Radicalização de Tarcísio no 7 de Setembro pode abrir espaço para Ratinho Jr. em 2026

Ataques de Tarcísio divide centro-direita

Bruno Ribeiro, Julia Chaib,
Marianna Holanda
Folha

Ao atacar o STF (Supremo Tribunal Federal) e defender a anistia a Jair Bolsonaro (PL) no último domingo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) dividiu aliados da centro-direita. Parte deles viu na radicalização uma abertura para outros nomes na disputa contra Lula (PT) em 2026, como o governador do Paraná, Ratinho Jr. (PSD).

O desconforto ficou claro nas tentativas de aliados de minimizar as falas contra Alexandre de Moraes e o Supremo, além de lembrar o histórico de moderação de Tarcísio no diálogo com diferentes atores políticos, refutando a ideia de que a radicalização marcaria uma mudança definitiva.

FORA DO TOM – Um grupo de aliados afirma que o discurso passou do tom, sobretudo porque foi o ápice de uma escalada que começou mais de uma semana antes, quando Tarcísio afirmou, em entrevista ao Diário do Grande ABC, que já não podia dizer que confiava na Justiça e que passaria a trabalhar pela anistia no Congresso Nacional.

Para essa ala, ao radicalizar no bolsonarismo, o governador abriu espaço para que outros políticos da centro-direita, críticos às políticas petistas mas defensores das instituições, ampliem seu eleitorado. À Folha, o nome de Ratinho Jr. foi citado por aliados paulistas como possível beneficiário do gesto de Tarcísio.

No Paraná, embora a candidatura do governador ainda encontre resistências —pelo baixo conhecimento fora do estado e pelo fato de seu padrinho partidário, Gilberto Kassab, ser secretário de Tarcísio—, interlocutores disseram ver oportunidade de crescimento.

CRÍTICA – Um auxiliar de Ratinho comparou o dia ao anúncio do tarifaço de Donald Trump contra produtos brasileiros. Na ocasião, Tarcísio foi criticado por se alinhar a Bolsonaro em vez de defender a indústria nacional, enquanto Ratinho ganhou atenção de empresários de outros estados. Aliados de Tarcísio afirmaram que, ao menos por ora, ele não deve procurar ministros do STF para apaziguar o cenário criado pelo discurso de domingo.

Um integrante do grupo disse que expressões como “tirania” não são comuns em seu vocabulário, mas que não houve erro: o discurso foi escrito com antecedência e teve pouco improviso. Nos bastidores, a avaliação é que o governador se viu obrigado a acenar a Bolsonaro e seus filhos no momento decisivo do julgamento que pode levá-lo à prisão, para consolidar o apoio do ex-presidente à sua candidatura presidencial.

Embora tenha suporte da maioria dos dirigentes partidários da centro-direita, o governador ainda não recebeu aval público de Bolsonaro para a eleição e é atacado constantemente pelos filhos do ex-presidente, em especial Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que já declarou interesse em concorrer à Presidência.

DEFESA – “São atitudes que a Justiça vem tomando, principalmente as mais altas cortes, que trazem esse sentimento de boa parte da população, e que foi a expressão do Tarcísio ontem”, disse o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), em evento em Washington, nos Estados Unidos, ao defender as falas do governador.

“Mas vocês podem ter certeza: pelo que conheço do Tarcísio, de muitos anos de convívio na capital, ele sempre foi ponderado. Atuou em governos, foi ministro, e na hora certa vai dialogar com todas as instituições”, complementou. Um auxiliar do governador, sob reserva, ressaltou que não há sinais de que a polarização entre petistas e bolsonaristas vá arrefecer após a condenação de Bolsonaro e que, depois da bênção do ex-presidente, Tarcísio poderia retomar um discurso moderado.

Empresários ouvidos pela reportagem compartilham a visão de que, sem o apoio de Bolsonaro, Tarcísio não uniria a direita —fator decisivo para ser competitivo em 2026. Para um interlocutor do mercado financeiro, as declarações foram o preço a pagar para garantir o endosso do ex-presidente e de seus eleitores mais radicais.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOGRatinho Jr. não tem chance em 2026. Ele está se lançando antecipadamente apenas para começar a ganhar maior visibilidade nacional, que Tarcísio de Freitas já ostenta. Ainda não é a hora do Jr., que se elege senador com a maior facilidade, nem precisa fazer campanha. (C.N.)

