Petistas inventam que Lula foi “inocentado”, fato que jamais aconteceu

As redes estão falando do Lula condenado - Estadão

Charge do Sponholz (sponholz.arq.br)

Merval Pereira
O Globo

“No Brasil, até o passado é incerto”, definiu o economista Pedro Malan, ex-ministro da Fazenda do Plano Real e um pensador do país dos mais consistentes. Mais incerto ainda porque, como já disse o grande escritor George Orwell, “a historia é escrita pelos vencedores”.

Com o advento da internet, as fake news substituíram com vigor insuperável os boatos, que já tiveram seu papel na nossa história, como a acusação de que o brigadeiro Eduardo Gomes teria desprezado os votos dos “marmiteiros” na eleição presidencial de 1945 contra Eurico Gaspar Dutra, que acabou vencendo por larga margem.

EM DISCUSSÃO – O uso das redes sociais nas campanhas políticas, agravado agora pela Inteligência Artificial (IA) está em discussão há algum tempo no mundo, e agora mais do que nunca com a decisão de Mark Zuckerberg de retirar de suas plataformas digitais (Facebook, Instagram, WhatsApp) as checagens sobre a veracidade do que é publicado.

A vontade de distorcer os fatos dos vencedores do momento em benefício próprio não é novidade. Em 1924, após a morte de Lênin, principal líder da Revolução Bolchevique de 1917, Leon Trotsky e Josef Stalin passaram a dividir a influência sobre o partido comunista que, na prática, governava a União Soviética.

Depois de intensa disputa interna, em 1925 Stalin assumiu o poder e tratou de eliminar a memória do rival. Fotos em que Trotsky aparecia foram simplesmente destruídas, ou sua imagem foi apagada pelos parcos recursos da época.

APENAS NARRATIVAS – Hoje, na era da pós verdade iniciada por Trump, as versões oficiais não passam de narrativas, isto é, criações de marqueteiros que levam a História para o lado que lhes convém. No Brasil, a situação é mais grave, pois os vencedores de hoje são os perdedores de amanhã numa velocidade alarmante.

Lula, por exemplo, foi julgado e condenado por corrupção, no processo conhecido como do “petrolão”, sobre o esquema de corrupção da Petrobras classificado pelo ministro do Superior Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes de “cleptocracia”.

O juiz Sérgio Moro, hoje senador, foi por anos a fio um herói nacional, e teve a respalda-lo as decisões do TRF da região e o próprio STF. O mesmo tribunal que, a partir 2019, mudou seu entendimento depois que foram reveladas conversas entre Moro e os procuradores de Curitiba que desvendaram um indevido conluio entre as partes.

ERA BOLSONARO – Nesse intervalo, Bolsonaro venceu uma eleição presidencial e governou desastrosamente o país por quatro longos anos, culminados na descoberta de uma tentativa de golpe de estado para impedir, justamente, a volta ao poder de Lula, em 2022.

Nesse período, a história brasileira passou por revisões próprias “dos vencedores”. Bolsonaro governou afirmando que nunca houve golpe militar no Brasil, elogiou os torturadores como patriotas, tentou mudar, através de legislações ou de decisões pessoais os avanços sociais que o Brasil conquistara, como casamento homoafetivos, direito a aborto legal, liberdade de expressão.

LULA ABSOLVIDO? – Os petistas, por sua vez, tentam até hoje passar à História a balela de que Lula foi absolvido pela Justiça, quando seus processos foram simplesmente arquivados ou prescreveram. Semana passada, o hoje presidente assumiu o controle da história nos seus domínios provisórios, no Palácio do Planalto, querendo reescrevê-la do seu ponto de vista.

Na galeria de fotos dos presidentes, orientou para que as legendas “contassem a historia”. E o que Lula pensa que é verdade? “A Dilma [Rousseff] foi eleita, foi reeleita e depois sofreu um impeachment por um golpe. Depois esse aqui [Michel Temer] não foi eleito, tomou posse em função do impeachment da Dilma, e depois esse aqui [Jair Bolsonaro] foi eleito em função das mentiras. É isso que tem que colocar”.

Quanto a Getúlio Vargas, nunca foi ditador, na visão histórica de Lula.

Atenção! Ainda existe quem defenda a coexistência de israelenses e palestinos

Palestinos caminham em uma estrada de terra repleta de escombros de edifícios destruídos no bairro de Shujaiya, na Cidade de Gaza, em 7 de outubro, no primeiro aniversário da guerra em curso na Faixa de Gaza entre Israel e o grupo palestino Hamas

A guerra continuará até o final dos tempos? Claro que não.

Ari Roitman
O Globo

O presidente Lula fez duas declarações extraordinárias sobre o conflito no Oriente Médio: disse que a contraofensiva israelense em Gaza foi o maior massacre no planeta desde 1945 e que Israel matou 42 mil mulheres e crianças. Como ambas são falsas, é triste ver um líder democrático espalhar fake news como um “patriota” da internet.

Alguns dizem que foram meros lapsus. Não faria muita diferença (valei-me, São Sigmund!), mas Lula, claro, não é o único. Uso seu exemplo para chamar a atenção para aqueles que, com o propósito de combater Israel e seus governos, acabam insuflando o antissemitismo. Caso exemplar é o ex-deputado José Genoino, que sugeriu um boicote aos judeus no Brasil — esquecendo que o nazismo não começou com as câmaras de gás…

FECHAR OS OLHOS – Por que será que os progressistas, que costumam combater todo tipo de preconceito, preferem fechar os olhos ao antissemitismo?

O conflito no Oriente Médio, em última instância, é uma disputa territorial entre dois povos que reivindicam a mesma terra — a terra dos respectivos ancestrais.

Mas esse conflito tem três lados. Além dos extremismos — israelense e palestino — hoje dominantes, cujo projeto é o extermínio físico do oponente, há um terceiro lado: os que defendem a coexistência de dois Estados. E condenam os intolerantes, cujos atentados, sequestros e bombardeios indiscriminados atingem sobretudo a população civil.

LONGE DE ARAFAT – Infelizmente, a maior parte da esquerda optou por apoiar o terrorismo islâmico, esquecendo que essas organizações atuais estão muito longe dos grupos laicos e nacionalistas do tempo de Arafat — que foram dizimados por elas. Hamas e Hezbollah não defendem a causa do Estado palestino.

Defendem, seguindo as diretrizes do Irã, a destruição de Israel. E de toda a civilização ocidental, pois seu objetivo final é impor as leis corânicas ao mundo. Preparem-se mulheres e homossexuais, liberais e progressistas!

Os franceses, tantas vezes vítimas do terror islâmico, apelidaram isso de islamo-gauchisme — que traduzo, na mesma linha irônica, como marxismo-jihadismo…

CONTAS A PRESTAR – Muitos não são tão explícitos como Genoino e se contentam em formular narrativas distorcidas do conflito. Multiplicam as maldades de Israel — como fez Lula — e omitem ou justificam as dos palestinos.

