atingir plenamente esse objetivo.

Haddad busca apoio do Congresso e tentará antecipar medidas previstas para 2024 ainda este ano, objetivando assegurar um período maior de seus reflexos na economia. Um dos objetivos principais é o de deter a queda na arrecadação que vem atingindo percentuais baixos, mas decisivo no equilíbrio visado. O déficit zero é importante para que se verifique uma nova queda de juros da Selic.

Massacre em Gaza significa uma derrota colossal de toda a humanidade

Armazéns saqueados: a dramática situação da ajuda humanitária

Pedro do Coutto

A situação no território de Gaza, como demonstraram as reportagens do Fantástico, na noite de domingo, e do O Globo nesta segunda-feira, atingiu uma situação absolutamente dramática com o início dos saques pela população civil dos estoques de comida e água enviados pela ONU.

Agora, os estoques baixaram e a desordem geral se estabeleceu numa área que é ocupada pelo Hamas, bombardeada por Israel, sem energia elétrica, sem água, sem perspectiva de uma saída imediata, capaz de preservar a integridade humana.

REUNIÃO –  A confusão que se estabeleceu parece não ter solução. Neste momento em que escrevo, o Conselho de Segurança da ONU começa a se reunir. Mas a perspectiva de término do confronto não parece estar próxima. Não houve negociação sobre a questão dos reféns de Israel em poder do Hamas. As consequências atingem todos que têm a consciência voltada para a sobrevivência do ser humano.

A situação de Gaza transparece que uma catástrofe geral pode acontecer. Afinal, são dois milhões de pessoas que estão no alvo de vários tipos de violência. A fome e a sede estão gerando resultados na desordem que ameaça se generalizar.  A capacidade humana de suportar situações desse tipo se esgota. Pessoas disseram em reportagens que diante da violência, esperam até a morte.

O governo americano está procurando agir agora de forma a conter os bombardeios de Israel. Mas as investidas do presidente Joe Biden nesse sentido têm sido em vão. O desespero e a alucinação tomam conta do território. A vida humana perde seguidamente qualquer valor. A esperança de viver começa a sair do pensamento da população do território.

ENERGIA – Reportagem de Alexa Salomão, Folha de S. Paulo desta segunda-feira, destaca que, com o pagamento da parcela restante da dívida da construção de Itaipu, no valor de US$ 64 bilhões, o governo brasileiro, pela legislação relativa ao funcionamento da usina, a segunda maior do mundo, pode reduzir o percentual relativo aos pagamentos que foram repassados nas contas de energia elétrica, incluindo, portanto, as residências.

A energia gerada por Itaipu, de acordo com Cláudio Sales, presidente do Instituto Acende Brasil, pode levar a que as contratações, sobretudo após a privatização da Eletrobras, possam ser feitas através de leilões envolvendo todas as distribuidoras e, em consequência, para os seus consumidores livres. O argumento para desonerar o percentual cobrado nas contas terá que ser estabelecido pelo Ministério de Minas e Energia. Vejamos o que acontece.

DÉFICIT – Na edição desta segunda-feira, Alice Cravo e Vitória Abel, O Globo, publicaram matéria sobre esforços que o governo está desenvolvendo, principalmente na área da Fazenda, para reduzir os efeitos da afirmação do presidente Lula de que no exercício de 2024 seria difícil zerar o déficit fiscal.

A declaração foi negativa para o governo, sobretudo ao que se refere à queda dos juros. Pois, para cobrir o déficit orçamentário, o governo depende da colocação de títulos públicos no mercado financeiro à base da taxa Selic. Há uma perspectiva de recuo de meio por cento, mas a declaração não somou para esse fato.

Lula está se desgastando ao perder sucessivos confrontos para o Centrão

Charge do Zé Dassilva (nsctotal.com.br)

Pedro do Coutto

Ao demitir Rita Serrano e entregar a Presidência da Caixa Econômica Federal a um indicado pelo deputado Arthur Lira, comandante efetivo do Centrão, o presidente Lula da Silva, na realidade, perdeu mais um confronto com os responsáveis pela pressão política que, em nome da maioria parlamentar e da governabilidade, vão ocupando seguidamente postos de importância fundamentais para o governo.

Assim foi no Ministério dos Esportes, com a demissão da Ana Moser, assim foi agora com Rita Serrano, cuja atuação vinha sendo elogiada, assim foi com Silvio Costa que assumiu a pasta de Portos e Aeroportos. Em nenhum dos casos foi levado em conta a competência e a afinidade com o posto, mas apenas a indicação partidária. Com isso, Lula perdeu pontos com a opinião pública, como assinalaram ontem, no O Globo, Míriam Leitão e Bernardo Mello Franco.

NEM AÍ – O ministro dos Esportes, André Fufuca, não apareceu em nenhum evento esportivo, e nem se congratulou com Rebeca Andrade pelo desempenho dos Jogos Pan-Americanos de Santiago do Chile. Para ele, parece que os resultados esportivos não têm importância, mas sim as verbas financeiras que envolvem a estrutura do ministério ocupado.

Lula não percebeu ainda que perde substância ao ceder absurdamente ao Centrão, bastando que exigências sejam feitas em troca de votos. No fundo, é uma chantagem política, da qual o presidente participa, uma vez que não mostrou reação em nome da ética e da produtividade. É possível que algum dos nomeados possa apresentar resultados positivos. Mas até agora isso não foi visto.