STF forma maioria para condenar Bolsonaro como líder de organização criminosa

Moraes permite saída de Bolsonaro para atendimento médico no domingo

De acordo com a decisão, carros usados deverão ser vistoriados

Ana Pompeu
Cézar Feitoza
José Marques
Folha

O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), autorizou Jair Bolsonaro (PL) a deixar a prisão domiciliar para fazer um procedimento médico no próximo domingo (14). De acordo com a decisão, o ex-presidente deverá ser escoltado até o hospital DF Star, em Brasília, e deverá apresentar à corte, em até 48 horas, após a finalização do procedimento, o atestado de comparecimento, com a data e os horários dos atendimentos.

“Ressalte-se o caráter provisório da presente decisão, que não dispensa o requerente do cumprimento das demais medidas cautelares a ele impostas”, disse. Da mesma forma, o ministro afirmou que, conforme decidido em 30 de agosto, os carros usados por Bolsonaro deverão passar por vistorias antes de saírem da casa do réu.

PREVISÃO DE ALTA – O pedido foi apresentado pela defesa de Bolsonaro na última segunda (8). A petição afirma que a previsão é de alta no mesmo dia da entrada na unidade de saúde. O relatório médico incluído no processo sinaliza que Bolsonaro precisa remover lesões na pele. Não há necessidade de internação.

O documento apresentado pelos médicos de Bolsonaro descreve dois CIDs (códigos internacionais de doença) ligados à situação de saúde do ex-presidente. O primeiro é o CID-10 D22.5, que se refere a lesões pigmentadas na pele, como pintas; o segundo é o CID-10 D48.5, lesão na pele sem natureza definida. 

Moraes nega visitas contínuas da cúpula do PL a Bolsonaro em prisão domiciliar

Luiz Fux ganha 15 minutos de fama e consegue alegrar o irascível Trump

Fux cita inompetência do STF para julgar ação contra Bolsonaro | Agência  Brasil

Ministros se constrangeram com o tom ríspido de Fux

Vicente Limongi Netto

Voto solitário do vaidoso ministro Luiz Fux será trucidado no plenário da Suprema Corte no momento oportuno.  Apenas os ministros André Mendonça e Nunes Marques, notórios bolsonaristas,  estarão perfilados com ele. Sejamos práticos. Não precisa muita ginástica mental para saber que os outros 8 ministros seguirão o voto do relator, ministro Alexandre de Moraes.

Como já fez o ministro Flávio Dino e fará a ministra Carmen Lúcia. Fux está encantado com o singelo e romântico voto longo e cansativo que proferiu na primeira turma.   Tornou-se o novo ídolo do centrão e dos bolsonaristas. Não sei, e muitos menos estudantes de direito, se este caviloso troféu vale a pena ostentar no peito.

REPERCUSSÃO – Fux mereceu migalhas do Jornal Nacional. Certamente já está pautado por correspondentes estrangeiros de revistas e jornais. Mas, e daí? É a vaidade de Fux contra argumentos irretocáveis, sólidos e irrefutáveis dos autos. David contra Golias.

Fux vai falar em Faculdades. Vai ser página amarela daquela revistinha pornográfica. Vai ganhar títulos de Honoris Causa, ao manter como santos o abominável homem das trevas, Jair Bolsonaro, e os outros 7 réus.

Merecem ser canonizados. O presidente do PL, Valdemar Costa Netto, já está providenciando. Não duvidem que aproveitando os momentos de glória do voto proferido, Fux se torne o novo xodó de Donald Trump.

E NO FUTURO… – Neste caso, quando se aposentar no Supremo Tribunal Federal (STF), e não está longe, poderá tornar-se consultor jurídico da Casa Branca para a América Latina. Ou, quem sabe, embaixador dos Estados Unidos no Brasil.