Sejamos claros: os dois lados têm muitas contas a prestar no que se refere a decência e direitos humanos.

Mas denunciar os massacres em Gaza sem mencionar as atrocidades cometidas pelos palestinos tem uma intenção: demonizar Israel — e, com isso, queira-se ou não, fomentar o antissemitismo.

ANTISSEMITISMO – Ora, mas criticar Israel é antissemitismo? Claro que não — eu mesmo sou muito crítico ao governo extremista e expansionista desse país e sempre defendi a criação de um Estado palestino.

Mas nem por isso apoio a destruição de Israel e a limpeza étnica (“do rio ao mar…”), como fazem tantos porta-vozes da esquerda.

Entendo que Israel é um país de refugiados, e, do ponto de vista macro-histórico, o povo judeu é um dos que mais precisam de um Estado nacional.

Elon Musk alerta também para desequilíbrio do crescimento populacional

Elon Musk alerta: Novo maior problema do mundo pode levar China e Índia a perderem 773 milhões de pessoas até 2100

Musk analisa situação da Índia, da China e da Nigéria

Bruno Teles
Site CPG

O empresário americano Elon Musk alerta que novo maior problema do mundo pode levar China e Índia a perderem 773 milhões de pessoas até 2100. Diz que será um grave problema porque menos pessoas significa menos trabalhadores, menos inovação e mais dificuldades para sustentar idosos.

Isso pode levar a crises econômicas e sociais graves no futuro, diz Musk, que considera o colapso populacional como a maior ameaça à humanidade, enquanto China e Índia enfrentam uma queda histórica e a Nigéria assume a subliderança populacional até 2100.

DECLÍNIO POPULACIONAL – Conhecido por suas inovações e opiniões controversas, Elon Musk chamou atenção recentemente para o problema que, segundo ele, é a maior ameaça à humanidade – o declínio populacional.

Utilizando sua conta no X (antigo Twitter), Musk reafirmou sua preocupação com um gráfico alarmante que mostra uma queda acentuada na população de países como China e Índia, totalizando a perda de 773 milhões de pessoas até 2100.

Com 12 filhos, Elon Musk não apenas discursa sobre o tema, mas também exemplifica sua visão de que taxas de fertilidade reduzidas, envelhecimento populacional e emigração são problemas que precisam de atenção urgente.

MENOS NASCIMENTOS – O que levou Elon Musk a destacar o declínio populacional? Desde 1963, as taxas de fertilidade global caíram mais da metade. Enquanto uma média de 5,3 filhos por mulher era comum há 60 anos, hoje muitos países não alcançam sequer a taxa de reposição de 2,1 filhos por mulher. Países como Inglaterra e País de Gales, por exemplo, registraram um número médio de 1,44 filhos em 2023, o menor já observado.

Essa tendência reflete mudanças sociais, econômicas e culturais. Educação, carreira e acesso a métodos contraceptivos estão entre os fatores que diminuíram a taxa de natalidade ao redor do mundo.

Além da baixa natalidade, a emigração contribui para o esvaziamento populacional em alguns países. Simultaneamente, o envelhecimento da população aumenta a dependência econômica de uma geração sobre outra, reduzindo a força de trabalho ativa e trazendo desafios econômicos.

SITUAÇÃO ALARMANTE – China e Índia, atualmente as nações mais populosas, enfrentarão quedas históricas. Enquanto a população indiana deve cair de 1,5 bilhão para 1,1 bilhão, a China verá uma redução ainda mais drástica, chegando a 731 milhões de habitantes. Essas projeções indicam que a China será ultrapassada pela Nigéria, cuja população deve atingir 790 milhões até o final do século.

Na contramão dessa tendência,  outros países africanos como República Democrática do Congo e Etiópia continuarão a crescer seus números de habitantes. Isso evidencia um deslocamento demográfico global, com a África se tornando o novo centro de crescimento populacional.

VISÃO DE MUSK – Para o empresário americano, a redução populacional é mais do que uma questão numérica: é uma ameaça existencial. Ele argumenta que uma menor base de jovens impactará diretamente a inovação, a economia e a capacidade de resolver problemas globais.

Como pai de 12 filhos, Musk defende que grandes famílias podem ser uma solução prática. Ele também utiliza suas redes para debater o tema, incentivando diálogos sobre possíveis soluções.

Não somente as nações europeias, mas também Estados Unidos, Canadá e Austrália mantêm níveis populacionais quase estáveis graças à migração líquida positiva. Esses países utilizam políticas de imigração para compensar taxas de natalidade baixas e envelhecimento.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
A preocupação do empresário Elon Musk é procedente. O descontrolado crescimento populacional da África significa que a miséria se alastra no continente, que fornece para o resto do mundo uma força de trabalho jovem e ativa, mas de baixo nível. Esse crescimento descontrolado levanta inquietantes dúvidas sobre infraestrutura, educação emprego e matéria-prima para sustentar esse aumento no número de habitantes na África. Mas quem se interessa? (C.N.)

Caminho da esquerda no Brasil e no EUA seria o populismo?

Os populistas amam tanto os pobres que os multiplicam” - Blog do Ari Cunha

Charge do Wilmar (Arquivo Google)

Bruno Boghossian
Folha

O estrategista James Carville, ligado ao Partido Democrata, estava errado. Dias antes da eleição de 2024, ele publicou no New York Times a previsão de uma vitória de Kamala Harris. Agora, ele voltou para reconhecer a falha e discutir suas razões.

O erro de Carville teve um aspecto particular. Ao fazer a previsão, o estrategista ignorou a máxima que ele mesmo cunhou, em 1992, ao estabelecer que o fator determinante de qualquer eleição “é a economia, estúpido”.

EFEITO 2024 – A derrota de 2024 levou o Partido Democrata à constatação de que sua plataforma econômica não convence mais o eleitorado e empurrou classes trabalhadoras para Trump.

Carville sugere uma alternativa que representa um mergulho profundo (para padrões americanos) no que descreve como um programa populista.

O argumento central é que a esquerda precisa enfrentar a direita na arena econômica recorrendo a uma frustração parecida com aquela que foi instrumentalizada por Trump e obrigando os republicanos a recuarem aos pontos impopulares de sua agenda.

FALSAS BANDEIRAS – Para isso, o establishment de esquerda deveria assumir bandeiras consideradas extravagantes, como o aumento do salário mínimo de US$ 7,25 para US$ 15 por hora, forçando a direita a se opor à ideia.

Assim, os republicanos ficariam com o peso de defender o corte de impostos para os mais ricos e o aumento do custo da saúde para os mais pobres.

O termo populismo aparece na definição de Carville sem a carga pejorativa das últimas décadas. A palavra se refere principalmente à oposição entre povo e elites que, no ciclo político atual, também vem sendo explorada por líderes de direita pelo mundo.

CASO DO PT -No caso da esquerda americana, a ideia de uma guinada populista remete à bifurcação que os democratas enfrentaram em 2016, quando seguiram o establishment atrás de Hillary Clinton em vez de abraçar Bernie Sanders, que tinha uma plataforma digna daquele adjetivo.

