Tácio Lorran
Estadão
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli anulou nesta terça-feira, 21, todos os processos contra o empresário Marcelo Odebrecht na Lava Jato. Mas ao longo das investigações da chamada Operação Lava Jato foi reunida uma séria de provas revelando como a empreiteira com origem na Bahia pagava propinas e mantinha uma contabilidade paralela e contas fora do País.
Toffoli entendeu que houve “conluio processual” entre o ex-juiz Sergio Moro e a força-tarefa de Curitiba. “O que poderia e deveria ter sido feito na forma da lei para combater a corrupção foi realizado de maneira clandestina e ilegal, equiparando-se órgão acusador aos réus na vala comum de condutas tipificadas como crime”, escreveu Toffoli.
PROVAS E CONFISSÕES – Marcelo é ex-presidente do grupo que levava o nome da família Odebrecht. Ele foi preso em 2015 por ordem do então juiz Sergio Moro, atual senador da República.
Em 2016, o executivo foi condenado a 19 anos e quatro meses de prisão pelos crimes de corrupção ativa, lavagem de dinheiro e associação criminosa. Após sua delação, a pena foi reduzida para dez anos. Em 2022, o STF baixou para sete anos. A pena foi cumprida.
As investigações revelaram que a Odebrecht mantinha o Setor de Operações Estruturadas, apelidado de “departamento da propina” por investigadores, para o pagamento de propinas e caixa 2 no grupo. O setor foi criado em 2006 e dissolvido em julho de 2015, um mês após Marcelo Odebrecht e executivos do grupo serem presos pela Lava Jato. A empreiteira mencionou o envolvimento de 415 políticos de 26 partidos.
CONTAS SECRETAS – Diretores de contratos, gerentes e líderes empresariais encaminhavam semanalmente demandas para o setor, através de planilhas do sistema MyWebDay. Já a troca de e-mails era feita por meio do sistema de intranet Drousys.
Na prática, os pagamentos eram efetuados a partir de contas secretas mantidas no exterior (caso da propina paga aos dirigentes da Petrobras) e por entregas de dinheiro em espécie no Brasil, através de operadores do mercado financeiro e doleiros fixos, chamados de prestadores de serviços.
No âmbito do acordo de leniência feito entre a Odebrecht e o Ministério Público Federal (MPF), a empresa forneceu planilhas que continham registros de propinas a dezenas de políticos e funcionários públicos.
MARCELO CONFESSOU – Em sua delação, Marcelo Odebrecht detalhou negociatas, tráfico de influência, fraudes em licitações bilionárias, conluios e corrupção. O executivo confessou que pagou a políticos e partidos em troca de favorecimento em contratos.
“Essa questão de eu ser um graNde doador, de eu ter esse valor, no fundo é o quê? É também abrir portas. Apesar de que não veio um pedido específico, é o que eu digo: toda relação empresarial com um político, infelizmente era assim, especialmente quando se podia financiar, os empresários iam pedir. Por mais que eles pedissem pleitos legítimos (investimentos, obras, geração de emprego), no fundo, tudo o que você pedia, sendo legítimo ou não, gerava uma expectativa de retorno. Então, quanto maior a agenda que eu levava, mais criava expectativa de que eu iria doar tanto”, afirmou.
A defesa agora alega que o empresário foi forçado a assinar a delação.
CONTA DE LULA – Marcelo Odebrecht também entregou em 2018 uma série de documentos na Procuradoria Geral da República (PGR) para corroborar o que confessou em delação premiada: que mantinha uma conta que chegou a ter R$ 300 milhões disponíveis ao PT, em favor de Lula, gerenciada pelo ex-ministro Antonio Palocci.
Os documentos comprovam pedidos de ajuda financeira para “terceiros, que direta ou indiretamente beneficiaram Lula (entre eles o Sítio de Atibaia, o filme ‘Lula, o filho do Brasil’, ajuda financeira ao irmão, sobrinho etc).”
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – O ministro Dias Toffoli pode dormir tranquilo, porque já tem seu nome garantido na História. Daqui para frente, passará a ser conhecido como o pior integrante que o Supremo já teve, em toda a sua História. (C.N.)
A letra da lei contra o espírito – Só aqui no Brail você confessa e detalha um crime de bilhões, é condenado,. preso devolve dinheiro roubado aqui e lá fora e depois vem um juiz e apaga tudo…
Enquanto os bundoes do senado e da Câmara ficarem quietos, eles farão o que desejarem
“O senador foi salvo, mas não por um ato de justiça – e nem poderia ser, quando se leva em conta que os TREs, o TSE, os seus cartórios eleitorais, juízes, analistas judiciários etc. são uma organização política, e não um ambiente judicial. Foi salvo porque se tornou do interesse político do STF, que controla essa coisa toda, manter o seu mandato. Queriam, na verdade, dar um fim em todos os processos penais do empresário Marcelo Odebrecht. Acharam, pelo jeito, que pegava mal erguer esse monumento à impunidade e, ao mesmo tempo, anular os votos de 2 milhões de eleitores do Paraná. Ficaram com o monumento à impunidade.”
J R Guzzo.
Leia mais em: https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/jr-guzzo/justica-eleitoral-salvou-mandato-sergio-moro-interesse-politico/
Too much money to resist.
Sr. Newton
Pegue o balde e o anti-ácido, umas dez caixas acho que resolve….
Veja a que ponto chegou o Ladrão…
“Ainda bem que a Boeng teve um desastre e não quis mais a Embraer”, diz Lula (drão).
https://www.youtube.com/watch?v=Qz7hkXNp9Gg&list=RDNS4DmtOIAAt34&index=2
PS.
A Rede não perdoa,
Está tudo gravado…
T.I. – Recordar é Viver.
Ex-gerente da Petrobras aceita devolver 100 milhões de dólares
Em acordo de delação premiada, Pedro Barusco se compromete a devolver dinheiro e contar o que sabe do esquema de corrupção na estatal
“….diretor da área Renato Duque, nome indicado pelo PT e que foi preso na sexta-feira, na sétima fase da operação,….”
“Nome indicato pelo PT..””
eh!eh!eh
KKK caro C.N., não se precipite, é cedo para dizer isto, porque o ministro cabeça de ovo também está nesta competição. Como dizia o Paulo Brossard, juiz de merda era o Celso de Mello, se lembra dele? Pois é, vaticinar qual vai ser o pior juiz que pôs os pés na suprema corte vai ser uma batalha difícil de se saber.
Bem lembrado, Charlie. Mas quem falou isso sobre Celso de Mello (juiz de merda) foi meu grande amigo Saulo Ramos, consultor-geral da República no governo Sarney.
Abs.
CN
Senhor Carlos Newton , não seja ” injusto e parcial ” , com ” Meretrícimo ” juiz do STF Dias Toffoli , ao joga-lo á traças e deixa-lo ir para berlinda sozinho , abra um merecido espaços aos demais juízes do STF , que endossam e aprovam tais atrocidades e barbaridades jurídicas , beneficiando aos patrióticos parlamentares da república .
Lí e copiei:
Há dias ruins, dias péssimos, horríveis e até dias perdidos, mas nada se compara à Dias Toffoli!