Elijonas Maia e Gabriela Boechat
da CNN
O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, rebateu nesta quarta-feira (4) críticas do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, sobre o indiciamento de parlamentares. Segundo ele, o descontentamento do Congresso não pode ter efeito na atuação da Polícia Federal.
“Não há nada que vai afastar a Polícia Federal do seu eixo de atuação. Nossa garantia não é a opinião de quem quer seja, é a Lei”, disse Andrei durante um café da manhã com jornalistas, promovido na sede da PF, em Brasília.
IMUNIDADE – O diretor também disse que “não existe ‘imunidade absoluta’ e que é preciso diferenciar o que é direito do parlamento e o que é crime”.
“Nós precisamos separar aquilo que é liberdade de expressão, o que é a prerrogativa que o parlamentar tem de suas falas, de seus votos, e o que é o crime. Não há direito absoluto. Não há essa imunidade absoluta que alguns querem para cometer crimes”, destacou.
O diretor-geral da PF afirmou que tem “profundo respeito ao parlamento”, mas que age de acordo com a Constituição.
CRÍTICAS DE LIRA – Na última quinta-feira (27), Arthur Lira criticou publicamente os inquéritos e indiciamentos dos deputados Marcel Van Hattem (Novo-RS) e Cabo Gilberto Silva (PL-PB).
Os parlamentares foram indiciados pelos crimes de calúnia e difamação em razão de críticas feitas em discursos no plenário sobre a atuação do delegado federal Fábio Alvarez Shor.
Lira afirmou que a tribuna do plenário é “inviolável” e declarou que a voz dos deputados é “voz do povo” e não será “silenciada”.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – O diretor Andrei Rodrigues é um trapalhão da pior qualidade. Num momento em que o governo está em minoria no Congresso, ele abre a boca para falar uma idiotice dessas… Com isso criou mais um “problemão” para o governo Lula. E tudo isso para defender o amigo delegado Fábio Shor, que atua na força-tarefa de Alexandre de Moraes e está tomando decisões autoritárias e fora da lei. Em tradução simultânea, sem consultar Lula, o diretor da PF tomou uma decisão corporativa e ilegal, criando uma grave crise para o governo, totalmente desnecessária. Aliás, se Andrei Rodrigues for demitido da Polícia Federal, ninguém notará, pois será uma ausência que preenche uma lacuna. (C.N.)
A voz dos deputados pode até ser a voz do povo, mas a mão deles não é a mão do povo para estar enfiando-a a toda hora no bolso dos coitados.
A PF deve agir independentemente do governo. No caso do indiciamento do deputado deslumbrado Van Hatten, a corporação agiu acertamente. Os congressitas podem até ter liberdade de expressão e criticar quem quer que seja, assim como todos os cidadãos, mas não podem ter o direito incondicional de chamar alguém de desonesto e difamar, sem provas. Atingir a honra de alguém, parece-me que não é coisa digna de um cidadão sério, o que dirá de um deputado que deveria ter responsabidades.
“Se tiver um pão e eu tiver um euro, e eu uso o meu euro para comprar o seu pão, no final da troca eu terei o pão e você o euro. Parece um equilíbrio perfeito, não? A tem um euro, B tem um pão; depois, A tem o pão e B o euro. É uma transação justa, mas meramente material.
Agora, imagine que tem um soneto de Verlaine ou conhece o teorema de Pitágoras, e eu não tenho nada. Se me ensinar, no final dessa troca, eu terei aprendido o soneto e o teorema, mas você ainda os terá também. Nesse caso, não há apenas equilíbrio, mas crescimento.
No primeiro, trocamos mercadorias. No segundo, compartilhamos conhecimento. E enquanto a mercadoria se consome, a cultura se expande infinitamente.”
(Michel Serres, Filósofo Francês)
1/09/1930 – 1/06/2019
“Curai os doentes, ressuscitai os mortos, purificai os leprosos, expulsai os demônios. Recebestes de graça, de graça dai!” (Mateus 10,8)
Caro Lionço,
muito me alegra,ler seu pitaco aqui,TI.
Bom Retorno!!
Só quem “tem costas quentes” falaria com tamanha contundência. Restar saber qual(is) seria(m) o(s) poderoso(s) por trás que o protege(m); isso, caso o(s) tenha.
Porque, se não o(s) tiver, então teria delirado e “viajado na maionese”.
Caro C.N. só faltou dizer que se acabarmos com a PF do Xandão ninguém sentirá falta dela. Aparelhar órgãos públicos sempre acaba nisto, gente despreparada para fazer o que é paga para fazer, mas que não sabe fazer.
Senhor Carlos Newton , infelizmente a tal ” imunidade parlamentar ” , é usada ‘ INDISCRIMINADAMENTE E AMPLAMENTE até hoje pelos parlamentares BR como salvo conduto para cometerem os mais diferentes crimes contra o Brasil e seu povo , inclusive houve/há uma ” jurisprudência do STF ” nesse sentido quando os alvos eram amigos do judiciário eram acusados .