O caminho aparece, com suas nuances, diante de uma esquerda brasileira que procura se reconectar às classes trabalhadoras.

Não à toa, o tópico mais citado como trunfo nesses setores é a proposta de redução expressiva da jornada de trabalho.

Erros frequentes de Lula estão sendo usados para fortalecer a oposição

O presidente #Lula (PT) disse, nesta quarta-feira (8), que maridos são mais  apaixonados por amantes do que pelas esposas. A fala aconteceu durante  discurso no evento sobre #democracia, em alusão aos doisRoberto Nascimento

Essa tragédia do 08 de janeiro não deveria ser comemorada, o que é diferente de ser esquecida. É certo que as ditaduras já estão no passado, como o golpe que levou Getúlio Vargas ao poder em 1930 e também o golpe de 1964, que o pretenso “historiador” Dias Toffoli prefere chamar de revolução….

Porém, jamais devemos esquecer a tentativa mais recente, quando assistimos ao passado pretender voltar como farsa, com uma versão tardia de 1964 assombrando a sociedade brasileira no final de 2022.

TUDO SE SABE – Não há mais segredos, porque tudo se sabe sobre as ditaduras do passado. Livros foram escritos aos borbotões sobre o período medieval da ditadura de 64.

Cito duas obras emblemáticas: “O General do Pijama Vermelho”, da diplomata Laurita Mourão, filha do general Olympio Mourão Filho, que deu início ao golpe e depois se arrependeu, dizendo ser “uma vaca fardada”; e “Ditadura Envergonhada”, escrita pelo jornalista Elio Gaspari, que revisitou o regime militar por inteiro.

Falta saber a verdade sobre o malogrado golpe de 2022, que perdeu apoio militar a partir do fracasso do governo Bolsonaro na tentativa de provar fraude na eleição/apuração.

SEM COMEMORAR – Dois anos depois, o presidente Lula cometeu grave erro ao insistir em “comemorar” o 08/01.  O pronunciamento preparado para ser lido por Lula foi muito bom. Mas o discurso de improviso acabou sendo um desastre monumental.

Não citava nada de democracia e sim fatos pessoais da vida do presidente, mencionados na sua versão pessoal, além de gracinhas desnecessárias, como chamar o ministro presente na cerimonial de “Xandão”.

A grande bola fora e com tiro no pé de Lula foi dizer que ”na maioria das vezes, a amante é melhor do que as esposas”.

MUNIÇÃO DE GRAÇA – Desse jeito, o presidente deu munição de graça para a oposição e com certeza ainda perderá o apoio de muitas mulheres casadas, se concorrer à reeleição.

Pode-se esperar que esse recorte desastroso será reverberado à exaustão na campanha eleitoral de 2026. Lula era muito bom de improviso, mas agora caiu demais.

“Por que não te calas, senhor Lula?”, podíamos perguntar, parodiando o então rei Juan Carlos, da Espanha, que sentiu o peso da idade, não quis se perpetuar no trono e abdicou em favor do príncipe Filipe.

Uma experiência magnífica é passar 12 dias no mais absoluto silêncio

Meditação do silêncio - Conheça o centro Vipassana

Para meditação do silêncio, conheça o Retiro Vipássana

Antonio Carlos Rocha

Entre os dias 26/12/24 e 06/01/2025 ficamos em Retiro de Meditação Vipássana (budista), na cidade de Engenheiro Paulo Frontin, RJ, eu e minha esposa, no mais absoluto silêncio por 12 dias. Mais de 100 participantes de todas as idades, 50 homens e 50 mulheres, sem contar os servidores voluntários, mais de 20, preparando as refeições lacto-vegetarianas e duas professoras.

Ninguém paga um centavo, nem recebe, tudo fruto de doações. Ao final do curso, os que quiserem fazem donativos, a critério de cada um.

CELAS MEDITATIVAS – Em miniquartos individuais (celas meditativas) o Centro de Meditação tem separação de corpos, importante para esse período. Homens de um lado, mulheres do outro. Não se comunicam. Só no final do evento se reencontram.

O local existe há mais de 20 anos e pertence à linhagem leiga (não tem sacerdotes, nem monges) fundada pelo próspero industrial Sathya Narayan Goenka, que nasceu na antiga Birmânia, hoje Mianmar, (1920-1971), era casado e teve seis filhos. E depois viveu na Índia.

Tem locais de meditação espalhados por vários países, seguindo sempre o mesmo princípio, absolutamente grátis. Ecumênicos, todas as religiões são aceitas, é mais uma Filosofia de vida.

NUM PRESÍDIO – Na grande Belo Horizonte, já foi realizado um retiro de meditação dentro de um presídio masculino. Inspirado em um vídeo do Youtube sobre um curso semelhante realizado em uma prisão da Índia.

Goenka, como era conhecido, fez palestras na ONU sobre o seu projeto educacional para crianças, jovens e adultos de todas as idades.

No Brasil há centros de meditação em São Paulo, Rio de Janeiro e estão sendo construídos novos locais na Bahia e no Paraná.

IMERSÃO TOTAL – Quem experimenta essa prática do silêncio absoluto, a sensação de paz e tranquilidade chega a ser indescritível. Perguntei à minha esposa o que ela tinha sentido, ela respondeu: “Não tenho palavras para comentar, é um mergulho muito profundo em nosso interior”

Eu, de minha parte, declaro que chega um momento que transcendemos as palavras, a comunicação é intuitiva. Por mais que eu tente explicar o sentimento, a sensação é de amplitude, uma imersão total na Natureza.

Feliz 2025, Ano da Serpente, que começa em fevereiro, de acordo com a Astrologia Budista, também conhecida como Astrologia Chinesa. Diz a lenda que, certa feita, uma grande serpente Naja protegeu o Buda de uma chuva torrencial, ou seja, a cobra era domesticada…

Sem Marçal, Bolsonaro supera Lula em 2026, diz Paraná Pesquisas

Buscas por Lula superam Bolsonaro na Wikipédia pela 1ª vez desde 2018 |  Metrópoles

Bolsonaro e Lula parecem duas faces da mesma moeda

Lucas Schroeder e Renata Souza
CNN , São Paulo

Em cenário sem a presença de Pablo Marçal (PRTB), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) supera o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na disputa presencial de 2026 em números absolutos, segundo levantamento divulgado pelo instituto Paraná Pesquisas nesta segunda-feira (13).

Pela margem de erro, de 2,2 pontos percentuais, há empate técnico entre Bolsonaro e Lula. Foram ouvidas 2.018 pessoas entre os dias 7 e 10 de janeiro, e o nível de confiança é de 95%.

INELEGÍVEL – Bolsonaro está inelegível até 2030 por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que entendeu que o ex-presidente cometeu abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação ao fazer uma reunião com embaixadores em julho de 2022 e atacar, sem provas, o sistema eleitoral.

