Abin paralela e as práticas de contrainteligência ilícitas

Charge do Fraga (Arquivo do Google)

Marcelo Copelli

A possível transformação da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) em um instrumento político de espionagem contra o Legislativo e o Judiciário, supostamente para o favorecimento de interesses políticos do então presidente Jair Bolsonaro, configura-se como um fato extremamente grave.

As investigações da Polícia Federal indicam a existência de uma estrutura à parte dentro do órgão, dotada dos mais avançados equipamentos de monitoramento eletrônico, contando com a conivência de agentes federais, sob a liderança do então diretor-geral da Abin, delegado Alexandre Ramagem.

OPERAÇÕES – Segundo com as investigações, esse aparato ilegal de monitoramento teria realizado aproximadamente 30 mil operações de vigilância eletrônica, visando cerca de 1.500 pessoas, incluindo ministros do Supremo, parlamentares, jornalistas e líderes políticos. A motivação seria beneficiar a família Bolsonaro e os aliados do ex-mandatário, além de criar narrativas falsas que seriam utilizadas contra políticos e membros da mais alta Corte do país.

Um dos objetivos mais condenáveis era estabelecer ligações infundadas entre os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes, com a facção Primeiro Comando da Capital (PCC), em São Paulo.

Na última quinta-feira, por ordem de Moraes, uma operação de busca e apreensão foi conduzida no gabinete de Ramagem na Câmara e em seu apartamento funcional em Brasília, além de sua residência no Rio de Janeiro. No gabinete, os agentes encontraram, inclusive, um relatório contendo informações levantadas pela Abin sobre a atual investigação da PF.

ILICITUDE – “Os policiais federais destacados, sob a direção de Alexandre Ramagem, utilizaram ferramentas e serviços da Abin para práticas de contrainteligência ilícitas e para interferir em diversas investigações da Polícia Federal”, afirmou o ministro Moraes. Durante a execução de 21 mandados de busca e apreensão, foram recolhidos documentos, celulares, computadores e pen drives, que podem resultar em novas ações judiciais e abrir novas linhas de investigação.

Está também sob análise a utilização do sistema de inteligência First Mile pela Abin no monitoramento de dispositivos móveis, sem a necessidade de interferência e/ou ciência das operadoras de telefonia e sem a devida autorização judicial.

No que diz respeito aos agentes responsáveis pela segurança nacional, as condutas ilegais em questão podem ser interpretadas como atentados à soberania nacional, às instituições democráticas, ao processo eleitoral e aos serviços essenciais. Em um sistema democrático, as práticas nos dias atuais são inadmissíveis e devem ser analisadas de forma criteriosa pelos órgãos competentes quanto ao correto uso das responsabilidades e funções dos servidores à disposição do governo.

8 thoughts on “Abin paralela e as práticas de contrainteligência ilícitas

  1. FAMÍLIA BOLSONARO, OS BÓRGIA EVANGÉLICOS DO BRASIL: DE VOLTA PARA O FUTURO DA IDADE DAS TREVAS DO CRISTIANISMO. O Papa Alexandre VI, ou Rodrigo Bórgia e seus filhos, eram politicamente ambiciosos, nepotistas, corruptos, sanguinários. Eles aterrorizaram a Europa, fazendo correr rios de sangue naquele continente. A família Bolsonaro, por sua vez, reavivou o fanatismo cristão e dividiu o povo brasileiro. A peste cristã veio em caravelas para o Brasil ‘’Novo Mundo’’, sendo que humanidade corre o risco dessa doença maldita, mortal, genocida, o cristianismo, infectar outros planetas em naves espaciais, no futuro. Recomenda-se cautela ao fanatismo religioso evangélico e que esses fanáticos parem um pouco de ler a Bíblia e comecem ler a história real política, escravagista e sanguinária de 2 mil anos do cristianismo! LUÍS CARLOS BALREIRA. PRESIDENTE MUNDIAL DA LEGIÃO CIENTÍFICA BRASILEIRA.

    • Que aparato pensas favoreceu “Ob-não-ama”, que tudo sabia de Dilma & Lula e pelas espantosas roubalheiras apelidou-o de “O Cara”, tendo usado sem qualquer “chiado” o Brasil de bunker e de seu avião autorizado o ataque criminoso à Líbia e ao assim assassinado Cadaf, para lhes roubar toneladas de ouro e reliquias, conforme prática comum entre “PIRATAS INTERNACIONAIS”!

  2. A Paranóia referente a conspiração, ocorreu desde a posse até o final do governo.
    Líderes da oposição e do próprio governo na Câmara e no Senado foram monitorados pela ABIN Paralela.

    O ministro da Casa Civil do governo Bolsonaro, Ciro Nogueira foi monitorado. No início do mandato, Gustavo Bebiano, Secretário Geral da Presidência foi monitorado, o general Santos Cruz, assessor de Bolsonaro também. Os dois foram demitidos, sem dó nem piedade, após o relatório dos arapongas paralelos serem levados ao presidente. A dúvida é, se eram confiáveis esses relatórios. Com certeza, tratava-se de fake.

    Os bisbilhoteiros costumam trazer para o soberano, aquilo que interessa a eles.

    A República, de 2919 até 2022 foi um festival de arapongagem, goma dada por um dos filhos e pelo Diretor Geral, Ramagem. O general Heleno, do GSI, a quem a ABIN estava subordinada, deve ser chamado para depor. Impossível, um chefe geral, nada saber dessa bagunça generalizada.

    A dúvida é: Será que Arthur Lira e Rodrigo Pacheco, também foram monitorados pela ABIN Paralela? Provavelmente, o FirstMile, o espião israelense, funcionou para os presidentes da Câmara e o Senado.

  3. Vejam bem, senhoras e senhores da direita, do centro ou da esquerda.
    Se o Golpe de Estado fosse exitoso, pelo menos 30 mil pessoas seriam alcançadas em tempo real, pelo grampo do espião israelense, FirstMile,. Algumas dessas pessoas seriam mortas, outras presas e outras nunca mais seriam encontradas.

    Ditadura nunca mais.

    O presidente Juscelino Kubitschek apoiou o Golpe de 1964. Esperava, que o general Castelo Branco, convocasse eleições em 1965. Ledo engano. O general Castelo, permaneceu no Poder e ainda de lambuja, cassou e exilou Juscelino.
    Quando ele, o ex-presidente foi autorizado a voltar ao país, aqui chegando, no seu semblante, a tristeza e o arrependimento estavam estampadas. Até sua morte, num acidente em Barra Mansa, Juscelino se tornou um homem triste. Com certeza, o SNI ( Serviço Nacional de Informações) era monitorado pelos arapongas do regime militar.
    Nunca soube de um SNI Paralela. Também, a censura não deixava sair nada contra o ancião regime militar.

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