Deu no Globo
O Parlamento de Gana aprovou, na quarta-feira, um projeto de lei antigay, que restringe os direitos da comunidade LGBTQIAP+. A medida prevê a criminalização desta parcela da população, bem como de quem defende seus direitos. Segundo a nova norma, pessoas trans ou em relações homoafetivas poderão ser condenadas a até três anos de prisão. Já quem apoia a comunidade poderá ser sentenciado a até cinco anos.
Conhecido como “projeto antigay”, o texto foi patrocinado por uma coalizão composta por cristãos e muçulmanos. Além disso, teve apoio significativo de membros do Parlamento. Agora, o presidente do país, Nana Akufo-Addo, deverá sancionar a lei. Ele, no entanto, deixará o poder em dezembro após dois mandatos, e pode não querer comprometer sua imagem internacional ao validar o projeto.
DIREITOS HUMANOS – A aprovação da medida ocorre um dia após Audrey Gadzekpo, presidente do Conselho do Centro de Desenvolvimento Democrático de Gana (CDD), ter instado Akufo-Addo a não assinar o projeto de lei.
Ela afirmou que “os direitos humanos não dependem da aprovação da maioria”, de modo que a justificativa de que a passagem da norma tem o apoio de “supostamente a maior parte da população” é “insustentável”.
Já nesta quarta-feira, ela expressou decepção após a aprovação do projeto, oficialmente chamado de lei de Promoção dos Direitos Sexuais Humanos e Valores Familiares de Gana. Gadzekpo declarou que espera que, no futuro, o governo revogue a lei. Antes da aprovação do projeto, uma coalizão de direitos humanos também pediu que Akufo-Addo não sancione a norma, que estava no Parlamento desde 2021.
MULTICULTURAL — “Gana é um país secular e multi-religioso, com mais de 50 grupos étnicos com práticas culturais e crenças diferentes. Qualquer tentativa de criar um único sistema de valores culturais para Gana apaga o belo mosaico cultural que nos torna um povo único” — disse Audrey Gadzekpo.
À medida que o debate sobre o projeto aumentou nas últimas semanas, também cresceram os ataques contra membros da comunidade LGBTQIAP+.
Conforme publicado pela CBS, ativistas dizem que estudantes foram atacados e expulsos da escola, pessoas foram roubadas e muitas foram submetidas à extorsão sob ameaça de serem expostas. Em 2021, as Nações Unidas alertaram que a proposta de lei “criaria um sistema de discriminação e violência patrocinado pelo Estado”.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – O mundo parece estar andando para trás. Inspirados em lei colonial britânica, outros países da África e do Oriente Médio ainda adotam pena de morte para LGBTQIAP+. Na Rússia, dois dias depois de Suprema Corte adotar uma regra ‘antigay’, a Polícia passou a invadir festas LGBTQIAP+. Nesse ponto, o Brasil é o país mais civilizado do mundo. Ninguém nos supera em miscigenação racial e apoio à comunidade LGBTQIAP+. Mas estamos tendo retrocesso na tolerância religiosa, infelizmente. (C.N.)
Sou Gana desde criancinha.
Lula, preferiu atacar o “Menino do MEP”, segundo Cesar Benjamim!
Se Gana souber, ficará com gana dele!
Quem sabe do Menino do MEP é aquele padre que gosta de colocar a mandioca de fora e mandar ver.
“Abra sua mente
Gay também é gente
Baiano fala oxente
E come vatapá”
Dinho, Mamonas Assassinas, 1995.
“retrocesso na intolerância religiosa”, CN ?
Ou na tolerância?
Vc tem razão, Solange. É como na matemática: dois negativos dão um positivo.
Abs.
CN
Meu medo.
A soma de todos os medos.
No dia que o LGBTQIAP+ assumir o poder a situação pode se inverter, os heterossexuais serão perseguidos.
Será que isso faz parte do plano da redução populacional?
Machos e fêmeas alfa serão o grandes vilões da nova Ordem LGBTQIAP+ Mundial.
Os ginecofóbicos que me perdoem, vou continuar gostando das naturais.
Os cristãos conservadores de direita fiscal de tarraqueta alheia daqui da TI vão entrar em parafuso ao descobrir que o queridinho estado genocida de Israel é um dos pioneiros em direitos LGBTQIAA+ZYZDEFTJPA no mundo e ainda tem a maior parada gay do oriente médio. Isso sem falar no aborto liberado.
Somos todos Gana.