Pedro do Coutto
A situação eleitoral na Venezuela permanece complicada, já que a proposta brasileira de realizar uma nova eleição foi rejeitada tanto pelo regime de Nicolás Maduro quanto pela oposição liderada por María Corina Machado. Ambos os lados se opõem à realização de um novo pleito, como sugerido por Celso Amorim, assessor para assuntos internacionais do Planalto, ao presidente Lula.
A proposta funcionaria como uma espécie de segundo turno, algo que não está previsto na Constituição venezuelana. Seria uma alternativa para resolver o impasse gerado desde as eleições de 28 de junho, nas quais tanto o governo quanto a oposição declararam vitória. Controlado pelo regime, o Conselho Nacional Eleitoral anunciou a vitória de Maduro, mas apenas com números totais, sem fornecer as atas eleitorais.
VITÓRIA – A oposição afirma ter 80% dos boletins e que venceu com 67% dos votos. Organizações internacionais como a ONU, a OEA e o Centro Carter denunciaram a falta de transparência nas eleições e pediram, sem sucesso, que o governo venezuelano apresentasse as atas.
Os Estados Unidos já reconheceram a vitória do opositor Edmundo González Urrutia. Atuando como mediadores, Brasil, Colômbia e México também defenderam, em comunicado, que a Venezuela apresente “os dados desagregados por mesa de votação”.
Dezoito dias após o pleito, as tentativas de negociação não avançaram. O regime se radicalizou, descartando o diálogo, intensificando a perseguição a opositores e ativistas de direitos humanos, cancelando passaportes de cidadãos e suspendendo o uso de redes sociais.
VANTAGEM – Desde o início, Maduro se opôs à realização de novas eleições, pois isso significaria admitir publicamente que foi derrotado por González Urrutia. Mesmo que aceitasse um novo pleito, ele estaria novamente em posição vantajosa, com toda a máquina estatal a seu favor.
María Corina Machado, líder da oposição, também rejeitou a ideia de repetir as eleições, em entrevista ao jornal “El País”, publicada no último domingo: “Por favor, quem em sã consciência pode pensar em realizar outra eleição? Já houve uma, nos termos do regime, com uma campanha completamente desigual.”
Um relatório divulgado por especialistas da ONU detalhou a desproporção do governo no processo eleitoral e afirmou que as atas apresentadas pela oposição são seguras. “Anunciar o resultado de uma eleição sem publicar seus detalhes ou divulgar os resultados tabulados aos candidatos não tem precedentes nas eleições democráticas contemporâneas”, afirmou o comitê em seu relatório.
PROPOSTA – Na Assembleia Nacional, já está em andamento uma proposta de reforma na lei eleitoral que suspenderia a participação de observadores internacionais em futuras eleições. Ou seja, caso essa proposta seja aprovada, qualquer outro processo eleitoral na Venezuela careceria de legitimidade e seria visto com desconfiança.
Como esperado, o regime desqualificou o relatório da ONU nos mesmos termos com que atacou o Centro Carter — chamando-o de “um lixo”, segundo as palavras do presidente do Parlamento, Jorge Rodríguez. A questão, ao que tudo indica, ainda está longe de ser resolvida.
Mas, de quem é o “plano” que se sobrepõe aos salutares desejos e objetivos de povos e pátrias!
Resta-nos expor suas ladras e criminosas digitais e inabilitár seus coadjuvantes prepostos!
Se não pedirem pra ir na casinha, para não voltar, componentes pressionados do Supremo Venezuelano, restarão khgando nas calças, com a corda no pescoço.
https://www.cartacapital.com.br/mundo/supremo-da-venezuela-diz-que-decisoes-sobre-presidenciais-serao-inapelaveis/
Alguém terá coragem para expor-se rebeldemente, diante de um provável “mal súbito”?
Fora de tópico:
o maior comunicador da TV brasileira em todos os tempos morreu hoje. Mesmo os críticos reconheciam seus méritos.
Senor Abravanel (Silvio) * 1930 RJ + 2024 SP
Rio de Janeiro
Renato Duque, ex-diretor da Petrobras que estava foragido, é preso em Volta Redonda
Condenado por corrupção e lavagem de dinheiro, Renato Duque estava foragido.
Entretanto será anistiado, como todo ladrão, seja numa diretoria ou na presidência da república. Qualquer “adevogadozinho” de merda e que leva vantagens pela cor sustentará tal “anistia”.
https://odia.ig.com.br/rio-de-janeiro/2024/08/6901624-ex-diretor-de-servicos-da-petrobras-e-preso-em-volta-redonda.html
OFF TOPIC:
Sem querer ser cri-cri, por que os comentários do artigo acima, de autoria do aliado do ministro PCC, Roberto Nascimento, estão desativados?
Não sei dizer, deve ser algum grilo,
Abs,
CN
Somente nos regimes ditatoriais, o cidadão é censurado por delitos de opinião.
Terei o maior prazer, João Grillo, de ler suas críticas. Numa você já acertou e lhe dou meus parabéns. Tenho a maior admiração pelo trabalho do ministro Alexandre de Morais.
Flávio Dino, o mais novo ministro, tem o notável saber jurídico e ilibada reputação. Dino fata historia no STF. Vejo Flávio Dino, no mesmo patamar do jurista e acadêmico da ABL, o imortal, Evandro Lins e Silva.
