
No hospital, jornalistas aguardam o primeiro boletim médico
Mariah Aquino e Madu Toledo
Metrópoles
Após mais de 11 horas de duração, terminou na noite deste domingo a mais longa cirurgia do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O procedimento médico começou às 10h, no Hospital DF Star, e teve como objetivo liberar aderências intestinais e reconstruir a parede abdominal.
Pelas redes sociais, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro anunciou o término do procedimento. “Cirurgia concluída com sucesso! A Deus, toda honra e toda glória! Estou indo agora para a sala de extubação, onde poderei vê-lo.”
OBSTRUÇÃO INTESTINAL – Bolsonaro está internado em Brasília desde a noite desse sábado (12/4), depois de ser transferido de Natal (RN), onde precisou ser hospitalizado às pressas na sexta-feira (11/4), para tratar um quadro de subobstrução intestinal. A previsão é que ele siga internado durante vários dias até haver a completa recuperação.
No Hospital Star DF, dezenas de repórteres continuam aguardando a divulgação do primeiro boletim médico após a cirurgia de alto risco.
O médico pessoal do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Cláudio Birolini, chegou a afirmar que, apesar de não ter acompanhado presencialmente as outras ocasiões, o quadro enfrentado pelo ex-mandatário nessa sexta-feira foi o pior desde o ataque a faca sofrido durante a campanha presidencial de 2018.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – A equipe médica está de parabéns. Para operar Jair Bolonaro é preciso não somente ser um cirurgião de referência mundial, como também ter grande preparo físico. Mais de 11 horas em pé numa sala de operação, com anestesia geral, não é para qualquer equipe médica. O quadro médico de Bolsonaro é sempre grave, porque ele é um paciente impaciente, que não se preocupa em se resguardar e viver dentro dos limites que seus médicos recomendam.
O paciente deste tipo de doença tem de evitar sobrecarregar o abdômen, nada de exercícios ou procedimentos que forcem a região, como andar a cavalo, de moto ou jet-ski, assim como Bolsonaro jamais poderia permitir que multidões o carreguem nos ombros, como ocorreu semana passada, antes de ter a crise de obstrução intestinal, que demorou dois dias até se detectada. E deve manter uma alimentação leve e moderada, nada de pastel com caldo de cana, como costuma fazer.
Quando o trem de pouso toca a pista, até aquele quicada do avião na aterrissagem pode lhe fazer mal. E toda cirurgia é de alto risco, devido à longa duração e ao uso de anestesia geral, mas ele não está nem aí. Com essa infantil falta de cuidados, é claro que Bolsonaro não vai longe. Se tivesse juízo, deveria abandonar a política e aproveitar o resto de vida que ainda tem, porque nenhum médico pode garantir que ele resistirá a uma sétima cirurgia. (C.N.)