
Jabonero ficou íntimo da sua “coordenadora” no Brasil
Carlos Newton
Desde a libertação de Lula da Silva em 2019, quando apresentou publicamente a namorada Rosângela da Silva, a Janja, os operadores do esquema de corrupção da ONG Organização dos Países Ibero-Americanos se interessaram em se aproximar dela, para facilitar o fechamento de contratos lesivos com o governo federal.
Não foi difícil estabelecer esse relacionamento, ainda em 2022, durante a chamada transição, porque os espanhóis da OEI recorreram ao influente petista Leonardo Barchini, servidor de carreira do Ministério da Educação, que eles conheciam desde contrato anterior com o MEC, celebrado no governo Michel Temer.
SOB NOVA DIREÇÃO – Na transição, Barchini foi confirmado como secretário-executivo adjunto do MEC, o número 3 na hierarquia do ministério, mas nem chegou a esquentar a cadeira, como se dizia antigamente. Em janeiro de 2023, poucos dias após tomar posse, ele pediu licença ao MEC para assumir como diretor da ONG Organização dos Países Ibero-Americanos.
Com a maior facilidade, o novo diretor petista da OEI trabalhou para se aproximar simultaneamente da primeira-dama Janja Lula da Silva e da ministra da Cultura, Margareth Menezes, que são amigas. Daí para a frente, tudo ficou mais fácil.
Em abril de 2023, ainda no início da gestão do marido, a primeira-dama aceitou em Madri um convite da OEI e se tornou “coordenadora” da ONG no Brasil, conforme ela mesma anunciou nas redes sociais.
APOIO DE JANJA – O secretário-geral da ONG, Mariano Jabonero, praticamente abandonou Madri e passou a viver em Brasília, onde era solenemente recebido pelas autoridades da República, devido ao apoio ostensivo de Janja da Silva.
Ao mesmo tempo, Leonardo Barchini ia espalhando propostas pelos ministérios e órgãos federais, para a assinatura de milionários contratos de “contribuições voluntárias”, sem licitação ou fiscalização, que a OEI assinava, a pretexto de haver “cooperação entre as partes visando a preparação, organização e realização”, de eventos culturais, científicos, administrativos etc.
Em tradução simultânea, a ONU ganha milhões, milhões e mais milhões se oferecendo para ajudar o governo a fazer justamente aquilo que é obrigação estrita dele.
RECONSTRUINDO O BRASIL – Na sua ingenuidade grotesca, sempre se intrometendo em assuntos de governo e influindo diretamente neles, a primeira-dama Janja Lula da Silva adorava (e adora) divulgar suas supostas realizações.
Assim, em 1º de novembro de 2023, recebeu no Planalto o diretor do OEI Leonardo Barchini, para conversar sobre o planejamento da Rede de Inclusão e Combate à Desigualdade no país.
“Debatemos ideias para trabalhar transversalmente as questões de gênero e conexões com as iniciativas que já venho desenvolvendo”, disse a primeira-dama em seu perfil no X (ex-Twitter). E completou: “Assim como este, os próximos anos serão de muito trabalho pela reconstrução do Brasil”.
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P.S. – Reconstrução ou destruição do Brasil? Como já está mais do que provado, Janja da Silva não sabe ser primeira-dama e leva o governo a cometer erros gravíssimos. Quando começou a namorar com ela na prisão de Curitiba, sob os auspícios do compreensivo carcereiro da Polícia Federal, certamente Lula da Silva jamais poderia imaginar os problemas que sua nova companheira causaria a ele e ao país. Para os interesses da nação, teria sido melhor se Lula continuasse com a segunda-dama Rosemary Noronha, que também gostava de viajar ao exterior, porém era mais discreta e dava menos prejuízos ao Brasil com o cartão corporativo. (C.N.)