É incessante a investida do Centrão e de Arthur Lira em busca de cargos na administração federal. Atender às pressões de forma parcelada parece o melhor caminho para o presidente. Mas a prática não confirma essa certeza, pois a cada atendimento se sucede uma nova pressão.

DÍVIDA – Reportagem de Alexa Salomão, Folha de S. Paulo de ontem, destaca que o Brasil pagou este ano US$ 63,3 bilhões da dívida total pela construção da Usina de Itaipu, segunda maior do mundo. O contrato com o Paraguai pelo aproveitamento das águas do rio Paraná representa, em consequência, um aumento percentual nas contas de energia elétrica pagas mensalmente pelos brasileiros. E o Paraguai lucra na medida em que recebe uma energia sem maiores custos.

Um amplo estudo do Instituto Acende Brasil, presidido por Cláudio Sales, focaliza o assunto, e é focalizado na Folha de S. Paulo, esclarecendo o tema e o custo do Brasil. O contrato com o Paraguai está para ser renovado. Vejamos em que base será feito.

Ter 65 anos ontem era uma coisa; hoje é muito diferente e dá para encarar…

Hoje, a chamada terceira idade continua ativa e produzindo

Pedro do Coutto

O IBGE divulgou na última sexta-feira o resultado do censo que realizou, chegando à conclusão de que se verificou na última década o envelhecimento da população brasileira, acompanhado de um número menor de nascimentos. Reportagem de O Globo, de Cássia Almeida, Ana Flávia Pilar e Pamela Dias, focaliza amplamente o tema e o trabalho do Instituto.

A matéria revela que 11% da população têm acima de 65 anos, demonstrando, no entender do IBGE, um processo de envelhecimento. Mas acredito que o que ocorre com pessoas com mais de 65 anos não é o envelhecer, mas a manutenção de um período de vida praticamente idêntico ao dos homens e mulheres com idade entre 40 a 50 anos, por exmeplo. Os hábitos mudaram, as atividades físicas também, os atendimentos médicos para as classes mais altas modernizaram-se, resultando em reflexos diferentes do que o de anos anteriores.

OUTROS TEMPOS – Antigamente, na década de 30, por exemplo, uma pessoa com 40 era considerada idosa. Hoje, uma pessoa com esta idade é vista até em campeonatos de futebol. O que há na queda do índice de nascimentos é que as famílias reduziram o número de filhos, até mesmo pelo avanço das técnicas anticoncepcionais. São fenômenos naturais.

Um número de pessoas com mais de 80 anos, cerca de 4,6 milhões, segundo o IBGE, significa cerca de 2% da população brasileira. É claro que a longevidade é maior nas regiões Sul e Sudeste. A explicação é simples, é onde existe um sistema de saneamento compatível com as necessidades populacionais, com exceção das faixas de pobreza.

REJUVENESCIMENTO – O que deve ser destacado é o rejuvenescimento da população acima de 65 anos. Não há motivos de preocupação, até porque a atividade econômica passou a ser acrescida por pessoas que mesmo aposentadas, continuam em atividade no mercado de trabalho, produzindo e consumindo.O fato deve ser representado como avanço social.

Quanto mais a vida útil estiver se alongando, melhor para todos os seres humanos. O problema que existe no Brasil é o da redistribuição de renda, que depende do mercado de emprego, que apresenta reações, e também do sistema salarial para que os vencimentos do trabalho parem de perder a corrida para a inflação.

PERSPECTIVAS – Reportagem de Vera Rosa e Wesley Galzo, O Estado de S. Paulo, e de Marianna Holanda, Matheus Vargas e Renato Machado, Folha de S. Paulo, focalizam o comentário  do presidente Lula da Silva, no café da manhã de seu aniversário, na sexta-feira, admitindo que será difícil cumprir a meta do déficit zero em 2024, como vem sendo defendido pelo ministro Fernando Haddad.

Ao fazer a afirmação, evidentemente, o presidente da República contribuiu para manter alto o nível dos juros, inclusive da Selic. Quando se verifica déficit, o governo tem que colocar no mercado papéis para cobri-lo. Foi uma falha política a afirmação feita por Lula da Silva. Certamente, ele tentará consertar a falta cometida. A aceitação dependerá de como o mercado reagirá a partir de amanhã, segunda-feira.

TRÉGUA –  O Plenário da ONU, por ampla maioria de votos, mais de 120 países, formularam a proposta de uma trégua humanitária no teatro da guerra em Gaza, capaz de fazer pelo menos cessar as mortes de milhares de pessoas a cada 24 horas. Mas está difícil. Reportagem de O Globo, revelou que Israel ampliou a ofensiva por terra no território de Gaza, que além de não receber água, alimentos e energia elétrica, está agora sem comunicação porque a internet foi bloqueada.

É dramático sentir que a cada dia pessoas perdem a vida e milhares de outras sofrem mutilações. É uma tragédia deflagrada pelo Hamas em 7 de outubro e que agora se prolonga com a reação israelenese. O Plenário da ONU marcou a sua posição humanista. Vamos torcer para que a guerra seja cessada.