Será a glória para o jurista eterno defensor dos pobres e oprimidos. Com direito a visto perpétuo para passear na Disney, acompanhado pelos fujões Eduardo Bolsonaro e Paulo Figueiredo.

O espelho da casa de Luiz Fux está mais feliz do que pinto no lixo. Fux não sai de casa sem trocar ideias com ele. Para não perder o hábito, Fux pergunta com os olhos brilhando: “Espelho meu, há alguém mais vaidoso do que eu no judiciário brasileiro?”.

Eduardo Bolsonaro ameaça: ministros que seguirem Moraes podem ser alvo de sanções

PL suspende agenda de Michelle e concentra forças na sobrevivência política de Bolsonaro

Michelle viajaria ao Mato Grosso no próximo sábado

Luísa Marzullo
O Globo

O PL decidiu cancelar um evento que Michelle Bolsonaro faria no próximo sábado, em Sorriso, no Mato Grosso. A atividade estava marcada para o dia seguinte ao encerramento do julgamento de Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF), previsto para sexta-feira, e acabou sendo suspensa para que a ex-primeira-dama permaneça ao lado do marido no momento decisivo.

Em nota, o PL informou que “a decisão foi tomada em razão da atual situação pela qual o seu marido e presidente de honra do Partido Liberal, Jair Bolsonaro, está passando, de modo que a Sra. Michelle Bolsonaro ficará ao seu lado durante o desfecho do julgamento. Dessa forma, ela não poderia estar presente no evento em Sorriso”.

AGENDA – A legenda afirmou que o evento será reagendado e agradeceu a compreensão de apoiadores que já haviam se inscrito. O evento seria parte das ações do PL Mulher, em que a ex-primeira-dama tem viajado pelo país. O cancelamento tem peso simbólico. Michelle vinha assumindo papel cada vez mais ativo nas caravanas do PL.

O encontro em Sorriso seria mais uma oportunidade para consolidar sua imagem como porta-voz do bolsonarismo, que busca renovação. Dentro do partido, a avaliação é que não seria possível sustentar uma agenda de mobilização um dia após o julgamento que pode condenar o ex-presidente.

ALTERAÇÃO – Não é a primeira vez, nesta semana, que a agenda da legenda é alterada. O ato de filiação do ex-governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja, também foi adiado. Marcado para 12 de setembro, o evento acabou transferido para o dia 21, após integrantes da sigla afirmarem que o evento se tornaria o “velório de Bolsonaro”.

O julgamento de Bolsonaro na Primeira Turma do STF foi retomado na manhã desta terça-feira, com o voto do relator, o ministro Alexandre de Moraes. Também estão previstas sessões para os próximos dias. Além do ex-presidente, outros sete são réus na trama do golpe.

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O que é ‘data dump’, citado por Fux neste julgamento de trama golpista

Moraes fala em 'erros e acertos' e destaca colegiado - 11/08/2025 - Poder -  Folha

Voto de Luiz Fux surpreendeu Moraes e abriu nova frente

Raisa Toledo
Estadão

Durante a leitura de seu voto no julgamento da ação penal contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e sete aliados nesta quarta-feira, 10, o ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), criticou a forma como as provas foram apresentadas no processo. Ele usou as expressões em inglês ‘data dump’ e ‘document dump’, que significam, se traduzidas literalmente, “despejo” de dados ou documentos.

Os termos são usados no direito processual para indicar a disponibilização de uma quantidade massiva de informações de forma desestruturada, o que pode dificultar o trabalho jurídico.

DEFESA CERCEADA – Fux afirmou que a conduta compromete o trabalho dos advogados e usou esse argumento para acolher a preliminar da defesa dos réus que alegava violação da garantia da ampla defesa.

“Salta aos olhos a quantidade de material probatório envolvido, até pra mim. Elaborar esse voto foi motivo de extrema dificuldade. Foi exatamente nesse contexto que as defesas alegaram cerceamento de defesa, em razão dessa disponibilidade tardia que apelidei de tsunami de dados, que no direito anglo-saxônico se denomina de ‘document dump’, disse.