Na pesquisa, quando excluído Pablo Marçal, o resultado é o seguinte: Jair Bolsonaro (PL): 37,3%; Lula (PT): 34,4%; Ciro Gomes (PDT): 11,7%; Ronaldo Caiado (União Brasil): 5,4%; Helder Barbalho (MDB): 1,4%; Nenhum/Branco/Nulo: 6,2%; Não sabe/Não opinou: 3,6%

EMPATE TÉCNICO – Com o nome de Marçal na disputa, Lula e Bolsonaro surgem empatados tecnicamente: Lula (PT): 34,0%; Jair Bolsonaro (PL): 33,9%; Ciro Gomes (PDT): 11,3%; Pablo Marçal (PRTB): 6,1%; Ronaldo Caiado (União Brasil): 4,7%; Helder Barbalho (MDB): 1,2%; Nenhum/Branco/Nulo: 5,6%; Não sabe/Não opinou: 3,3%.

Já em cenário sem Bolsonaro, Lula vence a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL). Lula (PT): 34,5%; Michelle Bolsonaro (PL): 20,7%; Ciro Gomes (PDT): 12,9%; Pablo Marçal (PRTB): 11,5%; Ronaldo Caiado (União Brasil): 6,6%

COM TARCÍSIO – Em um quarto cenário, sem as presenças de Bolsonaro e Marçal, Lula também derrota o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas.

Lula (PT): 35,2%; Tarcísio de Freitas (Republicanos): 25,3%; Ciro Gomes (PDT): 15,2%; Ronaldo Caiado (União): 7,4%; Helder Barbalho (MDB): 1,8%; Não sabe/não opinou: 4,3%; Nenhum/Branco/Nulo: 10,9%

O instituto também avaliou um cenário espontâneo – quando não são apresentados os nomes dos candiatos aos eleitores. Veja os detalhes:

Lula (PT): 20,1%; Jair Bolsonaro (PL): 16,7%; Tarcísio de Freitas (Republicanos): 1,6%; Ciro Gomes (PDT): 1,2%; Pablo Marçal (PRTB): 0,7%; Ronaldo Caiado (União Brasil): 0,5%; Eduardo Bolsonaro (PL): 0,4%; Gusttavo Lima (Sem partido): 0,4%; Michelle Bolsonaro (PL): 0,4%; Outros nomes citados: 1,2%; Ninguém/Branco/Nulo: 6,8%; Não sabe/Não opinou: 49,8%.

Adélia Prado declara amor ao mundo, apesar do sofrimento inerente à vida

Tribuna da Internet | “Eu quero uma licença de dormir, perdão pra descansar  horas a fio…'Paulo Peres
Poemas & Canções

A professora, escritora e poeta mineira Adélia Luzia Prado de Freitas , no poema “O Tesouro Escondido”, afirma seu amor ao mundo e à natureza, apesar do sofrimento inerente à vida.

O TESOURO ESCONDIDO
Adélia Prado

Tanto mais perto quanto mais remoto,
o tempo burla as ciências.
Quantos milhões de anos tem o fóssil?
A mesma idade do meu sofrimento.
O amor se ri de vanglórias,
de homens insones nas calculadoras.
O inimigo invisível se atavia,
pra que eu não diga o que me faz eterna:
te amo, ó mundo, desde quando
irrebelados os querubins assistiam.
De pensamentos aos quais nada se segue,
a salvação vem de dizer: adoro-Vos,
com os joelhos em terra, adoro-Vos,
ó grão de mostarda aurífera,
coração diminuto na entranha dos minerais.
Em lama, excremento e secreção suspeitosa,
adoro-Vos, amo-Vos sobre todas as coisas.

Marketing não resolve inflação, dengue, má gestão nem base aliada

Arquivos marketing - Mindflow - Divulgando a Divulgação Científica

Charge do Cazo (Blogo do AFTM)

Eliane Cantanhêde
Estadão

Demorou, mas aconteceu o que Brasília inteira previa: o petista gaúcho Paulo Pimenta sai e o baiano Sidônio Palmeira entra na Secretaria de Comunicação da Presidência, com “carta branca” para montar a própria equipe e dar ordem de comando para que ministros e altos funcionários defendam o presidente Lula, o governo e eles próprios de ataques e fake news.

Daqui pra frente, tudo será diferente? Bem… marketing não faz milagre.

DIZEM OS NÚMEROS – Nenhum gênio da comunicação e do marketing tem poderes extraordinários para esconder, ou de preferência apagar, dados objetivos e oficiais.

Dois exemplos fresquinhos, de 2024: a inflação fechou em 4,83%, muito acima do centro da meta, 3%, e até do teto, 4,5%, e as mortes por dengue dispararam para 6.041, 400% a mais do que no ano anterior e ultrapassando a soma de 2015 a 2023.

Economia e Saúde são áreas críticas em qualquer país, para qualquer governo e não dá para jogar os números e a realidade debaixo do tapete.

ALTA DE PREÇOS – Além de pressionar juros e ameaçar os bons índices de crescimento que o Brasil vem atingindo no terceiro mandato de Lula, a inflação, sobretudo de alimentos, é um dos fatores econômicos que mais impactam a política e a popularidade dos governantes. Foi decisiva, por exemplo, para a derrota dos democratas para Donald Trump nos EUA.

O que falar da Saúde, que foi trágica no governo Bolsonaro e poderia ter gerado uma comparação nitidamente favorável para Lula? Não se viu nem ouviu nenhuma ação direta ou manifestação de Lula diante da dengue, que atingiu mais de seis milhões de brasileiros, nem se vê ou ouve um grande programa ou um grande sucesso do Ministério da Saúde.

Ao contrário, há registros de falta de vacinas, especialmente para crianças, contra catapora, Covid, meningite, hepatite…

CARTA BRANCA – As primeiras providências de Sidônio, engenheiro civil que se converteu ao marketing político, foram botar Fernando Haddad e o próprio Lula para desarmar as fake news contra mudanças no Pix e trocar a equipe de Pimenta, inclusive a responsável pelas redes sociais, amigona de Janja. Um teste e tanto para a tal carta branca.

E ele já assume com a Meta (Instagram, Facebook e WhatsApp) gerando um deus-nos-acuda e deixando rolar interesses políticos, religiosos, conservadores e financeiros nas redes.

É um desafio para o mundo democrático e o Brasil. Não dá para combater bomba atômica com armas convencionais, nem mísseis digitais com munição analógica. Sidônio sabe muito bem.

MÁ SITUAÇÃO – Lula chega a 2025 com aliança de Trump e big techs para agitar a extrema direita internacional, o que tem reflexos no Brasil.

E mais: falta de marca, críticas na gestão e na economia, Congresso guloso e arisco, popularidade claudicando, a candidatura à reeleição incerta e Haddad, o “plano B”, cercado por todos os lados.

Sidônio vem a calhar, mas não é salvador da lavoura nem da Pátria.

