Deu na Folha
A operação da Polícia Federal que levou à prisão de Walter Braga Netto, general da reserva e candidato a vice-presidente de chapa derrotada em 2022, abriu um novo capítulo nas tentativas de elucidar e responsabilizar figuras ligadas ao plano de golpe ao fim do governo Jair Bolsonaro.
A repercussão desse caso, em mais de 90 mil grupos públicos de WhatsApp monitorados pela plataforma Palver, virou tema central do debate político e revelou um cenário de intensas reações, narrativas conflitantes e teorias conspiratórias.
SUPEROU LULA – No total dos termos analisados, Braga Netto concentrou 36% de todas as menções, superando Lula (32%), Bolsonaro (22%) e Moraes (8%). Ao todo, o tema alcançou 475 mil usuários nos grupos monitorados, indicando a intensidade e a abrangência da repercussão digital.
A narrativa construída em parte dos grupos de esquerda celebra o ocorrido como um momento histórico e irônico, destacando a coincidência da prisão no aniversário da ex-presidente Dilma Rousseff e logo após uma “Sexta-feira 13” com simbolismo petista.
DEMOCRACIA – Nesses espaços, o enredo é tratado como um “roteiro perfeito” de justiça poética, reforçando a ideia de que a democracia estaria triunfando sobre supostas tramas autoritárias.
Por outro lado, entre apoiadores da direita e simpatizantes do bolsonarismo, predominam indignação e acusações de perseguição política.
Há até quem veja a prisão como um “teatro” criado por instituições “aparelhadas” – STF, Polícia Federal e governo Lula– para desgastar Bolsonaro e seu círculo de aliados, minando a credibilidade da direita. Também nesses grupos, teorias conspiratórias se espalham rapidamente.
AÇAO DO FBI – Dentre elas, a suposta participação do FBI na operação desde o 8 de janeiro, internações e cirurgias de Lula consideradas “falsas” e uma “ditadura judicial” que estaria censurando a direita. Links duvidosos, perfis anônimos e conteúdos sem verificação circulam para sustentar essas alegações.
Enquanto parte da esquerda vê no episódio um sinal de avanço no esclarecimento das tramas golpistas, setores da direita afirmam que a detenção de Braga Netto seria apenas um degrau rumo à prisão de Bolsonaro.
Essa expectativa intensifica o clima de tensão, seja entre quem espera a responsabilização do ex-presidente, seja entre os que temem um cerco jurídico que poderia atingir o “núcleo duro” do bolsonarismo.
ESTRATÉGIA – Nas mensagens, mantém-se o apelo para que apoiadores de Bolsonaro não desistam, reforçando hashtags, divulgando conteúdo favorável ao ex-presidente e classificando cada ação institucional contrária a figuras da direita como “injustiça”.
A prisão do general é enquadrada, assim, no contexto de uma batalha contínua, na qual redes como o WhatsApp cumprem papel estratégico na mobilização e na disseminação de narrativas.
O ecossistema de mensageria, propício à proliferação de teorias conspiratórias, acusações sem provas e versões manipuladas, intensifica a polarização e dificulta um debate público sólido.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Daqui para a frente, vai ser sempre assim. As redes sociais vão prevalecer, cada facção com sua “narrativa”. E a verdade estará na fora, como na velha série do Arquivo X. Vai ser duro de aturar. (C.N.)
É preciso identificar quem (do pessoal do agro) financiou o golpe
A invasão da Praça dos Três Poderes e o quebra-quebra de 8 de janeiro em Brasília vinham sendo planejados. As redes convocavam para “a festa da Selma”.
Os dias eram tumultuados, preparava-se uma grande manifestação em Brasília de apoio a Bolsonaro, derrotado por Lula na recente eleição presidencial.
Dias antes, um fazendeiro, num restaurante, disse que a eleição havia sido roubada. — Mas isso vai acabar logo, logo, vocês vão ver, finalizou.
Ônibus de diversos lugares do país iam a Brasília para a manifestação.
Dias depois, vi pela televisão as cenas de barbárie na capital federal.
Agora que as investigações sobre a tentativa de golpe estão atrás do “pessoal do agro”, me lembrei do episódio.
Mauro Cid disse que o general Braga Netto enviara dinheiro vivo aos organizadores da marcha em Brasília. Era “o pessoal do agro” que financiava o golpe, segundo Cid. Financiaram a logística do golpe.
Claro que “o pessoal do agro” é muito vago e não representa toda a classe. Mas que o dinheiro, ou parte significativa dele, veio de lá, isso veio, segundo as investigações.
Desde o início sabia-se que não era possível manter aquelas centenas, milhares de pessoas acampadas em frente ao Quartel-General do Exército em Brasília, e a outros quartéis por diversos estados do país, sem que por trás houvesse um esquema de financiamento graúdo. É preciso descobrir quem financiou.
Que, na hora H, o Exército apoiaria a ação dos acampados era claramente alimentada. É preciso saber quem financiou, mas também quem negligenciou com objetivos políticos golpistas.
Fonte: O Globo, 17/12/2024 04h30 Por Merval Pereira
Braga Netto, excelente cortina de fumaça. O plano plurianual de destruíção do Brasil, segue sendo executada com perfeição.
