Barroso culpa Bolsonaro “por levar generais a subirem nos palanques” 

O presidente do STF, Luis Roberto Barroso, disse que "má liderança" do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) colocou "generais no palanque"

“General subir em palanque é a pior coisa”, afirma Barroso

Gabriel de Sousa
Estadão

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, afirmou nesta quarta-feira, 21, que a “má liderança” do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) trouxe generais das Forças Armadas aos palanques políticos. Segundo Barroso, isso seria a “pior coisa que existe para a democracia”.

A afirmação do presidente do STF foi em uma entrevista para a GloboNews nesta quarta-feira, 21. Barroso associou a politização dos quartéis com as provas obtidas pela Operação Tempus Veritatis, que foi deflagrada no último 8 e tornou Bolsonaro e militares de alta patente suspeitos de planejar um golpe de Estado após as eleições de 2022.

 A PIOR COISA – “A pior coisa que existe para a democracia é general em palanque. Acho que houve uma politização indevida a ser lamentada, mas acho que as instituições prevaleceram, conseguimos recuperar a institucionalidade”, disse Barroso.

O presidente do Supremo disse também que a “assombração do golpismo” foi revivida pelo último governo. Segundo o magistrado, o Exército, a Marinha e a Aeronáutica tinham adotado uma postura democrática após a promulgação da Constituição de 1988.

“A verdade é que as Forças Armadas no período pós-1988 haviam tido um comportamento exemplar e recuperado o prestígio que eu acho que a instituição merece”, afirmou o presidente do STF.

TRANSPARÊNCIA – O presidente da Corte também relembrou o período em que comandou o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). entre maio de 2020 e fevereiro de 2022, e convidou as Forças Armadas para uma comissão de transparência sobre as urnas eletrônicas.

De acordo com Barroso, os militares tiveram um “comportamento bastante decepcionante” e foram “manipulados” para levantar dúvidas infundadas sobre a lisura do processo de votação brasileiro.

“Chamei as Forças Armadas, e preciso dizer, lamentando muito, que tiveram um comportamento bastante decepcionante. Chamei para dar transparência, para ajudar na segurança, para prestigiar a instituição e eles acabaram sendo manipulados para levantar desconfianças e suspeitas infundadas”, afirmou Barroso à GloboNews.

MILITARES, FORA – Em setembro do ano passado, o plenário do TSE decidiu retirar, por unanimidade, as Forças Armadas da comissão de transparência sobre as urnas.

O relator da decisão foi o atual presidente da Corte, Alexandre de Moraes, que julgou a participação dos militares como “absolutamente incompatível” com as necessidades da Justiça Eleitoral.

Seis meses depois, os militares estão no centro da investigação da PF sobre tentativa de golpe Entre os alvos da operação do último dia 8, que foi ordenada por Moraes, estão os ex-ministros militares de Bolsonaro Walter Braga Netto (Casa Civil) e Augusto Heleno (GSI) e os ex-comandantes das Forças Armadas Paulo Sérgio Nogueira (Exército) e Almir Garnier Santos (Marinha). A lista de investigados também conta com outros 13 integrantes das Forças, alocados na ativa e na reserva.

GOLPE DE ESTADO – Segundo Moraes, os militares, junto com assessores e ex-ministros de Bolsonaro, estavam planejando a execução de um golpe de Estado em uma organização formada por, pelo menos, seis diferentes tipos de atuação. As tarefas das frentes tinham três objetivos: desacreditar o processo eleitoral, planejar e executar o golpe e abolir o Estado Democrático de Direito, para manter a permanência de seu grupo no poder.

Nesta última sexta-feira, 16, os Clubes Militares do Exército, Marinha e Aeronáutica publicaram uma nota conjunta afirmando que há uma “apreensão” com a “exposição de distintos chefes” das Forças Armadas.

Os militares também disseram que as suspeitas de envolvimento em atos golpes são insustentáveis se forem consideradas as histórias de vida dos oficiais.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
Todo crime é passível de punição, não interessa o passado do criminoso. Neste ponto, militares e civis são rigorosamente iguais. O que fizeram de errado no decorrer da vida pode até servir de agravante, mas o que fizeram de bom não serve como atenuante, porque se parte do princípio de que as pessoas não devem errar. (C.N.)

