Entenda que a fraude de Maduro deve ter ocorrido na recontagem do voto impresso

O presidente do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), Elvis Amoroso, durante coletiva de imprensa em Caracas, Venezuela

Elvis Amoroso, do Conselho Eleitoral, anunciou o resultado

Deu na CNN

O problema na eleição venezuelana foi na recontagem do voto impresso. É exatamente nesta etapa que a oposição venezuelana afirma ter havido uma fraude. O grupo liderado por María Corina Machado diz que não pôde ter acesso aos votos em papel em grande parte dos colégios eleitorais, o que teria impedido a auditoria efetiva do pleito, ainda segundo a oposição.

Na madrugada desta segunda-feira (29), as autoridades eleitorais venezuelanas se apressaram em confirmar a vitória de Nicolás Maduro na disputa pelo Palácio de Miraflores, sede do governo do país. A decisão estava cercada de polêmica e não foi reconhecida por boa parte da comunidade internacional. Mas, afinal, como funciona a eleição na Venezuela?

O VOTO IMPRESSO – Assim como no Brasil, o sistema de votação do país conta com uma urna eletrônica. O mecanismo, no entanto, possui algumas diferenças do aparelho utilizado nacionalmente, assim como o processo de votação.

Na Venezuela, ao chegar no local de votação, o eleitor deve apresentar sua identidade e realizar o reconhecimento biométrico através da impressão digital. Em seguida, vai até a urna eletrônica para computar seu voto.

Efetuado o voto, a urna realiza uma impressão em papel da escolha feita pelo eleitor, que pode confirmar se as informações estão corretas. Após a checagem, ele se dirige para uma outra urna, na qual deposita o voto impresso.

TOTALIZAÇÃO – Os votos computados eletronicamente são enviados para uma central que totaliza os resultados. O sistema que faz o envio é próprio, como o brasileiro, e não possui conexão com a internet.

Em seguida, é feita uma verificação, por amostragem, para saber se os votos enviados pela urna eletrônica são os mesmos depositados, em papel, na urna que fica ao lado da máquina.

É exatamente nesta etapa que a oposição venezuelana afirma ter havido uma fraude. O grupo liderado por María Corina Machado diz que seus fiscais não puderam ter acesso aos votos em papel em grande parte dos colégios eleitorais, o que teria impedido a auditoria efetiva do pleito, ainda segundo a oposição.

O Poder Eleitoral é responsável por organizar e fiscalizar as eleições para cargos públicos no país, através do sufrágio universal, direto e secreto, segundo o seu órgão de governo, o Conselho Nacional Eleitoral (CNE).

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
O sistema eleitoral da Venezuela é melhor do que o brasileiro e deveria ser adotado por nós. A fraude só pode ocorrer na recontagem do sistema do voto impresso, na urna em separado. No final da votação, quando os pontos eleitorais foram fechando, a Oposição já tinha denunciado que os fiscais não conseguiram entrar, embora o acesso tivesse de lhes ser garantido ainda durante o período da votação. Agora já era, e o mais curioso é o resultado de 51,21%, para mostrar que Maduro tem maioria absoluta. Outro detalhe: o resultado foi anunciado quando ainda faltava contar 20% dos votos, numa pressa que evidenciou o serviço sujo que manterá Maduro por mais seis anos.
(C.N.)

11 thoughts on “Entenda que a fraude de Maduro deve ter ocorrido na recontagem do voto impresso

  1. E o resultado foi anunciado quando ainda faltava contar 20% dos votos, numa pressa que evidenciou o serviço sujo que manterá Maduro por mais quatro anos. (C.N.)

    Sr. Newton

    O mandato presidencial na Venezuela é de seis anos…e a Maldita da Reeleição é infinita…….quase igual no Bananil, sem alternância no poder…..

    aquele abraçoi..

  2. Dizem que o sistema de votação não pode ser fraudado da maneira citada no artigo: votos eletrônicos x impressos.

    O voto impresso não garante lisura, pois um cidadão que vota, pode ser obrigado a mostrar em quem votou para ganhar algum benefício ou ainda, evitar um malefício. O nosso sistema é melhor, pois o voto é secreto.

    Outra hipótese aventada é que pessoas que teriam acesso ao reconhecimento biométrico dos cidadãos, as quais, sabedores dos que não compareceriam às urnas, se fariam passar por esses para votarem em seu lugar. Os fiscais de urnas são essenciais nesse caso. No Brasil, tal fiscalização funciona.

  3. O lado bom dessa ‘vitória’ vai ser o resultado final da Venezuela. Quando ela estiver mais detonada que Cuba vai servir de exemplo do que a esquerda é capaz de fazer.
    De rico a mendigo.

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