Ele acrescentou que o material foi disponibilizado “sem identificação suficiente e antecedência minimamente razoável”.

70 TERABYTES – O material reunido pela acusação ocupa cerca de 70 terabytes, o que equivaleria, segundo ele, “a milhões ou bilhões de páginas”. Para o ministro, isso representa um “abuso do direito de acusar e ausência de justa causa”.

A avaliação de Fux contrasta com a do relator do processo, Alexandre de Moraes, que votou pela rejeição das preliminares apresentadas pela defesa.

Moraes afirmou que todos os documentos e mídias foram disponibilizados às partes e negou uma estratégia deliberada de sobrecarregar os advogados.

SEM TEMPO – Os advogados dos réus argumentam que não tiveram tempo suficiente para analisar todas as provas reunidas pela Polícia Federal no inquérito.

As defesas queriam mais prazo para buscar elementos que eventualmente pudessem enfraquecer a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR).

As provas usadas na denúncia são selecionadas pela acusação dentro de um universo maior de evidências, como a íntegra de conversas extraídas de celulares apreendidos, arquivos recuperados em computadores e cópias de documentos manuscritos.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
Moraes agiu como um déspota neste processo, dificultando ao máximo o trabalho das defesas. Exibiu a minuta do golpe como se fosse parte do plano secreto dos conspiradores, mesmo sabendo que era um documento público, já discutido abertamente pelas autoridades. Ainda bem que Fux acordou na undécima hora, quando os réus já estavam praticamente engaiolados. Afinal, porque não se pode fazer um julgamento justo? (C.N.)

No processo de Bolsonaro, Brasil diz que nem tudo é negociável

A imagem mostra um homem parcialmente visível, com a parte superior do corpo e o rosto aparecendo através de uma grade. Ele está usando uma camisa azul e tem cabelo escuro. O fundo é escuro, e a luz incide sobre seu rosto, destacando suas características. A grade cria um efeito de sombras sobre ele.

A grande dúvida é se Bolsonaro será preso na Papuda

Demétrio Magnoli
Folha

Jair Bolsonaro não é Josef K., por mais que Trump e a ultradireita brasileira tentem exibi-lo como o personagem de Kafka esmagado por um Estado judicial tão perverso quanto inescrutável. O processo de Bolsonaro e da sua quadrilha de conspiradores merece o “P” maiúsculo por outra razão: o adjetivo “histórico”, hoje desmoralizado por uso excessivo, aplica-se legitimamente a ele.

O Brasil que sentencia os golpistas está dizendo que nem tudo é objeto de negociação, enquanto os EUA fugiram ao dever de condenar Trump pela sua tentativa de golpe de Estado.

EROSÃO INSTITUCIONAL – O fruto disso não é o retorno do golpista à Casa Branca, algo que deriva das políticas, essencialmente da obsessão identitária do Partido Democrata, mas a erosão geral das instituições que sustentam a democracia americana.

O Brasil segue caminho diverso, submetendo o ex-presidente e uma malta de altos oficiais militares ao império da lei. Nesse passo, rompe-se a tradição da conciliação por cima, que, ao longo da República, premiou tantos inimigos da ordem democrática.

Nosso Processo é uma obra imperfeita. Num tribunal mais cuidadoso com o decoro legal, juízes não pronunciariam discurso políticos retumbantes que antecipam seus votos.

PROCESSO COM DESLIZES – Um tribunal menos ativista ajustaria seu regimento interno às circunstâncias históricas, julgando os réus no pleno de 11 ministros. Um tribunal mais atento ao futuro constrangeria o relator a se declarar impedido, pois ninguém deve ocupar simultaneamente os lugares de magistrado e vítima potencial.

Nenhum dos deslizes do Processo autoriza a utilização do adjetivo “kafkiano”. Os réus beneficiaram-se de amplo direito à defesa. São múltiplas, incontestáveis, provas de que foram deflagrados atos preparatórios para um golpe destinado a anular o resultado das eleições e abolir o Estado de Direito.

