A imperativa contestação sobre a atuação dos políticos nas redes

Charge do Jônatas (Arquivo do Google)

Marcelo Copelli

Um dos pontos prioritários na pauta do país, atualmente, é o da regulação das plataformas sociais no Congresso Nacional, sobretudo em face das eleições municipais deste ano. A recorrente ameaça da propagação da desinformação sobre a sociedade deve ser contida e evitada de forma ampla e irrestrita. Ao mesmo tempo, é preciso não deixar de lado o papel dos políticos ou aspirantes aos cargos neste cenário, uma vez que a tecnologia, por si só, não se beneficia dos desastres provocados pelas falsas notícias.

Em tradução simultânea, os integrantes da elite política mal intencionada, suas equipes de campanha e gabinetes do ódio representam uma intimidação muito maior nesse cenário, pois são eles que se utilizam de forma torta das ferramentas disponíveis para ludibriar a opinião pública, através da disseminação nas redes sociais.

Os impactos das fake news, com a difusão de mentiras como estratégia de obter vantagens ou lucros políticos, sinalizam um grave alerta para os próximos pleitos. Basta relembrarmos o exemplo ocorrido nos Estados Unidos, em que o Washington Post parou de contar as mentiras de Donald Trump após registrar mais de 30 mil alegações falsas ou enganosas. Em outro caso ilustrativo, no Reino Unido, a organização sem fins lucrativos “Full Fact” relatou que “cerca de 50 deputados – incluindo dois primeiros-ministros e ministros – não conseguiram corrigir alegações não evidenciadas só em 2022, apesar dos repetidos apelos para o fazer”.

O trabalho árduo de agências de checagens e empresas jornalísticas no processo de verificação de fatos é constante e, de uns anos para cá, redobrado, para expurgar falsidades de políticos das redes sociais. Mas trata-se de um trabalho hercúleo, pois a desinformação se alastra de forma rápida e volumosa.

Mas, ratificando, é preciso focar não só nas plataformas, mas em quem faz mal uso das mesmas, a começar dos mentores políticos e suas organizações quase criminosas no tratamento das notícias disseminadas. E aproveitam-se das brechas tecnológicas para suas bandalhas. O WhatsApp, por exemplo, não permite rastrear notícias falsas em razão da criptografia. Mais do que regulamentar a tecnologia, é preciso contestar a atuação dos nossos representantes políticos no meio virtual.

7 thoughts on “A imperativa contestação sobre a atuação dos políticos nas redes

  1. Os permitidos “excessos” devem ser considerados “objetivos” de fundo ditatoriais, conforme”
    Abrólhos!
    Lembrando, que ninguém viu o que ocorreu conforme:
    ” O PNDH-3 — Criação de uma Ditadura Marxista no Brasil?”
    “Este projeto é um excelente exemplo de Dialética Hegeliana e novilíngua. Direitos humanos, nesse projeto, significam qualquer coisa que o governo queira que signifiquem e servem como desculpas para revisar todas as leis, censurar toda a mídia, confiscar a propriedade privada e abolir a liberdade de expressão. Com uma canetada, Lula quer implementar a revolução marxista que até aqui escondeu do povo brasileiro.”
    https://www.espada.eti.br/pndh3.asp Data da publicação: 13/1/2010.

  2. O PT tudo pode. Vê-se um absurdo silêncio da mídia hegemônica sobre o Myndão. Porque? Porque o PT é a banca das oligarquias ex-cleptae e patrimonialistas. Inclusive, pautar o comportamento “fora dos processos” do Judiciária, outra oligarquia, ainda que estatal, que está ao seu serviço. É o caminho, apesar de dizer-se democrático, do Estado Totalitário, totalmente dominado pelo pensamento único, o do “bem”. “Bem”, que se pretende impor à toda Sociedade. Mesmo porque temos golpistas que usam paus, pedras e estilingues e já, metafisicamente extirparam a democracia brasileira.

    Como é esta relação PT/Oligarquias ex-cleptae (como interpreta atualmente o STF) e patrimonialistas: 1) no Mensalão uniu-se ao capital financeiro, representado pelo Banco Rural, para a extração da mais-valia absolutíssima (apropriação de riquezas – no caso, públicas – sem nenhuma contribuição ao processo produtivo); 2) no Petrolão, com as maiores empreiteiras do país, doleiros, políticos de malíssimos caracteres; 3) Myndão: com grande experiência na extração da mais valia absolutíssima, agora tem a eletoral/digital, que não deixaria rastros, estando por trás, ainda que não diretamente e, provavelmente e supostamente, inocentes, grande parte do PIB, em diversos setores, que não aqueles do Mensalão e do Petrolão.

    Assim falou Zaratrustra:

    https://www.google.com/search?client=firefox-b-d&q=fux+corrup%C3%A7%C3%A3o#fpstate=ive&vld=cid:04466c11,vid:VlEndRS2gIA,st:0

    A banca das oligarquias é tão hipócrita, que usou o cadáver da Jéssica para decretar sua CENSURA das redes sociais. como se fora algo fora do circuito Mynd/Choquei?spark et. alli.

    Tenho observado que algumas agências e redes de prevenção de fake news nas redes, só vêm as do “mau”. As do “bem, são invisíveis por eles.

  3. Esse cara deve lembrar que os principais destruidores de reputações são os petistas. Quem não se lembra dos dossiê e o que fizeram com a Rute Cardoso

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