Caro Roberto Nascimento, não dá bola para esses grilados.
Ok, então peça ao CN para liberar os comentários do seu artigo. Apesar do editor (CN) ter postado por lá, os comentários continuam fechados (“Coments are closed”).
Ah … não compare o representante do CV (comando vemelho) no STF, o criminoso Bandino, com antigos ministros que nunca se acumpliciaram com chefes do narcotráfico.
Interessante … o Pedro do Coutto analisa a fraude eleitoral venezuelana, mas se cala sobre a fraude eleitoral brasileira, em 2022, capitaneada pelo ministro PCC (Patife Completamente Calvo), através de perseguição, censura e prisão dos “bolsonaristas”; rejeição da impressão da contraprova do voto e ocultação do código fonte das urnas eletrònicas pelo STF. O escândalo do roubo da eleição está em todas as colunas, exceto na do decano do jornalismo brasileiro.
Senhor Grillo, quem perdeu a eleição de 2022, tentou fraudar o resultado da eleição.
Você esqueceu da operação da PRF, sob o comando do diretor Silvinei Vasques, parando os ônibus na estrada, com eleitores do candidato vencedor, alegando todo tipo de falsas irregularidades, para impedir os eleitores de votsr.
E o processo de fritura das Urnas Eletrônicas, que o elegeram por mais de trinta anos, seus filhos também e inclusive foi eleito presidente e empossado como pompa e circunstância.
Esqueceu disso tudo, Grilo?
Prezado Pedro do Couto, nem a oposição , liderada por Corina Machado, nem o ditador Nicolas Maduro, têm interesse em novas eleições.
De fato, Edmundo Gonzales foi o vencedor da eleição. Nicolas Maduro, o ditador da Venezuela, jamais vai admitir, que perdeu.
Portanto, a proposta do Brasil, soprada no ouvido de Lula, pelo assessor internacional, diplomata Celso Amorim, de novas eleições, tratou-se de um mico monumental, um tiro na água. Desagradou ao ditador Maduro, ao vencedor, Edmundo Gonzales, ao povo venezuelano, que votou em massa contra Maduro, que está com seu prazo de validade vencido a muito tempo. Maduro não dá mais, nem circo nem pão, deixando o povo da Venezuela na mão e infeliz.
Só quem se beneficia dos recursos da nação venezuelana, são os generais principalmente, almirantes, brigadeiros e coronéis, além das violentas milícias regiamente pagas pelo ditador.
Poucas vezes, pude contatar, tantos erros em política externa cometidos por Lula. A influência de Celso Amorim, tem sido nefasta para o presidente.
Hoje, o Ditador deu mais uma chinelada em Lula, ao discursar com endereço certo, afirmando que nas denúncias de fraude nas eleições de novembro de 2022, não exigiu do Brasil a recontagem de votos. Não poderia ser pior para Lula, essa chicotada de Maduro.
Depois dessa, só existe uma reação de Lula: Assinar a nota conjunta, realizada por 23 países, exigindo as Atas da Eleição e declarar Edmundo Gonzales como vencedor da eleição, como fez, o presidente dos EUA, Joe Biden.
Se Lula não quiser, partir para o confronto com o vizinho incômodo, só tem uma saída para evitar o desgaste externo e interno:
Deixar para o povo da Venezuela, a resolução de seus problemas internos, respeitando a autodeterminação dos povos.
Não tem mais nada, o que fazer. Lula sofre desgaste do regime venezuelano, da oposição venezuelana, da oposição brasileira e até dos eleitores, que votaram nele em 2022.
O que falta para Lula, entender essas evidências?
Meu neto sueco ( de Eskilstuna) veio me visitar agora em Julho/2024. Eles possuem uma das internets mais avançadas do mundo. Lá, eles votam no papelzinho. Só depois dos Fiscais conferirem a base dos dados é que eles são levados para os computadores.. Ele ficou surpreso com o sistema brasileiro.
O problema está em quem conta os votos.
Para mim também aparece a expressão “comments are closed” no texto postado por Roberto Nascimento.
Cidadãos têm me perguntado, sobre as diferenças entre Bolsonaro e Lula.
No Poder, Bolsonaro enfrentou Nicolas Maduro, apoiando o oposicionista Juan Guaido, que venceu as eleições legislativas, mas, Maduro cancelou o pleito, prendeu, arrebentou e lançou um Pacote a moda Geisel, nomeando parlamentares bolivarianos. Bolsonaro imediatamente, rompeu relações com Maduro.
Lula, ao contrário, tentou contemporizar e ainda disse, que a Venezuela vive uma Democracia, porque tem muita eleição.
Ora, Ditaduras convocam eleições, todas fraudadas e manipuladas para o ditador ganhar sempre.
Portanto, nem sempre, as eleições são parâmetros para denominar se há Democracia ou Ditadura.
Você deve sofrer de hipermetropia, enxerga o que acontece lá na Venezuela, mas é incapaz de ver o que ocorre aqui.
Ah … lá eles tem a contraprova do voto, algo que inexiste aqui. Foi o que permitiu à oposição documentar a gigantesca fraude eleitoral.