Área queimada no Brasil cresce 90% em relação a 2023
Foram incendiados 29,7 milhões de hectares, quase o dobro do ano passado
https://diariodopoder.com.br/brasil-e-regioes/e08-brasil/area-queimada-no-brasil-tem-aumento-de-90?__goc_wbp__=002476002KrzPWCktGGwWGlqJQfOfT86MtU8
A jumentada, excitada, segue batendo palmas.
O tiro pela culatra de Mourão ao tentar ‘ajudar’ Braga Netto
Militares estiveram presentes em todos os golpes de estado ocorridos no Brasil, inclusive naqueles que não tiveram sucesso
Ainda que muito se tente, é inútil reverter a verdade do passado. Em entrevista para a jornalista Victoria Abel, o senador Hamilton Mourão tentou minimizar os preparativos golpistas, elaborados ainda dentro do governo do qual era vice-presidente, rotulando-os como uma mera “operação tabajara”.
Esta tentativa de descaracterização de algo tão óbvio quanto o golpe tramado parece tentar subestimar a capacidade cognitiva dos leitores, como se não fossem claras as inúmeras evidências concretas de que havia uma tramoia para derrubar o governo recém-eleito, além de planos letais contra o então futuro presidente, seu vice e um ministro do STF.
As investigações da Polícia Federal revelaram que não se tratava de meras reuniões exploratórias ou pensamentos isolados, mas de um esquema criminosamente planejado, com o envolvimento ativo de altos escalões militares.
Em outro ponto da entrevista, Mourão parece tentar justificar o ato dos militares como se fosse um sintoma causado pela “população descrente do processo eleitoral”. O problema, novamente, volta ao governo ao qual ele fez parte, pois essa crise de confiança foi orquestrada pela própria gestão Bolsonaro.
Por favor, senador.
Integrantes do Exército e outros aparelhos de Estado foram instrumentalizados para disseminar desinformação e teorias de conspiração infundadas sobre fraudes eleitorais. Esta estratégia visava justamente deslegitimar o processo eleitoral e preparar o terreno para um golpe, caso os resultados das urnas fossem desfavoráveis.
E como a história real não se reverte, é fundamental esclarecer e contextualizar a participação histórica das forças armadas em todos os golpes ocorridos no Brasil. A história política brasileira foi frequentemente marcada pela intervenção direta ou influência dos militares em alterações governamentais, desde a proclamação da República em 1889, até as tentativas mais contemporâneas de subversão da ordem democrática após as eleições de 2022.
Eles estiveram presentes até nas tentativas fracassadas, como em 1959, quando militares da Força Aérea Brasileira (FAB) tentaram, na chamada Revolta de Aragarças, retirar Juscelino Kubitschek do governo. Assim como em 2022, o plano falhou. No entanto, não deixou de ser uma tentativa de golpe.
Por isso mesmo, a tentativa de Mourão de “aliviar” o envolvimento do general Braga Netto, chamando sua prisão de “atropelo das normas legais”, gera até certa vergonha alheia, dada a gravidade dos fatos já apresentados pelas investigações.
Documentos da Polícia Federal detalham um esforço coordenado, apontando que Netto teria inclusive financiado a chamada operação “Punhal Verde e Amarelo”, garantindo que ele teria arrecadado dinheiro para viabilizar as ações dos chamados “kids pretos”, para a subversão do processo democrático.
Ainda que a defesa seja um direito a todos os acusados, é preciso reconhecer que os eventos descritos não foram apenas uma falha de planejamento ou uma tentativa mal sucedida e isolada de golpe. Foram, na realidade, ações criminosas que visavam desestabilizar a democracia brasileira.
A tentativa de Mourão de suavizar a gravidade desses planos não só demonstra uma desconexão com a seriedade dos fatos, mas também sugere uma perigosa indulgência com atitudes que ameaçam o cerne das nossas instituições democráticas.
Fonte: Revista Veja, Política, 16 dez 2024 Por Matheus Leitão
Mourão faz parte do esquema, esta totalmente alinhado com a gestão compartilhada que comanda o Brasil no momento. Alguma ação contra o Mourão vindo do e$$eteefe? O petê chama Mourão de golpista? A imprensa nos últimos 6 anos fez qualquer tipo de ataque ao Mourão? Não? Então ele faz parte do esquema.
Pergunto: Porque, não só “A Folha”, mantem DESLEMBRADOS os iniciais golpistas de todos os sucessivos DESTRAMBELHADOS e MULTILATERAIS eventos de “Falsas Bandeiras”, cujo primordial e criminoso motivo foi “ESTANCAR A SANGRIA”, cujos atingidos são os corruptos cuja estampa permanece carimbadas em sua testas, apesar do esforço para transferi-la à incautos e inocentes, cobardemente envolvidos nessas sórdida trama.
Dólar abre 6,17
Bora , dolinha, bora , dolinha, acaba com o Ladrão
“…BC vende US$ 1,27 bilhão em novo leilão extra após disparada do dólar
Nova intervenção não estava programada e foi anunciada após moeda voltar a subir…””
Quem imaginava que o Dólar vai salvaria o Páis….da Quadrilha do Cachaceiro
O senador se arrisca a expor mediocridade ao subestimar a inteligência alheia.
Quem não sabe que violar correspondências é crime federal de antanho? As redes sociais hj são as antigas cartas e telegramas que usávamos; a diferença é que podemos expor a destinatários específicos e que toda liberdade de expressão seja permitida, vedado o anonimato e difamação, injúria e calúnia, na forma da lei