
Putin e Netanyahu aumentam ataques em busca de territórios
Wálter Maierovitch
do UOL
Não precisa ser observador atento das guerras em Gaza e na Ucrânia para perceber, sem nenhuma dificuldade, que Benjamin Netanyahu, premiê israelense, e Vladimir Putin, presidente russo, fazem o mesmo jogo sujo para ilegais conquistas territoriais, não se importando com as mortes de civis inocentes, desamparados e não armados.
Netanyahu senta em cima da proposta de cessar fogo, com devolução de reféns israelenses vivos e corpos de mortos, sugerida conjuntamente pelo Egito e Catar, com acompanhamento norte-americano.
MAIS MORTES – Pelo seu lado, o presidente Putin, depois das encenações montadas pelo presidente Donald Trump, ocorridas no Alasca e na Casa Branca com líderes europeus e o presidente ucraniano, continua a falar de paz e aguardar novos encontros.
Os dois, Netanyahu e Putin, ambos com prisões decretadas pelo Tribunal Penal Internacional, aproveitam as tentativas de paz, — que desviam atenções e animam os ingênuos, para aumentar os bombardeamentos e conquistarem territórios.
Em resumo, aproveitam o deslocamento do foco geopolítico, com esforço de pacificação, para intensificar ataques e, com isto, geram mais mortes.
OPORTUNISMO CÍNICO – Os discursos do premiê israelense e do presidente russo são igualmente cínicos. Querem a paz, dizem nos discursos. Na realidade, promovem mortal guerra de conquista.
O israelense iniciou ataques na chamada Gaza-city, com derrubada de edificações de todos os tipos, a obrigar os 1,2 milhão de habitantes a se deslocarem para o sul ou em direção ao litoral, onde palestinos, anteriormente e em fuga de bombardeios, vivem em tendas.
O ministro das Finanças e líder messiânico, Bezalel Smotrich, quer a imediata retomada, na faixa geográfica de Gaza, das áreas ocupadas por invasores israelenses. Estes, em 2005, tiveram de deixar os ilegais assentamentos, por determinação do então ministro Ariel Sharon.
MAIS BOMBAS – Netanyahu, quando o fragilizado Hamas concordou com o cessar-fogo e o plano de paz esboçado por Egito e Catar, com acompanhamento dos EUA, intensificou os bombardeios na cidade de Gaza. E o discurso de Netanyahu é o de voltar a controlar inteiramente a faixa geográfica de Gaza, enquanto um novo plano, com a participação do ex-ministro britânico Tony Blair, começa a ser reescrito.
Segundo os informes de inteligência, os reféns estariam escondidos na cidade de Gaza. E a cada edifício que rui e desaba, pelas bombas jogadas por Israel, pode ter abrigado um refém. Ou seja, há risco de o bombardeamentos israelenses matarem os reféns feitos pelo Hamas.
Para tentar silenciar as vozes de protesto dos parentes dos cerca dos reféns, cerca de 20 dados são imaginados vivos, Netanyahu, desde sábado 30, exibe um inédito filmete sobre o ataque terrorista de 7 de outubro, promovido pelo Hamas.
DISCURSO ENGANOSO – Com isso, Netanyahu engrossa o seu discurso de necessidade de aniquilar com o Hamas. Aliás, discurso enganoso, pois vivem fora de Gaza os que substituíram os aniquilados e antigos líderes políticos do Hamas.
Já Putin aproveitou para bombardear ao máximo Kiev enquanto Trump esperava o fim do prazo de duas semanas que lhe deu. Nos últimos dias drones explosivos (fabricação iraniana e adaptações russas) e mísseis deixaram mais de 20 mortos e 70 feridos em Kiev.
Na segunda-feira, 1 de setembro, terminou o prazo de duas semanas, dado pelo trapalhão Trump, para Putin e Zelensky sentarem-se para, juntos, discutirem um plano de paz. Só um diletante poderia acreditar que Putin aceitaria o ultimato de duas semanas.





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Paulo Peres 