4 thoughts on “Barroso culpa Bolsonaro “por levar generais a subirem nos palanques” 

  1. A PERFEIÇÃO TALVEZ SEJA AINDA UM TAL “PONTO FORA DE UMA CURVA” AINDA MUITO DISTANTE, MAS A SUA BUSCA, VIA EVOLUÇÃO, AFEIÇOA-SE A UMA BELA E CONVIDATIVA RETA, NATURAL, QUE, AO NOSSO VER, VALE A PENA PERCORRER… Nesse sentido, o grau de consciência em evolução, buscando sempre a nossa melhor versão é tudo de bom, e é isso que pode nos definir como seres humanos, sociedade e Humanidade civilizada. Penso que todos e todas podem frequentar o palanque político, sem efeitos colaterais sociais nocivos, desde que não sejam palanques partidários e muito menos palanques ditatoriais doidivanas, missões essas impossíveis sob a égide do sistema forjado, protagonizado e desfrutado no Brasil, há 134 anos, pelo militarismo e o partidarismo, politiqueiro$, e seus tentáculos velhaco$, que com as suas armações, fake news, golpes, ditaduras e estelionatos eleitorais nos oferecem apenas duas opções: ditadura ou estelionato eleitoral, ou ambas no mesmo combo, operados à moda revanchismo da comilança, entre os me$mo$, com as suas 1ª, 2ª, 3ª, 4ª, 5ª… via$, arvorados em protagonistas da maldita polarização política nefasta, operado à moda guerra tribal, primitiva, permanente e insana por poder, dinheiro, vantagens e privilégios, sem limite$, à moda todos os bônus para ele$ e o resto que se dane com os ônus, “democracia” essa na qual o povo entra apenas como bucha de canhão dos me$mo$ e não como Patrão, como manda a Constituição em obediência à essência da palavra que diz que Democracia é o poder e governo do povo para o povo, que, por si só, pode e deve ser exercida na sua forma direta, com o Povo, o patrão sendo o responsável direto pelo seu destino, valendo atentar no caso apenas para o ditado caipira segundo o qual é a vigilância do dono que faz a saúde e a engorda que tornam viçosos os porquinhos na vara, valendo observar tb, p. ex., a democracia das corridas sociais tipo São Silvestre, in Sampa, e tb os desfiles das Escolas de Samba do Rio, Sampa e similares, onde não existe conflito sociais nenhum face aos resultados, aceitos por todos, em que pese algumas discordâncias aqui, ali e acolá, como foi o caso, p. ex. da vitória da Viradouro sobre a Porto da Pedra, com a acusação de que os jurados teriam se apaixonado pelo tamanho, diferença e agilidade da cobra da Viradouro, fora do “Ninho das Serpentes”, em detrimento do conjunto da obra da Porto da Pedra que, salvo engano, pediu o advento de um novo Antônio Conselheiro, mais articulado, com projeto próprio, novo e alternativo de política e de nação, lembrando o Sonho de Canudos e o genocídio dos Sonhadores e seguidores de Antônio Conselheiro dizimados, sem dó e sem piedade, pela violência do militarismo brasuca, como retratado em “Grande Sertão Veredas”, pelo inolvidável Euclides da Cunha, que não foi um teórico qualquer mas isto sim alguém que frequentou com maestria o front, propiciando com isso uma narrativa com pleno conhecimento de causa. Daí, a nosso ver, a necessidade do advento de uma nova via política extraordinária, enquanto carro-chefe do conjunto da sociedade, com autoridade moral no mínimo para chamar o conjunto da obra às falas e responsabilidades, sempre que necessário, como proponho com o megaprojeto novo e alternativo de política e de nação, no bojo da Revolução Pacífica do Leão, há cerca de 30 aos na estrada da vida, ainda que tratado a pão, água, cercos, cancelamentos e exclusões, apelidada com o meu próprio sobrenome apenas por questão de responsabilidade e responsabilização, à disposição do poder público, caso este entenda que estamos comendo algum crime ao propor a todos e todas, sem exclusões, o novo caminho para o possível novo Brasil de verdade, confederativo, com Democracia Direta e Meritocracia, a nova política de verdade, com Deus na Causa, porque, a nosso ver, a libertação de uma nação não pode ser considerada uma utopia impraticável, porque evoluir é preciso e, sobretudo, porque, em sã consciência, ninguém aguenta mais o continuísmo da mesmice dos me$mo$.

  2. Lembrete:
    A educação e a politização de um povo ” OSPB ” , se faz necessária e é saldável, no entanto deve-se evitar a partidarização em um determinado nicho da sociedade , como as FFAA-BR ,religiões , ect… , sendo que se as seguintes matérias não tivessem sido interrompidas e tiradas da grade de ensino do país , pelos sucessivos governos pós 1985 , certamente o povo BR , não seria tão alienado , quanto o é hoje .
    ” Organização Social e Política Brasileira – OSPB , e Educação Moral e Cívica – EMC quem se lembra dessas matérias?
    Ao menos essas matérias evitariam que o povo Brasileiro se tornassem , tão alienados quanto o é hoje .

  3. Perguntado ao Borroso sobre as falas asquerosas e nazistas do seu guru sem-noção Lula da Silva, o ministro “Boca-de-Veludo” foi logo tirando o corpo fora, dizendo que isso não cabe a ele, que não é com ele opinar sobre o presidente da República. Mas com Bolsonaro, o ministro-ator (daquele filminho que o Zé Dirceu tem guardadadinho) fala pelos cotovelos durante horas nos dias atuais e mesmo quando Bolsonaro era presidente. Então só pode ser uma tara sexual desse cara. Um tesão enrustido com Bolsonaro. Não é à toa o seu apelidinho…

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