Maioria absoluta do país quer a nomeação de uma mulher para o Supremo Tribunal

Rosa Weber engrossa pressão para nomeação de mulher ao STF

Pedro do Coutto

Pesquisa do Datafolha divulgada no início da noite de sexta-feira pela GloboNews e comentada na edição deste sábado na Folha de S. Paulo, reportagem de Igor Gielow, revela, analisando-se bem os números que representam, que a grande maioria do país quer a nomeação de uma mulher para a vaga de Rosa Weber no Supremo Tribunal Federal.

Rosa Weber deixa a Corte em outubro porque atingiu a data limite de 75 anos. Não se pode ver apenas os números da pesquisa, mas é preciso ver-se nos números da pesquisa que mostra que 47% quer a nomeação de uma mulher para o STF. Para 51% tanto faz uma mulher ou um homem.

ACEITAÇÃO – Logo, nesses 51% localiza-se também a aceitação de mulheres para a Corte. Somando-se com os que desejam a nomeação feminina, verifica-se que a vontade de ver uma mulher no cargo é muito alta. Na minha opinião, superior a 70%, maioria absoluta no país. O fato é importante como uma afirmação à presença maior da mulher nos cargos de destaque no país, que ainda é pequena.

É uma manifestação relevante para as mulheres, pois demonstra que elas estão lutando por mais espaço em todos os setores. Essa luta encontra respaldo entre a opinião pública masculina que apresenta determinado grau de aceitação, mesmo entre os aparentemente indiferentes.

REIVINDICAÇÃO –  O resultado da pesquisa é bastante expressivo. A reivindicação alcançou o nível internacional. Houve uma manifestação pública em Nova York, com a presença de artistas de forma marcante. Cresce a consciência favorável à ocupação cada vez maior da mulher em cargos públicos relevantes no Brasil.

No caso do STF, reportagem de Géssica Brandino destaca as manifestações dos artistas a favor da nomeação de uma ministra de raça negra para o Supremo, acentuando que há mulheres negras na magistratura e no ramo do Direito de grande capacidade e com competência para ocuparem o cargo. Um levantamento feito pelo Conselho Nacional de Justiça mostra que 15% das vagas são ocupadas por juristas negras. Todas habilitadas para preencher cadeiras no Supremo.

SINDICALIZAÇÃO –  Um levantamento no IBGE – reportagem de Leonardo Vieceli na Folha de S. Paulo, de Daniela Amorim, no Estado de S. Paulo e de Carolina Nalin, O Globo, edições deste sábado – revela que o número de trabalhadores e trabalhadoras sindicalizados no país caiu nos últimos 10 anos. Em 2012, eram 16,1 milhões de pessoas. Em 2022, passaram a ser 14,4 milhões.

O percentual, portanto, é pequeno em relação à mão-obra efetiva brasileira que oscila em cerca de 100 milhões de pessoas. Mas uma explicação deve se encontrar no avanço de trabalhadores sem vínculo empregatício, e que portanto não puderam se sindicalizar, somados a uma parcela de outros que, mesmo tendo vínculo, não se interessaram em se associar a um sindicato.

O trabalho sem vínculo pode gerar um problema muito grande na próxima década, pois muitos trabalhadores e trabalhadoras vão atingir a idade mínima para se aposentar. Muitos não contribuíram para a Previdência Social no período, nem com autônomos, e terão que recorrer ao benefício de prestação continuada.

FILA DE REQUERIMENTOS –  Idiana Tomazelli, Folha de S. Paulo, publicou na edição de ontem ampla matéria sobre a fila de solicitações de aposentadorias, pensões, serviços, perícias médicas e benefícios de prestação continuada que permanece na escala de 1,6 milhão de pessoas. O INSS não conseguiu reduzir esse número, apesar das medidas tomadas pelo ministro Carlos Luppi que estabeleceu horas extraordinárias e gratificação para funcionários que realizarem serviços fora de seu horário normal de trabalho.

O problema é grave por vários aspectos, entre eles a demora de mais de dois anos que não foi diminuída. O outro, a despesa adicional que o INSS terá com os requerimentos. Há também um problema orçamentário do INSS para 2024, pois a equipe econômica pretende comprimir despesas.Mas as despesas previdenciárias não podem ser comprimidas, pois é um direito assegurado dos que passaram a vida inteira comprometidos com os seus pagamentos mensais. O problema, portanto, ainda não foi equacionado devidamente pelo governo Lula da Silva.

12 thoughts on “Maioria absoluta do país quer a nomeação de uma mulher para o Supremo Tribunal

  1. 1) Licença, atualmente temos uma presidente mulher no STF, vamos agora dar a vez ao que for melhor e tiver mais merecimento, independente do gênero e cor… que seja progressista, democrata social…

    2) Lula é hoje um Tetra-presidente (do Brasil, do Brics, do G20, do Mercosul… mais de 50 países já o convidaram…

    3) Eu sei que ele é cria do General Golbery, pelo visto, foi bom aluno, mas ao longo das décadas foi ficando ao lado do povo, de onde veio…

    4) Essa montueira de críticas aqui na TI e em outras grandes mídias como já escrevi, além de inveja, pode ser também olho grande/olho gordo, como dizem os umbandistas…

    5) Não aceitam um autodidata brilhando. Defeitos? ele tem como todos nós temos, boa sorte ele tem demais… se ele tiver carma para emplacar o quarto mandato será reeleito…

    6) Aguardemos…

  2. Pouco ou nada importa a cor, o gênero, a raça, a religião, o time que torce, etc etc. O que realmente importa é como será feita a escolha: da forma atual, entre 100 nomeados, somente 1 ou 2 julgará os processos com a constituição nas mãos e sem levar em conta o poder do julgado.

  3. Pós 64, subversivos e sabotadores premiado com anistias e indenizações, então mercenários liberados e locupletos assumiram novamente seus papéis e inimputáveis e liverados por “infiltradas e enfraquecidas forças”, desmantelam o que poderia dar certo nesse pujante país!
    PS. São uns merdas despatriados por laços de sociedades secretas!

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