Piada do Ano! Petistas querem lançar Dirceu para presidir o partido

O ex-ministro José Dirceu

Com novo implante e nova plástica, Dirceu está tinindo

Mônica Bergamo
Folha

Lideranças do PT e de movimentos sindicais começam a se movimentar para lançar o nome de José Dirceu à presidência do PT. Na análise delas, o ex-ministro seria o único nome com estofo para defender a legenda nos dois anos que faltam para as eleições presidenciais, de governadores e de deputados e senadores, consideradas desafiadoras.

De acordo com um parlamentar do partido, uma eventual candidatura de Dirceu correria como rastilho de pólvora, e seria apoiada pela ampla maioria da legenda.

DIRCEU E GLEISI – De acordo com o mesmo deputado, há duas pessoas que são adoradas pelos militantes da legenda: o ex-ministro e Gleisi Hoffmann, que deixa o comando do partido em julho de 2025. A renovação da direção do partido nas esferas municipal, estadual e federal será feita por eleição direta.

Sindicalistas já procuraram o ex-ministro para falar sobre o assunto, e volta e meia, depois de discursar em eventos partidários, ele é abordado sobre uma possível candidatura.

O ex-ministro, no entanto, repete que vai fazer 80 anos e não quer “de jeito nenhum” presidir a legenda, já que fez isso “a vida inteira” em décadas passadas. Entre 1995 e 2003, ele comandava o partido, sendo considerado o principal artífice da primeira eleição de Lula para presidente, em 2002.

E EDINHO? – O nome de Dirceu também enfrentaria resistência em setores ligados ao governo. E o ex-ministro já tem candidato para o cargo: o prefeito de Araraquara (SP), Edinho Silva —que tem também o aval de Lula.

Em dezembro, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) encerrou todos os processos contra o petista, após o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes ter anulado suas condenações.

Depois da decisão de Gilmar, os demais tribunais ficaram com a responsabilidade de analisar se os casos ainda poderiam ser reiniciados na Justiça. Foram julgados três processos que envolvem o ex-ministro-chefe da Casa Civil do primeiro mandato de Lula, todos sob a relatoria da ministra Daniela Teixeira.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
Faz sentido essa movimentação a favor de Dirceu. Se o PT pode ter na Presidência da República um corrupto tríplice coroado como Lula da Silva, condenado em três instâncias, sempre por unanimidade, por que o partido não pode ser presidido por José Dirceu, também tríplice coroado? Faz sentido. (C.N.)

A população do Rio e do Brasil não aguenta mais tanta violência e medo

Trump escapou sem receber pena, mas Bolsonaro não conseguirá escapar

Bolsonaro mostra confiança de que estará na posse de Trump

Bolsonaro mantém um bom relacionamento com Trump

Wálter Maierovitch
do UOL

Donald Trump, por ter sido eleito presidente, recebeu uma colher de chá. Passaram o pano antes da dosagem (individualização), numa pena que poderia ter chegado a quatro anos. Ele foi sentenciado pelo caso dos pagamentos à atriz pornô Stormy Daniels e entra para a história como o primeiro chefe de Estado condenado a assumir o poder nos EUA.

Jair Bolsonaro, pelo risco de fuga, deverá ter indeferido, mais uma vez, pelo STF a restituição de seu passaporte, documento necessário para sair do país, após ele divulgar que foi convidado para a posse de Trump. Com isso, aparecer, como papagaio de pirata, ao lado de figurões internacionais, representantes da direita não democrática e a daquela radical, de matriz fascista.

ANISTIA DO VOTO – Pela cabeça americana, nada mais justo aconteceu com Trump. Os cidadãos votantes, que sabiam da sua condenação por júri estadual no caso da compra do silêncio da atriz, cassaram a condenação e deram-lhe um mandato presidencial, ganho com folga contra a democrata Kamala Harris.

No sistema jurídico da common law, a decisão de reconhecer o crime e suspender incondicionalmente a execução da pena não surpreende em nada.

Na plea-bargaining pode-se apagar tudo, como se não tivesse acontecido nada. No Brasil, até quatro anos daria regime prisional aberto.

Trump, sem precisar cumprir pena por ser presidente eleito, estabelece o precedente jurisprudencial — valerá para um próximo presidente em igual situação.

NÃO HOUVE PENA – Como nenhum presidente americano pode ter mais do que dois mandatos, simultâneos ou não, Trump não poderá, no futuro, beneficiar-se do próprio precedente. Enfim, Trump ficou com condenação, mas sem nenhuma pena. Como se diz no popular, ficou incensurável.

No Brasil, durante todo o seu mandato presidencial, Jair Bolsonaro se preocupou com um plano golpista para permanecer no poder.

Cansou de imitar Trump, sem a mesma competência. Em todo 7 de setembro, querendo se apropriar da data, tornava explícita a intenção de passar por cima da Constituição, acabar com o Estado de Direito e se perpetuar no poder.

CRIMES GRAVES – A invasão e destruição das sedes dos Três Poderes, no 8 de janeiro, foi outra imitação. Na verdade, o 8 de janeiro foi o Capitólio de Bolsonaro.

Em breve —e não vai passar de fevereiro próximo—, Bolsonaro deverá ser processado criminalmente por crimes graves. Dentre eles, golpe de Estado e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito.

Desde quando teve negado o primeiro pedido de devolução do passaporte, a sua situação só se agravou. Pode-se presumir, com indicativos consistentes, a fuga de Bolsonaro, para evitar ir para a cadeia em regime fechado.

Com a fuga, uma vez exilado, poderá ter um palanque golpista e desestabilizador fora do Brasil.

OUTRAS FUGAS – Bolsonaro já fugiu uma vez para Miami. Um ano depois, passou três dias na embaixada da Hungria, do autocrata e amigo Viktor Orbán, e está à véspera de ser denunciado criminalmente e processado.

Além disso, o seu homem forte do golpismo, general Braga Netto, está preso. E existe a delação do seu “pau-mandado”, o ajudante golpista tenente-coronel Mauro Cid.

Como Bolsonaro não adota o princípio ético militar de “não abandone o companheiro ferido numa batalha”, existe, entre os militares do time golpista abandonados e jogados ao mar por Bolsonaro, uma forte inclinação de colaboração com a Justiça —juridicamente, uma busca do direito premial pela delação, mas, acima de tudo, transmitir um ato de arrependimento, de contrição por amor à pátria.

SEM O PODER – Trump não é fujão. Não entrega aliados. É poderoso economicamente e chegará ao poder real no dia 20. Goza de amplo apoio popular, esperteza, desonestidade e falta de escrúpulos.

Já Bolsonaro não tem mais o poder, o mandato presidencial. É fujão e covarde ao entregar aliados. Não é poderoso economicamente, apenas um peculatário de joias da União. Não goza de apoio popular majoritário.

No fundo, só é desonesto, golpista e populista como Trump.

