Pedro do Coutto
A cidade de São Paulo, que ontem completou 470 anos, será palco de um debate político nacional nas eleições para prefeito da capital. É a largada não só para a campanha deste ano, mas sobretudo uma prévia das tendências polarizadas no que se refere às eleições presidenciais de 2026. É sempre assim, uma vez que a maior metrópole do país possui uma importância essencial no quadro político brasileiro, conforme já ocorreu em outros momentos.
O quadro político para a disputa municipal deste ano apresenta capacidade de produzir novamente reflexos não só na sucessão presidencial, mas no quadro político geral. O tamanho da população, a importância de sua economia na indústria, comércio e serviços, palco de grandes manifestações de massas, a projeção de figuras políticas, o maior orçamento de uma prefeitura no Brasil, entre outros motivos, dão às eleições do município uma visibilidade nacional.
ESPERANÇA – Em 2022, Lula ganhou na cidade. Foram 53,54%, contra 46,46%. A vitória reacendeu a esperança de reconquistar a prefeitura pelo campo democrático-popular. O PT não terá candidato na cidade. Pela primeira vez desde a redemocratização, o maior partido dos últimos 40 anos da esquerda na cidade não terá candidato ao Executivo municipal.
A decisão se deve ao compromisso estabelecido em 2022 e ao desempenho de Guilherme Boulos quando foi para o segundo turno nas eleições municipais, e na eleição para deputado federal quando obteve mais de um milhão de votos, legitimando a candidatura unificada dentro do campo progressista.
Jair Bolsonaro, que reagiu às primeiras declarações de Valdemar Costa Neto sobre o presidente Lula da Silva, agora volta-se ao apoio a Ricardo Nunes para tentar evitar uma vitória de Boulos. Ele está influindo na campanha eleitoral que se aproxima na medida em que decidiu apoiar o atual prefeito da capital paulista.
CENÁRIO ELEITORAL – O governador de São Paulo, Tarcisio de Freitas, afirmou nesta semana que o ex-presidente “está entendendo bastante o cenário eleitoral, as várias possibilidades”. Por isso entende que estará junto também e vai apoiar Ricardo Nunes, afirmou Tarcísio, que disse que o ex-chefe do Executivo “sempre teve apreço” por Nunes.
No fundo da questão, o entendimento de Bolsonaro tem outra motivação. Ele havia deixado no ar a possibilidade de lançar a candidatura do seu ex-ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles. Porém, tal atitude dividiria os bolsonaristas na capital paulista. Portanto, as correntes da direita sentiram que, com mais de um candidato das correntes que se opõem a Lula, garantiria-se por tabela a vitória antecipada de Boulos. Agora, todos os caminhos do bolsonarismo apontam para Ricardo Nunes. São coisas da política, capazes de mudar de rumo a qualquer momento.
garantiria-se por tabela, não: mesóclise necessária.
O eleitor, é uma caixa de surpresas, mestre Pedro do Couto. Portanto, todas as cartas ainda não estão na mesa.
Remeto a candidatura de Tábata Amaral, lançada ontem na capital paulista, com pompa e circunstância. Em meio a polarização acirrada, trazendo para São Paulo, o cenário da política nacional, um terceiro nome pode surpreender.
A cidade foi muito destruída, pelas fortes chuvas de verão, neste mês. A empresa de distribuição de energia elétrica a ENEL, demorou a restabelecer o fornecimento. O consumidor tende a colocar a culpa no prefeito da cidade, o candidato do MDB, Ricardo Nunes, que herdou o mandato do saudoso Bruno Covas, que era filiado do PSDB.
Lula apoia Boulos, Bolsonaro está com Ricardo Nunes, logo abandonado seu fiel escudeiro e ministro do Meio Ambiente Ricardo do Sales. Se assim o fez, a lógica indica, que percebeu a falta de capilaridade eleitoral do homem do ” vamos passar a boiada do desmatamento, enquanto o povo se preocupa com a Pandemia”, uma frase desastrosa, dita na famosa reunião ministerial, de abril de 2020, no Palácio do Planalto.
O vice Geraldo Alkimin, do PSB, patrocina a candidatura de Tábata Amaral. Vejo na candidatura de Tábata, um ponto contra, trata-se de um perdedor, que estava ao lado dela ontem, falo de Márcio França. O tesoureiro do PSB, praticamente destruiu a candidatura ao Senado, Alexandro Molon, pelo Rio de Janeiro. Ele mesmo, França entregou o Senado para o inexpressivo “astronauta”, Pontes, um zero a esquerda da política, que conquistou a única vaga ao Senado em 2022, por São Paulo disputando com França. Tábata deve ouvir mais o vice Alkimin e deixar França (gol contra) de lado.
1) Torço pela Tabata e o Datena, Vice. Acho que ela merece e a cidade de SP também.
2) A meu ver, os eleitores vão se cansar da polarização e vão escolher a Terceira Via… com Tabata… e Alckmin …
Muito aprendo com os comentários dos colegas; as vezes não leio todo o artigo e já vou para os comentários.
Obrigado a todos.
PS: Peço que todos prestem bastante atenção nos protestos do agronegócio francês.
Vejam bem. Eles querem aumentos de subsídios e flexibilização nas regras ambientais entre outras coisas e aumentos nos impostos de importação.
Isto é protecionismo ou não???!!!
Não precisam fazer o mesmo com a indústria pois a mesma está “madura” e bastante automatizada.
Aos colegas que são contra incentivar determinados segmentos industriais no Brasil, peço que reflitam um pouco sobre isso.
Bom dia a todos.
