Guilherme Seto
Folha
Líder histórico do MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra), João Pedro Stedile adotou tom mais enfático nesta quarta-feira (27) ao apresentar suas críticas à abordagem do governo Lula (PT) à questão da reforma agrária em 2023.
Em entrevista ao programa 20 Minutos, o economista disse que, independentemente das restrições orçamentárias, faltou “coragem” aos ministros, que, segundo ele, em sua maioria desconhecem a luta social e têm medo dela.
CONTRADIÇÕES – Stedile afirmou que o número de famílias assentadas informado por Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário) ao Painel, 7.200, não corresponde à realidade. Segundo o ministro, o número de famílias assentadas foi o maior em oito anos.
Stedile afirma que 2023 foi o pior ano em termos de famílias assentadas em quase 40 anos de MST pois, segundo ele, não foram feitas desapropriações de terras. “Não houve qualquer fato concreto que afetasse o latifúndio. As famílias foram assentadas em áreas que já estavam ocupadas e foram somente legalizadas”, afirma Stedile.
O líder do MST disse que Lula se comprometeu a priorizar as 80 mil famílias acampadas, mas que nenhuma delas foi incluída nos assentamentos promovidos em 2023.
FALTOU CORAGEM – Stedile ponderou que o governo herdou cenário crítico da gestão Jair Bolsonaro (PL), com a necessidade de recriar o Ministério do Desenvolvimento Agrária e um orçamento enxuto para o Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), mas que também faltou coragem.
Ele citou como exemplo o Pronera (Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária), voltado à formação universitária dos camponeses, que ficou 10 meses sem coordenadora e não recebeu recursos neste ano.
Ele cobrou o presidente do Incra, Cesar Aldrighi, e o ministro Teixeira para que protestassem no Ministério da Educação por mais recursos para o programa. “Se o MST for ocupar o MEC, aí vão dizer que é fogo amigo”, disse.
MUITO MEDROSOS – Ele ainda afirmou, em referência aos ministros de Lula, que nunca viu “gente com tanto medo da luta social”. “De onde surgiu o Lula? Não foi da luta social? Da greve dos metalúrgicos? E o PT?”, acrescentou.
“Qualquer ocupaçãozinha e o ministério já entra em ebulição, parece bomba atômica. Percebo que, infelizmente, a maioria dos ministros tem medo da luta social, pois não vieram dela. Por isso se assustam”, avaliou Stedile.
“Para o próximo ano, espero mudanças. Não só em programas que reestruturem e melhorem a vida do povo, mas sobretudo no comportamento dos ministros, que precisam ter coragem e não ter medo da luta social. A luta social é que faz as mudanças em qualquer país do mundo”, concluiu.
Medo dela?
Náo tem mais permissão para o abortado “empreendimento”, dado outros projetos de interesse internacionais!
Bom dia senhor Schossland.
Concordo plenamente com o “abortado” projeto da Reforma Agrária; até porque, se vier o $$$$ internacional e aplicado bem nas “Fábricas de Florestas Auto Sustentáveis”, vai faltar mão de obra para tanto trabalho e aí, ‘mataremos dois coelhos com uma só cajadada’. Num primeiro momento o assentamento dos “agricultores sem terra” nas áreas degradadas para a ‘fabricação’ de florestas auto sustentáveis.
Segundo, que cuidou da ‘fabricação’ da floresta, fica por ali mesmo, colhendo a borracha das seringueiras, as castanhas, o café, o cacau, a pimenta do reino e por aí vai.
Conclusão: Reflorestamos, assentamos os sem terra que viverão em suas florestas auto sustentáveis e o reconhecimento internacional de que o $$$$ empregado foi REALMENTE bem utilizado.
Pergunta: O que escrevi é utópico????!!!
Um sonho irrealizável, pois a agenda é outra, veja, em:
https://www.espada.eti.br/n2397.asp
Por qual cargas d’água o Sr. João Pedro Stedile , não promoveu até hoje uma avaliação quantitativa e qualitativa das desapropriações das terras que foram desapropriadas para fins de ” reforma agraria ” , e sua posterior entrega para assentamentos de quem de fato precisa , e apresente ao público de interesse , para dar satisfação e embasar seus reclames por mais desapropriações ?
Stédile tem toda a razão.
Sem a reforma agrária é impossível acabar com a fome e a miséria.
Sr. Newton
Tenho compaixão pelo Planeta Terra.
Infelizmente é pisoteada todos os dias por esse lixo tóxico , ser repugnante , canalha, calhorda, corrupto, terrorpetista, vagabundo..aberração comuna psicopata doente procto retal., e vagabundo de novo..
Mas um dia, a Terra vai ficar livre desse lixo…
Será um alívio….
Aguardemmmmm
Senhor Nélio Jacob , concordo que se deva promover a ” reforma agraria ” , mas deve-se faze-la com critério , e com avaliações periódicas quanto aos seus efeitos e propósitos , pois não basta dar terras e não criar condições de sua exploração comercial ou de moradia .