Liberdade de expressão é muito falada, porém pouco conhecida

Cartunistas de Sorocaba e região comentam sobre atentado ao jornal de humor em Paris - 09/01/15 - CULTURA - Jornal Cruzeiro do Sul

Charge do Glauco Góes (Arquivo Goggle)

Carlos Newton

Entrou na moda, no Brasil e no mundo, a liberdade de expressão. É impressionante como esse conceito é levantado, usado e julgado levianamente. Por causa da liberdade de expressão, as redes sociais estão em pé de guerra em todos os países que desfrutam de um mínimo de democracia, porque nas ditaduras existentes em 49 nações a maioria dos habitantes nem sabem do que se trata,

O fato é que as discussões aumentam e atingem frontalmente o governo de Donald Trump, que ainda nem tomou posse nos Estados Unidos. E a liberdade de expressão foi o prato do dia nos encontros do presidente americano nos jantares que ofereceu separadamente nas últimas semanas a três dos maiores ricaços do planeta – Elon Musk, Bill Gates e Mark Zuckerberg.

O QUE É ISSO? – A confusão é geral, até porque a grande maioria dos cidadãos não sabe definir corretamente a liberdade de expressão e acredita que equivalha à inexistência de censura.

Basta lembrar que em novembro de 2022, quando o petista Lula da Silva já estava eleito, os três comandantes militares (general Freire Gomes, almirante Almir Garnier e brigadeiro Baptista Júnior) emitiram uma nota conjunta esclarecendo que continuavam permitindo acampamentos bolsonaristas nos quarteis para garantir “o legítimo exercício de liberdade de expressão e reunião”, assim como “os direitos individuais e coletivos”.

REAL SIGNIFICADO – Como até os comandantes militares não sabem o que significa liberdade de expressão, alguns formadores de opinião passaram a publicar definições.

O sociólogo Demétrio Magnoli explicou esta semana que “liberdade de expressão é, sempre, exclusivamente, o direito de quem diverge do governo – e isso pela simples e óbvia razão de que o livre discurso dos detentores do poder estatal jamais corre perigo”.

Perfeito. É bom também lembrar Ruy Barbosa. Para aprovar leis democráticas, que garantissem à oposição o direito de liberdade de expressão, imunidade parlamentar e alternância no poder, o genial jurista dizia que “a lei que protege meu inimigo é a lei que me protegerá”.

NADA MUDOU – Mais de 100 depois da morte de Ruy Barbosa, nada de novo no front ocidental. A liberdade de expressão continua a ser bloqueada por governantes e ansiada por oposicionistas.

Para desespero de Ruy Barbosa, a discussão reacionária está sendo provocada justamente pelo Brasil, que passou a ser conhecido mundialmente pela criação do “tribunal secreto”, que emite ordens de bloqueio de informações sem existência de queixa judicial pela suposta vítima, e assim exerce censura sem devido processo legal, sem direito de defesa e sem haver recurso. É triste, mas é verdade.

O mais inquietante é ver que essas aberrações jurídicas contam com apoio de importantes personalidades, inclusive o presidente Lula da Silva, que se considera o político mais honesto do país.

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P.S. –
Quando d. Marisa Letícia morreu, em 2017, ela e Lula já tinham um patrimônio “declarado” de 12 milhões, que acumularam fazendo política, porque nenhum dos dois nunca trabalhou desde que se casaram, em 1974, quando Lula era sindicalista e informante do regime militar. Aliás, o patrimônio na verdade era muito maior, porque os bens imóveis estavam declarados pelo valor da data de aquisição, não pelo valor real. Mas quem se interessa? (C.N.)

Dino dá 30 dias para governo e estados criarem regras sobre as emendas

Conjugando rigor técnico e tiradas políticas, Flávio Dino desponta como o rebatedor-geral da República | GZH

Dino despacha no domingo e enquadra de novo o governo

Márcio Falcão
g1 Brasília

O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu neste domingo (12) dar 30 dias para que o governo federal e os Estados publiquem regras para que Instituições de Ensino Superior e suas respectivas Fundações de Apoio prestem contas sobre o uso de emendas parlamentares.

A decisão ocorre na esteira da fiscalização feita pela Controladoria-Geral da União que apontou problemas de transparência em 26 organizações não governamentais (ONGs) que receberam recursos de emendas parlamentares.

REPASSE SUSPENSO – Após a auditoria, Dino suspendeu o repasse para 13 entidades do terceiro setor que não adotam mecanismos adequados de transparência ou não divulgam informações sobre a aplicação de verbas decorrentes de emendas parlamentares.

No despacho deste domingo, o ministro do STF determinou que o Ministério da Educação (MEC), a Controladoria-Geral da União (CGU) e a Advocacia Geral da União (AGU) providenciem a publicação de normas e orientações para que haja aplicação e prestação de contas adequadas quanto às emendas parlamentares federais, com transparência e rastreabilidade, pelas Instituições de Ensino Superior e suas respectivas Fundações de Apoio.

Segundo Dino, por simetria, os Estados também devem proceder da mesma maneira, com a finalidade de orientar a aplicação e prestação de contas das emendas parlamentares federais, pelas entidades de ensino.

FUNDAÇÕES – “Há relatos nos autos de que tais Fundações, por intermédio de contratações de ONGs sem critérios objetivos, têm servido como instrumentos para repasses de valores provenientes de emendas parlamentares”, escreveu o ministro.

Dino determinou na sexta-feira (3) a suspensão dos pagamentos destinados por emendas parlamentares para 13 organizações não governamentais que não cumprem critérios de transparência.

A decisão do ministro ocorre após a Controladoria-Geral da União (CGU) afirmar, em relatório, que metade das 26 entidades fiscalizadas não tem mecanismos adequados para acompanhamento da aplicação dos recursos.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
Vejam que Dino está trabalhando até nos fins de semana, como se estivesse em campanha para presidente, como o articulista José Perez tem observado, ao dizer que o ministro sonha em voltar à política. (C.N.)

“Brasil não pode se omitir”, diz Helder Barbalho sobre a nova posse de Maduro

O governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), cobrou uma postura mais  incisiva do governo brasileiro em relação à Venezuela, e disse que  defensores da democracia devem “abominar a ditadura de Maduro”. AJunio Silva
Metrópoles

O governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), cobrou uma postura mais incisiva do governo brasileiro em relação à Venezuela, e disse que defensores da democracia devem “abominar a ditadura de Maduro”. A declaração do político aconteceu na sexta-feira (10/1), o mesmo dia em que ocorreu a posse presidencial venezuelana.

“Quem defende a democracia tem de abominar a ditadura de Maduro e condenar a opressão do regime”, escreveu Barbalho em uma publicação no X. “Não podemos fazer condenações seletivas a golpistas. O Brasil não pode se omitir: fora Maduro!”.

REPRESENTANTES DO PT – Apesar do pedido de Barbalho, que é da base aliada do presidente Lula da Silva,RPRE e das críticas internacionais quanto a legitimidade da vitória de Maduro, o Brasil participou do evento que carimbou o herdeiro político de Hugo Chávez com um terceiro mandato presidencial.

