J.R. Guzzo
Gazeta do Povo
A única coisa que a esquerda brasileira viu na manifestação de massa deste dia 25 de fevereiro na Avenida Paulista foi Jair Bolsonaro. Havia, segundo as estimativas da polícia de São Paulo, 750 mil pessoas ocupando a maior parte dos quase três quilômetros na avenida e das ruas em sua volta. Não houve nem um incidente – zero.
Não houve insultos ao STF, nem gritos pedindo “intervenção” dos militares, nem discursos em favor do “golpe”; na verdade, não houve uma única faixa ou cartaz pedindo nada, em cumprimento às instruções dadas previamente pelos organizadores.
Não houve frotas de ônibus pagas com dinheiro público para trazer gente, nem a participação de sindicatos, de entidades cheias de dinheiro, das “elites”, ou de seja lá quem fosse.
VONTADE POPULAR – Foi possivelmente a maior exibição de vontade popular genuína que Brasil teve na sua história recente – e o mais indiscutível atestado da aversão de milhões de brasileiros pelo regime Lula-STF. Mas os que mandam no país só viram uma coisa – Bolsonaro.
Milhões de brasileiros são contra a junta de governo, e tanto faz se Bolsonaro é o nome que atrai no momento a rejeição à Lula, ao PT e ao Supremo.
Não ocorreu a ninguém na Junta de Governo, é claro, que eles não têm a mais remota condição de levar para a rua uma multidão parecida. Também não viram que havia, diante dos seus olhos, muito mais que um comício a favor do ex-presidente, ou um protesto contra o processo criminal armado contra ele.
RECADO DIRETO – O que aconteceu na Paulista foi um atestado público de que uma grande parte da população é capaz de sair à rua por sua livre e espontânea vontade, sem um tostão de incentivo oficial e nenhum esforço de propaganda, para dizer que rejeita o governo que está aí e quem lhe dá sustento.
As pessoas estão dizendo: “Não gostamos do que vocês estão fazendo. Não queremos o Brasil que vocês querem. Entendemos os nossos direitos, e não temos medo de ir para rua para exigir que sejam cumpridos”.
Mas o consórcio Lula-STF acha que é tudo “Bolsonaro”. O povo que foi para a rua não existe; é apenas um bando irrelevante de autômatos, e basta o governo se livrar do ex-presidente de uma vez por todas – já está proibido de disputar eleições, agora o projeto é fechá-lo numa prisão – para tudo se resolver.
JUNTA DE GOVERNO – A manifestação de São Paulo, porém, mostra que nada vai se resolver. Milhões de brasileiros são contra a junta de governo, e tanto faz se Bolsonaro é o nome que atrai no momento a rejeição à Lula, ao PT e ao Supremo.
Se não for ele, haverá imediatamente outro, e a rua continuará enchendo. É simples, no fim das contas: ou fazem uma ditadura de verdade, com tudo o que as ditaduras exigem, ou podem não aguentar o tranco.
Lula acha que Alexandre de Moraes, a dupla Pacheco-Lira e os jornalistas são a solução para todos os seus problemas, Assim, para que ter voto, ou fazer um governo que dê algum resultado, se são eles que mandam na máquina do Estado? Estão cegos para a rua; acham-se capazes de governar sem povo. Mas só há uma maneira de deixarem as coisas assim para sempre: com a força bruta.
Perfeita colocação.
Eu me pergunto, à Zagallo: Como as verde-olivas FA estão degustando e engolindo Lula, o intragável?
Desde que não precisem ir para uma guerra. Fazem qualquer tarefa
A USP usou software de AI que contou 150 mil pessoas, mas acho que isso não vai fazer a menor diferença. Vai acontecer algo diferente depois dessa manifestação? Acho que o máximo que pode acontecer é o mesmo que ocorreu em 2020 quando o Centrão abocanhou a maioria das prefeituras. Bolsonaro deve apoiar os candidatos chave para as prefeituras e isso vai dar força para ele conseguir votos. Valdemar da Costa Neto sabe que eleger o maior número de prefeitos possível e regra para eleger mais deputados e senadores em 2026.
Renato na T.I. todos sempre, com educação e civilidade, podem dar sua opinião. Obrigado C.N. por manter a Tribuna da Internet livre.
Caro Renato, creio que você sabe a resposta a essa pergunta.
Sonhei que o Netanyahu, o Maduro e o Bolsonaro morriam e iam pro inferno. Não sei explicar mas o mundo estava lindo …s, quando acordei, o mundo estava lindo !…
Faz muito bem, o senhor editor CN,dar vasão ao contraditório.
É essência da democracia que tanto pregamos .
Caro Luiz Fernando, o contraditório , já faz um tempo, só se for contra o governo atual.
Gratíssimo, amigo Luiz Fernando Souza. Sua visão democrática é admirável, embora poucos entendam.
Abs.
CN
Segundo a USP que usou uma metodologia verdadeiramente científica, haviam 185 mil pessoas na manifestação. É um número grande de ceguidores, mas não impressionante.
E você acreditou nessa metodologia? Seria a mesma, realmente científica? Tenho cá minhas dúvidas.
Entretanto, os outros são o que, V.S.ª, chama de ceguidores?
Algo não está certo nesta prosa.
A regra é desqualificar os adversários. A especialidade dos comunistas é jogar um rato podre na sopa dos outros.
Quanto aos cegos, Vidal não enxerga cegueira nos que vão estimulados por um pixuleco e pão com mortadela. Ele é como o Homer Simpson, é o dono da cegueira e então ele cega quem ele quiser.
Sob o signo da Liberdade.
É um bom motivo .