José Pereira Filho, todos os países devem proteger na medida do possível, subsidiando a Indústria e os Exportadores. Na questão dos aumentos de impostos de importação, podem um surto inflacionário, porque os produtos serão majorados e que paga é o consumidor interno.
Quanto a flexibilização das regras ambientais, trata-se de um absurdo, que pode aumentar as tragédias climáticas. Isso foi feito largamente nos quatro anos do governo Bolsonaro, que passou a boiada nesse campo. Tivemos perdas significativas na cobertura das florestas da Meta Atlântica, do Cerrado e na Amazônia. Os reflexos estão aí, com seca drástica no Estado da Amazônia, no Pantanal e inundações no Sudeste e no Sul.
Hoje saiu uma reportagem, indicando que os aquiferos estão secando, principalmente o Aquifero Guarani.
É um assunto, que gera muito polêmica, muitos vão discordar e defender a flexibilização das regras ambientais, que fazer, cada um tem a sua verdade particular. É preciso buscar um consenso, visando preservar a vida no planeta.
No Rio de Janeiro, o deserto de homens da política e de ideias está pior do que o Saara e o Atacama juntos.
O carioca perdeu o protagonismo político nacional. O PT, o MDB e o PSDB partidos nacionais, aqui no Rio de Janeiro, estão se tornando nanicos. É um fenômeno sem precedentes, que precisa ser estudado, a luz da sociologia e até da psiquiatria.
O antigo tambor da política e da inteligência, hoje toca o bumbo das Bancadas da Bala, da Bíblia e das Organizações Criminosas.
Só ouço falar de PL, Republicanos, PP, PSD e todos na casinha do Centrão.
Na capital, não há concorrente para impedir a reeleição de Eduardo Paes. Até o Bolsonarismo, que venceu a eleição presidencial no Rio, está de mãos atadas. Por um erro estratégico de Bolsonaro, que impôs seu chefe da ABIN, o delegado Ramagem, para perder de goleada de Paes, ao invés de lançar seu filho 01, o senador Flávio, que foi vetado pelo pai. Tem alguma coisa aí, que ainda não veio a tona.
Lula, também errou estrategicamente, ao impedir uma candidatura para concorrer com Paes.
Na Baixada Fluminense, o campo Conservador, vencerá todas as prefeituras ( Nova Iguaçu, Caxias, Belford Roxo, Nilópolis e São João de Meriti.
Por falar em Nova Iguaçu, porque o deputado Lindeberg, que já foi prefeito lá, não dá a cara para bater, disputando a eleição municipal? Não gosta de trabalhar, seu esporte favorito é atacar a política econômica de Fernando Haddad, dia sim dia não, como ala de Gleise Hoffman.
Assim fica difícil, acompanhar a política do Rio de Janeiro.
Vivemos na cidade maravilhosa, tempos de trevas medievais.
Off topic:
Depois da prova falsa usada pela PF do LADRÃO contra o Jordi, o escandalo do padre Lancellotti da satisfação pessoal e o desfecho do caso Marielle apontando o mandante aliado do PT-PSOL, o que todo mundo já sabia, temos agora o escárnio e deboche da Cissa Guimarães Rouanet. Tá explicado o empenho em “Fazer o L” de artistas vendidos por bom preço. Valeu ou não valeu submeter-se?
Cissa Guimarães vai receber R$ 70 mil mensais na TV Brasil
Apresentadora receberá R$ 840 mil por um período de 12 meses
https://pleno.news/brasil/politica-nacional/cissa-guimaraes-vai-receber-r-70-mil-mensais-na-tv-brasil.html
Senhor Roberto Nascimento, aqueles itens acima listados no meu comentário, são as proposições dos agricultores franceses. Hoje, foi veiculado que eles querem que aumente também o preço de alguns produtos rurais, pois os preços estão muito baixos.
Veja bem; aqui em Pindorama, vivem apregoando a regulamentação pelo Mercado e lá fora, a cartilha é outra.
É o mesmo negocio de que temos que entregar nossas estatais e aí, nós vendemos para estatais de outros países.
Lembremos que os fundos de pensão da década de noventa, tinha “bala na agulha” para comprar a Vale do Rio Doce, mas, o entreguista “rainha de france”, colocou que só poderiam comprar tantos por cento da empresa.
É para entregar mesmo.
Concordo 100% com você José Pereira.
Entregaram as estatais brasileiras, por preços de banana, para serem administradas por estatais da França, da Espanha e dos Estados Unidos
A LIGHT de São Paulo foi entregue para a empresa ENRON, americana, que depois foi foi objeto de um inquérito nos EUA, por fraude fiscal e corrupção dos dirigentes. Caiu tanto, que abandonou a concessão de Energia Elétrica no Brasil. A Eletricite de France, que estava unida no consórcio com a ENRON, também caiu fora. A atual concessionária de Distribuição de Energia em São Paulo, a ENEL está um caos. Empresa vaga lume, falta luz, toda noite e de dia também. Começou a chover, a vida do paulistano vira um inferno
No Rio de Janeiro, o apagão em alguns bairros é o mesmo roteiro de São Paulo. Os moradores da Ilha do Governador, estão vivendo o inferno na Terra. A LIGHT não dá respostas ao consumidor. Para piorar, a Light está em Recuperação Judicial, acumulando uma dívida de 11 bilhões.
Na questão dos Aeroportos, as Privatizações entregaram para as concessionárias, sítios aeroportuários lucrativos, para Estatais da França, da Espanha (AENA), da Alemanha ( FRAPORT), da Argentina e até de Cingapura (Changi), que administra pessimamente o Galeão.
Uma vergonha. Ninguém faz nada, nem no governo Bolsonaro e nem no governo Lula. Que como Bolsonaro está um gigantesco mudo e inerte
A população, que se dane.