O governo brasileiro foi representado pela embaixadora do Brasil em Caracas, Gilvânia Maria de Oliveira. Após meses de tensões diplomáticas, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decidiu não participar do evento, mas seu partido enviou quatro representantes.

Lula segue mandamento de fabricar inimigos, como Musk  e Zuckerberg

Billionaires Trump, Zuckerberg, and Musk join forces to crush America's  enduring decency

Vamos ver como Lula se comporta em relação a Trump

J.R. Guzzo
Estadão

Se há uma coisa no mundo político brasileiro que não muda é o Primeiro Mandamento da teologia básica de Lula: “Crie um inimigo”. Nunca, em seus 40 anos de carreira política, o presidente vacilou no cumprimento deste preceito-raiz. Fora FHC. Fora Temer. Fora STF, quando estava indo para o xadrez. Fora 300 picaretas do Congresso. Seu último inimigo de vida ou morte foi o presidente do Banco Central, que acaba de deixar o cargo.

Os lobisomens do momento são Elon Musk e Mark Zuckerberg, na pessoa física, e o fascismo mundial pelo qual ambos seriam responsáveis, na jurídica.

O crime fundamental de que Musk e Zuckerberg são acusados é deixar que os usuários do X e da Meta, incluindo aí o Facebook, o Instagram e o Whats App, falem o que quiserem nas suas redes sociais, e ouçam tudo que sair ali, sem passar por filtros prévios de verificação sobre o que está sendo falado e ouvido.

MOTIVO DE LULA – O problema real para o regime Lula-PT-STF não está, como dizem, nas mentiras, notícias falsas e outras taras que, inevitavelmente, prosperam num ambiente em que todos podem falar tudo durante o tempo todo. Está na pancadaria maciça que levam ali.

 isso, e só isso, que realmente interessa para Lula e o seu sistema de apoio nessa questão toda: proibir que os brasileiros digam na internet o que o regime não quer que seja dito.

Para conseguir o que pretendem criam um novo inimigo, como Lula sempre faz – e jogam nesse inimigo, a culpa por aquilo que eles mesmos querem fazer. Acusam as redes, então, de agredirem a liberdade de expressão promovendo o excesso de liberdade de expressão. Isso é fascismo, dizem.

META IMPOSSÍVEL – Passa pela cabeça de alguém, a sério, que Lula e a extrema esquerda sejam a favor da livre manifestação de pensamento? As redes sociais podem ser o diabo, mas de uma coisa ninguém precisa duvidar: nenhum regime de esquerda, jamais, permitiu a liberdade de expressão.

Não vão começar agora, com Lula, Flávio Dino e mais do mesmo. Da mesma forma, fazer uma cirurgia plástica na palavra “fascismo” não muda o seu significado real.

Fascismo não é um insulto para amaldiçoar o adversário político, como faz a esquerda, mas sim o que sempre foi: a tirania do Estado, que decide tudo, e a anulação do indivíduo, que só tem o direito de fazer o que o governo manda.

O QUE FAZEM – Não é o que os governos dizem, mas sim o que fazem. Lula e o PT, nessas condições, talvez devessem tomar mais cuidado quando acusam Deus e todo mundo de fascismo.

Um governo que contrata advogados no exterior para perseguir exilados, coisa que nem a ditadura militar quis fazer, ou quer tornar oficial a mentira segundo a qual Dilma Rousseff sofreu um “golpe de Estado”, não pode acusar ninguém de nada.

Falta punir a tentativa de golpe, enquanto a democracia está pegando fogo

Gilmar Fraga / Agencia RBS

Charge do Gilmar Fraga (Gaúcha/Zero Hora)

Conrado Hübner Mendes
Folha

Envelheceram mal as apostas de profetas da democracia risco-zero. Desde 2018, esse grupo de missionários tenta acalmar a cidadania brasileira sobre riscos à democracia, entendida como máquina de contagem de votos independente de qualquer outro atributo que dê a esses votos um lastro genuíno de autogoverno coletivo e liberdade pública.

Desde avaliação da personalidade de Bolsonaro, tarefa que a ciência política nunca autorizou politólogo a fazer em nome dela, ou da afirmação de que “democracia modera”, conclusão a que a história política nunca permitiu chegar em nome dela, ou da sacada de que Moro seria um “dique” ao presidente, até a máxima da catatonia analítica “instituições estão funcionando”, foram muitas tentativas de apaziguar o “alarmismo”.

AGORA, CARICATAS – Sempre equivocadas, o tempo as transformou em caricatas. De golpistas na Presidência à tentativa de golpe e plano de assassinato, os alertas de risco não eram tão extravagantes e clarividentes assim.

A psicanálise foi mais realista e arguta. O psicanalista Luiz Meyer, na Folha de junho de 2020 (“Por que haverá golpe”), antecipava tentativa de golpe não como dúvida de cientista político mergulhado em planilha de dados, mas como determinação psíquica inexorável.

Não tratava do golpe como hipótese, nem tinha a ambição sabichona de cálculo de riscos. Quis apenas explicar por que o ímpeto golpista não era brincadeira.

ALERTA SIMBÓLICO – O dia 8 de janeiro de 2023 serve como alerta simbólico sobre muitas coisas. Primeiro, a fragilidade constitutiva do regime democrático. Mesmo que se possa explicar por que algumas democracias são mais estáveis e longevas que outras, não temos ferramentas tão potentes para determinar riscos com precisão. Porque, em grande medida, são intangíveis.

Segundo, aprendemos outra vez as consequências de se tratar a delinquência militar brasileira pela via da covardia e da leniência. Terceiro, demonstra o poder de corrosão cívica da indústria de desinformação, elevado a patamar desconhecido por tecnologia capaz de individualizar perfis e customizar a manipulação. E tem gente que acha que uma rede gerida por algoritmo determinado por plutocrata equivale a praça pública. E que esse poder corporativo tecnológico agradaria a Adam Smith e Stuart Mill.

Quarto, a imensa confusão sobre o conceito de liberdade de expressão, transformada vulgarmente em arma pré-civil de ataque às precondições sociais da liberdade.

ERRO VERGONHOSO – O 8 de janeiro simboliza, finalmente, que o STF tem responsabilidade e oportunidade de corrigir um dos erros constitucionais mais vergonhosos de sua história: o entendimento de que a Lei de Anistia o impede de julgar crimes contra a humanidade. Desde 2011, ação sobre o tema dormita na gaveta de Dias Toffoli (ADPF 153).

Flávio Dino começou a enfrentar essa dívida: decidiu que desaparecimento de corpo é crime permanente.

Nota do Brasil sobre a Venezuela é ridícula e mostra impotência e cinismo

Impasse eleitoral na Venezuela expõe fragilidade das instituições globais e  regionais para garantir democracia e direitos humanos

A ditadura se eterniza e os protestos nas ruas aumentam

Mario Sabino
Metrópoles

A posição do governo Lula em relação à ditadura de Nicolás Maduro na Venezuela oscila entre a impotência e o cinismo. Na nota do Itamaraty divulgada sábado, os dois sentimentos se misturaram. Uma proeza.