Infelizmente, porém, cada um desses deslizes oferecerá pretextos para operações judiciais e políticas destinadas a anular as sentenças.

NADA APRENDEU – O chefe golpista nada aprendeu, como evidencia sua conspiração com uma potência estrangeira para interromper o Processo. O novo crime, que causa danos econômicos a toda a sociedade brasileira, tende a produzir uma involuntária consequência positiva.

Antes da interferência imperial de Trump, cogitava-se no STF poupar Bolsonaro da prisão em regime fechado, condenando-o a uma mansão com vista para o lago.

Depois da sanção tarifária e da aplicação da Lei Magnitsky, tudo indica que desmoronou o ensaio de subordinar a lei às conveniências dos “homens bons”.

SEM “ACERTOS” – O Brasil nunca teve a coragem de julgar os responsáveis pelas violações de direitos humanos durante a ditadura militar, mas agora escolhe rejeitar a via dos acertos espúrios entre elites. O resultado mais relevante do Processo será ensinar às Forças Armadas que a política é território exclusivo dos cidadãos sem armas.

Os governadores da direita e o centrão ensaiam firmar um intercâmbio com Bolsonaro. O ex-presidente apoiaria a candidatura de Tarcísio de Freitas, em troca de futuro indulto presidencial. O pacto indecente, que expõe a fragilidade do compromisso da direita com a democracia, desvia a conclusão do Processo para a esfera política. 

Na prática, as sentenças judiciais só serão confirmadas após as eleições presidenciais de 2026 – e apenas na hipótese de derrota do governador paulista. 

STF tem maioria para condenar Mauro Cid por tentativa de golpe

Mauro Cid: Bolsonaro Pediu Mudanças na Minuta do Golpe

Cid é um covarde, que chorou ao saber que seria preso

Deu na BBC Brasil

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria para condenar o tenente-coronel e ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Mauro Cid, pelo crime de tentativa de abolição violenta do Estado democrático de direito.

Ele é o primeiro réu do chamado “núcleo crucial” a ter maioria por sua condenação. Por ter firmado uma colaboração premiada, sua pena poderá ser perdoada total ou parcialmente.

TRÊS VOTOS – A maioria foi formada após o voto do ministro Luiz Fux. Ele já havia tido o voto por sua condenação dado pelo relator, Alexandre de Moraes, e pelo ministro Flávio Dino.

“Considerando as premissas, a própria colaboração que gera uma autoincriminação e a fundamentação acima, julgo procedente em parte o pedido de condenação, condenando-o pelo crime de tentativa de abolição do Estado democrático de direito”, disse Fux.

Em outro trecho de seu voto, Fux afirma que as provas colhidas pela acusação demonstram que Mauro Cid tinha conhecimento da trama golpista.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
Mauro Cid é um militar covarde, que chorou e desmaiou quando soube que ia ser preso. Sua delação é cheia de furos e de denúncias que não foram confirmadas. Pertence a uma linhagem de corruptos. Junto com o pai, general Mauro Cid, e com o irmão, Daniel Cid, criou nos EUA a empresa Cid Family Trust, especializada em nebulosos negócios. No governo Bolsonaro, o general foi presidente da Apex (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos), onde a raposa ficou tomando conta do galinheiro, digamos assim (C.N.)

Trump ameaça: sanções e até poder militar para proteger ‘liberdade de expressão

Ninguém cantou a Lua como Cândido das Neves e Vicente Celestino

Vicente Celestino, Catulo & Cândido Das Neves - História Da MPB

Vicente Celestino era o rei do romantismo

Paulo Peres
Poemas & Canções

O carioca Cândido das Neves (1899-1934), apelidado de “Índio”, era compositor, cantor e instrumentista. “Noite Cheia de Estrelas”, gravada em 1932 na RCA Victor, por Vicente Celestino, mostra as as suas características na arte de compor: letras sempre muito extensas, cantavam a natureza duma forma romântica.

