Luís Augusto Evangelista e Ana Isabel Mansur
R7, em Brasília
A CGU (Controladoria-Geral da União) conseguiu recuperar 120 GB (gigabytes) de documentos da chamada Abin (Agência Brasileira de Inteligência) “paralela”. Os dados, que incluem 8 GB de material apagado, foram obtidos em sindicância administrativa da controladoria em agosto do ano passado. A Record apurou que a ação da CGU foi capaz de identificar não só quem abriu e imprimiu os arquivos, mas também o conteúdo das informações.
Na investigação administrativa, as autoridades descobriram que os relatórios produzidos pela “Abin paralela”, além de não conter o logo oficial da agência, tinham como alvo pessoas sem qualquer relação com as atribuições da agência ou dos trabalhos em curso.
CURRÍCULOS – Entre os documentos impressos, a CGU encontrou um resumo do currículo da promotora de Justiça do Rio de Janeiro Simone Sibilio, responsável por investigar a morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.
A CGU vai abrir PADs (processos administrativos disciplinares) para investigar os policiais federais da “Abin paralela” que agiam durante a gestão do agora deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) à frente da agência de inteligência, no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Esses agentes da PF foram afastados por determinação do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes na quinta-feira (25), dia em que uma operação da PF fez buscas em endereços ligados a Ramagem.
OUTRAS PROVAS – Ainda no ano passado, durante a sindicância, a CGU encontrou provas de outros crimes, que ultrapassavam suas responsabilidades, e encaminhou todo o material para a Polícia Federal.
A partir daí, a PF deflagrou as duas fases da operação — na última quinta (25) e em outubro do ano passado. Entre os autores dos materiais produzidos na “Abin paralela”, estão os policiais federais afastados na quinta (25).
A Record e o R7 também apuraram que a atual cúpula da Abin tentou dificultar o trabalho dos agentes federais durante a operação de quinta (25) na sede da agência.
VEM COLABORANDO? -Os policiais teriam sido questionados a respeito do alcance dos mandados de busca e apreensão e foram impedidos de acessar todos os documentos necessários. A intrusão teria levado os agentes a entrar em contato com Alexandre de Moraes para um novo despacho.
Em nota ao R7, a Abin afirmou que “há 10 meses a atual gestão vem colaborando com inquéritos da Polícia Federal e do STF sobre eventuais irregularidades cometidas no período de uso de ferramenta de geolocalização, de 2019 a 2021. A Abin é a maior interessada na apuração rigorosa dos fatos e continuará colaborando com as investigações.”
(Reportagem enviada por José Guilhereme Schossland)
À família Bozó será presa? Caso afirmativo vem a segunda pergunta; o país aguentará o racha geral e possível badernaço? Com tanta instabilidade já existente não creio ser esse o momento de prender algum Bolsonaro, pai ou filho(s).
melhor momento eu quis dizer
O Lula e o Cabeça de ovo estão criando um clima de caos eminente pois agem com sangue nos olhos e em clima de revanche.
No geral e não apenas neste caso. Lula voltou “pra se vingar dessa gente” e o carequinha age há tempos acima da lei.
Parece que há um “toc toc toc” (federal batendo na porta) na página oficial do governo. Se for verdade é MUITA provocação. O PT até pode postar isso mas página oficial do governo NÃO DEVERIA.
Enquanto isso o cangaçeiro e demais chantagistas / congressistas vão arrombando o cofre sem cerimônia.
Só uma pergunta ao Dr. Newton:
Qual é a autoridade da CGU investigar a ABIN, num processo do STF??
Tá parecendo com aquela Operação Satiagraha que teve infiltrados e foi considerada ilegal.
Tudo está muito esquisito, Mauri. Estamos conferindo.
Abs.
CN