William Waack
CNN Brasil
Coube ao ministro da Fazenda falar nesta quinta-feira (13) sobre corte de gastos. Como se sabe, é uma heresia que não se deve pronunciar no Palácio do Planalto. Ali reina o dogma de que gasto público é vida.
Ocorre que a mais recente tentativa do governo de equilibrar as contas via impostos trouxe uma enorme reação de repúdio e uma grave derrota política no Congresso. Porém, a questão fundamental continua sem solução: como compensar renúncias fiscais — a desoneração da folha de pagamentos — que o Congresso manteve contra a vontade do Executivo?
ALIADO AO STF – O governo se aliou ao STF nessa briga com o Legislativo, que deu prazo até o final do mês que vem para que se encontre uma solução. Senão, volta a oneração da folha de pagamento.
Nesse caso, o governo minoritário no Legislativo ganha no campo jurídico, mas compra uma feroz inimizade com um Congresso muito forte. O que fazer então?
As medidas que o Senado oferece para compensar as renúncias fiscais não cobrem o buraco que o governo precisa fechar. A conversa do governo sobre corte de gastos soa como música aos ouvidos de muita gente, mas é para o futuro.
NOVELA SEM FIM – Hoje faz exatamente um ano que essa novela começou. Esse drama todo revela que a política brasileira não está fornecendo as respostas para desafios fundamentais.
Entre esses desafios, só para citar alguns: o equilíbrio entre despesas e receitas, o fim de distorções tributárias, ou o orçamento engessado, sem o qual não há juros baixos nem crescimento vigoroso.
É uma novela que não parece ter fim, e nem heróis.
E a Dívida? Não seria bom uma auditoria?
waack, o ariano moreno, poderia esclarecer no texto o que define como “gasto público”.
E aonde cortar os mesmos.
Aposto que os pretos serão as vítimas.
Até aí nenhuma novidade.
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