NOITE CHEIA DE ESTRELAS
Cândido das Neves

Noite alta, céu risonho
A quietude é quase um sonho
O luar cai sobre a mata
Qual uma chuva de prata
De raríssimo esplendor…
Só tu dormes, não escutas
O teu cantor.
Revelando à lua airosa
A história dolorosa desse amor…

Lua!
Manda a tua luz prateada
Despertar a minha amada!
Quero matar meus desejos!..
Sufocá-la com os meus beijos…

Canto
E a mulher que eu amo tanto
Não me escuta, está dormindo…
Canto e por fim
Nem a lua tem pena de mim,
Pois ao ver que quem te chama sou eu
E entre a neblina se escondeu…

Lá no alto a lua esquiva…
Está no céu tão pensativa,
As estrelas tão serenas
Qual dilúvio de falenas
Andam tontas ao luar,
Todo o astral ficou silente
Para escutar:
O teu nome entre as endeixas
A dolorosas queixas
Ao luar.

Moraes desmonta defesa de general e expõe alinhamento direto com Bolsonaro

Juristas projetam mais de 20 anos de prisão para Bolsonaro no julgamento do golpe

Defesa de Bolsonaro celebra voto de Fux, mas ministros veem contradição e cerco à Corte

Voto de Fux fragiliza STF e dá munição ao discurso de perseguição de Bolsonaro

Voto discordante de Fux apenas adia a condenação de Bolsonaro

Fux critica intervenção de Dino no voto de Moraes durante julgamento no  STF: 'Não foi o que combinamos'; veja vídeo

Fux discordou de Moraes e quer anular o julgamento

Vicente Limongi Netto

O julgamento de Bolsonaro e mais 7 réus, no STF é um exemplo da altiva democracia brasileira para o mundo. A gritaria dos perdedores, oportunistas e demagogos é oceânica.

Todo cidadão pode discordar de resultados de julgamentos no Supremo Tribunal Federal. O que não se pode é discordar usando a violência, a intolerância e a truculência, destruindo dependências dos prédios dos três Poderes. 

RECURSOS BAIXOS – Bolsonaristas usaram e continuarão usando, de todos os recursos baixos e nada republicanos para atacar, ameaçar e insultar os ministros do Supremo. 

Bolsonaristas estavam cantando de galo. Fogosos diante das absurdas declarações infames e ameaçadoras do presidente Donald Trump.  Chegando ao ponto máximo da ignorância impondo ao Brasil taxação de 50% para os produtos brasileiros. 

Nesta linha canalha do topetudo Trump juntaram-se, como ordinários sabujos, o deputado fujão, Eduardo Bolsonaro e o jornalista, também fujão, Paulo Figueiredo.  Ambos se fartaram de jogar praga, agredir, ameaçar e debochar do judiciário. Esmerados patifes em jogar pedras no ministro relator Alexandre de Moraes.

HISTERISMO – Agora, Inês é morta.  O choro é livre. Aumentou o histerismo dos raivosos. Bolsonaristas começaram a arrancar os cabelos. Estavam certos que Moraes recuaria. Caíram do cavalo.

Nessa linha, em diversos textos, aqui na valorosa Tribuna da Internet,   mostrei, salientei, afirmei, cravei, e antevi que não havia nenhuma chance de absolvição de Bolsonaro e mais 7 réus. Fui xingado pela escória de decaídos. Chamado de exagerado, limão azedo, rancoroso, esquerdista e outras sandices.  Mato a cobra e mostro o pau.

No artigo de 19 de julho escrevi: “Moraes não cederá, porque ministro do supremo não erra. Moraes tem consciência, com base nos autos, contra Bolsonaro e o filho fujão, que antes de tudo é preciso salientar para fariseus, que a soberania brasileira é inatacável e precisa ser respeitada”.

INABALÁVEL – Em outro artigo, de 9 de agosto, sublinhei: “Alexandre de Moraes prossegue inabalável a pressões e ameaças, atuando serenamente dentro dos autos”. Já no dia 14 de agosto, fui taxativo:

“Nada nem ninguém alivia a barra de Bolsonaro no STF. Nem mesmo se um raio dos Deuses vier atingir, em cheio,  o prédio da Suprema Corte, com todos os ministros presentes. Isso só adiaria a decisão”.