No comunicado, escrito na esteira da posse farsesca do ditador como presidente eleito, que contou com a presença da embaixadora brasileira e foi carimbada pela detenção da líder oposicionista que protestava nas ruas de Caracas, diz-se que “o governo do Brasil deplora os recentes episódios de prisões, de ameaças e de perseguição a opositores políticos”.

GESTOS DE DISTENSÃO – Antes, porém, afirma-se reconhecer “gestos de distensão do governo Maduro — como a liberação de 1.500 detidos nos últimos meses e a reabertura do Escritório do Alto Comissário de Direitos Humanos das Nações Unidas em Caracas”.

Por fim, “o Brasil exorta, ainda, as forças políticas venezuelanas ao diálogo e à busca de entendimento mútuo, com base no respeito aos direitos humanos com vistas a dirimir as controvérsias internas”.

“Dirimir controvérsias internas” é resultado da química da impotência com o cinismo — aliás, o mesmo cinismo que iguala forte e fraco, opressor e oprimido, no caso da agressão da Rússia contra a Ucrânia.

CUMPLICIDADE – De um lado, tem-se um ditador que não apareceu ontem, mas que está no poder há 12 anos, depois de suceder o déspota original do bolivarianismo, Hugo Chávez. Ambos contaram com a cumplicidade de Lula, do PT e do resto da esquerda autoritária latino-americana para manter-se no poder.

Nicolás Maduro roubou descaradamente uma eleição presidencial que jurou que seria limpa, traindo o próprio povo, que o rejeitou nas urnas, e ludibriando a comunidade internacional, que lhe deu um voto de confiança — Lula, inclusive, que passou a achar de bom tom que o amigão fosse eleito democraticamente.

O companheiro venezuelano roubou para continuar esmagando com mão de ferro o país depauperado por um regime sanguinário, sustentado por sicários outrora conhecidos como forças armadas venezuelanas.

OPOSIÇÃO – Do outro lado, há uma oposição que teve a sua líder principal, María Corina Machado, impedida de concorrer pela Justiça fantoche de Nicolás Maduro, mas cujo candidato substituto, Edmundo González, conseguiu vencer por ampla margem na escolha popular.

Hoje, ameaçado de prisão, ele se encontra exilado na Espanha, apesar de ser reconhecido como presidente eleito pelas grandes democracias ocidentais.

O governo Lula alega, papagaiado pela imprensa ingênua, que é preciso ter uma posição responsável em relação ao vizinho com o qual divide fronteiras extensas, transpostas por uma massa de esfomeados que fogem para o Brasil. Mas não há responsabilidade nenhuma em compactuar envergonhadamente, se é que há vergonha nisso, com a gigantesca fraude perpetrada por Nicolás Maduro. Pelo contrário, é uma irresponsabilidade que só fortalece o ditador e, assim, não coloca horizonte visível de liberdade para os venezuelanos extenuados pela voracidade da malta que governa o país.

MAIS HIPOCRISIA – Insistir, a esta altura, para que Nicolás Maduro apresente atas eleitorais idôneas que comprovem a sua vitória nas urnas é fazer vista grossa, fingindo que não se faz. Ou seja, uma hipocrisia. É impossível se obter o que não existe.

As cópias das atas eleitorais que comprovam a vitória de Edmundo González foram entregues ao Panamá, na semana passada, onde estão guardadas no banco central do país. Tratá-las como “supostas” é uma velhacaria. Os observadores internacionais idôneos da eleição presidencial venezuelana, aqueles que superaram todas as dificuldades impostas por Nicolás Maduro, como a Fundação Carter, são unânimes em dizer que a oposição venceu, sem margem de dúvida.

Em relação à Venezuela, o governo Lula mistura tanta impotência e cinismo, que chega a ser ridículo.

Há marcas de oportunismo político na atuação de Zuckerberg, da Meta

Mark Zuckerberg 'struck deal with Donald Trump to avoid regulations' on  Facebook

Ilustração reproduzida do Arquivo Google

Hélio Schwartsman
Folha

Nunca foi a coragem política que caracterizou o comportamento do empresariado como classe social. Se você é dono de um negócio que pode prosperar ou naufragar de acordo com decisões tomadas por reguladores, é natural que você evite indispor-se com as autoridades que controlam esses reguladores. Não é bonito nem virtuoso, mas não é algo que deva causar surpresa a ninguém.

Mark Zuckerberg, da Meta, não fugiu à lei do oportunismo ao anunciar, às vésperas da posse de Donald Trump, mudanças no sistema de checagem de fatos de suas redes sociais que agradam ao futuro presidente dos EUA. E não se trata de um fato isolado.

CONSELHO DA META – Zuckerberg também acaba de colocar Dana White, um notório trumpista sem qualidades conhecidas para atuar no mundo da alta tecnologia, no conselho da Meta.

Até pelas motivações de Zuckerberg, penso que as mudanças vão na prática piorar o ambiente virtual. É claro que seria desejável evitar a circulação de alguns tipos de inverdade, mas desconfio um pouco do discurso que atribui a maior parte dos males políticos e sociais que experimentamos hoje às redes sociais.

Acho que as coisas feias que vemos nelas são mais sintoma do que causa de nossos problemas.

TRIBUNAIS SECRETOS – No que diz respeito aos chamados tribunais secretos, acredito que é Glenn Greenwald quem mais se aproxima da verdade. O termo “tribunais secretos” talvez não seja a melhor descrição, mas me parece que Alexandre de Moraes e o STF extrapolaram ao determinar não apenas a desplataformização (não é exatamente censura, mas lembra) prévia de alguns indivíduos, mas principalmente ao exigir que as empresas obrigadas a excluir posts dessas pessoas mantivessem a ordem da corte sob sigilo.

Como cidadão brasileiro residente no Brasil, preciso cumprir as determinações do Judiciário. O mesmo vale para empresas que tenham representação no país.

Mas, se o STF me obriga a agir de uma forma que não me é natural ou com a qual não concordo, não pode me impedir, nem moral nem constitucionalmente, de dizer que eu faço isso por determinação judicial e não por livre vontade.

Affonso Romano encontra poeticamente a igualdade que existe nos casais

Paulo Peres
Poemas & Canções

O jornalista e poeta mineiro Affonso Romano de Sant’Anna mostra nesse instigante poema  a igualdade existente em todos os casais.

BALADA DOS CASAIS
Affonso Romano de Sant’Anna

Os casais são tão iguais,
por isto se casam
e anunciam nos jornais.

Os casais são tão iguais,
por isto se beijam
fazem filhos, se separam
prometendo
não se casarem jamais.

Os casais são tão iguais,
que além de trocar fraldas,
tirar fotos, acabam se tornando
avós e pais.

Os casais são tão iguais,
que se amam e se insultam
e se matam na realidade
e nos filmes policiais.

Os casais são tão iguais,
que embora jurem um ao outro
amor eterno
sempre querem mais.