Carlos Newton
É impressionante como Lula da Silva demonstra despreparo e falta de entusiasmo para governar, embora esteja em seu terceiro mandato presidencial, quase chegando aos 80 anos. Está acostumado a viver de aparências, com teses que despertem simpatia social, como a defesa das supostas minorias, incluindo negros, mulheres, LGBTQIA+, indígenas, quilombolas etc., sem perceber que mulheres e miscigenados raciais já formam maiorias no país, enquanto o chamado terceiro sexo também avança velozmente na sociedade e logo deverá passar para segundo, como dizia o jornalista Sérgio Porto.
Para impressionar dona Janja da Silva e limpar seu passado cabuloso de ex-agente do regime militar e ex-presidiário por corrupção e lavagem de dinheiro, Lula agora luta desesperadamente para alcançar o Prêmio Nobel da Paz.
TEM CHANCE – Sem a menor dúvida, o presidente brasileiro tem até chance de receber o Nobel da Paz, como tantos outros que nem mereciam, tipo Henry Kissinger (EUA), Aung San Suu Kyi (Mianmar), Barack Obama (EUA), Malala Yousafzai (Paquistão) e Abiy Ahmed (Etiópia).
Ora, se esses enganadores receberam, por que não Lula? Assim, o petista tem todo direito de perseguir seu sonho, até comprando um avião novo para dar mais conforto à patroa, pois com toda certeza ele não vai parar de percorrer o mundo.
Seria interessante, porém, que o presidente não abandonasse o governo do Brasil e tentasse manter uma base sólida no Congresso. Mas até agora ele tem feito exatamente o contrário. Mesmo sabendo que a bancada do agronegócio tem maioria na Câmara e no Senado, Lula infantilmente vetou o projeto do marco temporal e comprou uma briga feira.
DIA D, HORA H – Quando chegar o dia D, tudo indica que na hora H o Congresso vai derrubar os vetos de Lula, e se a bancada aliada recorrer ao Supremo, como já anunciou o deputado Orlando Silva (PCdoB-SP), a situação vai se complicar.
Lula se comportou de maneira infantil, ao se aliar ao Supremo na briga contra o Congresso. O presidente da República não precisa dos ministros de preto para bem governar, e fica até ridícula sua submissão a eles. Mas necessita desesperadamente do apoio dos deputados e senadores, para tocar adiante as reformas de base.
No caso de Lula, não se trata de uma decisão difícil como a do Rei Salomão, nem de uma “Escolha de Sofia”. O presidente não tem opção, porque ficar em minoria no Congresso é suicídio político aqui no Brasil, como se viu nos exemplos de Jânio Quadros, João Goulart, Fernando Collor e Dilma Rousseff.
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P.S. – Como diriam os geniais Raul Seixas e Paulo Coelho, a serpente está na terra e a crise está no ar. Lula precisa começar a governar, mas respeitando o Congresso. Caso contrário, vai acabar perdendo o Nobel. (C.N.)