Após cair nas pesquisas, Lula sobe tom e pressiona os ministros por resultados

Presidente celebra conquistas de 2023 na abertura de reunião ministerial — Planalto

Lula reclamou dos ministros cobrou resultados palpáveis

Marianna Holanda, Idiana Tomazelli e Catia Seabra
Folha

O presidente Lula (PT) aumentou a pressão por mais entregas do governo com impacto econômico, após pesquisas de opinião indicarem queda em sua popularidade. O discurso da busca por “melhorar a vida das pessoas”, com ganhos no emprego, na renda e na qualidade de vida, tem sido a tônica do terceiro mandato do petista, mas os apelos ganharam novos contornos diante da avaliação de que resultados positivos em indicadores econômicos, como o PIB no ano passado, ainda não se reverteram em maior otimismo entre parte dos brasileiros.

O presidente comandou às 9h30 desta segunda-feira (18) a primeira reunião ministerial do ano, com todos os integrantes do primeiro escalão do governo. A expectativa é a de que Lula repasse as cobranças por resultados, seguindo o tom que já vem sendo adotado tanto em reuniões privadas quanto publicamente.

ELEIÇÕES À VISTA – A proximidade com as eleições municipais também eleva a temperatura das discussões. Ainda que o pleito não seja o gatilho principal para o anúncio de novas medidas pelo Palácio do Planalto, há o temor de que a sensação de mal-estar não se dissipe a tempo e impacte negativamente na hora de os eleitores irem às urnas.

A disputa nos municípios neste ano é considerada importante para garantir eventual reeleição de Lula ou a eleição de um sucessor ungido pelo petista em 2026.

Auxiliares palacianos dizem que a meta é melhorar a avaliação nas pesquisas ao longo do ano, chegando a cerca de 50% de ótimo ou bom. Para atingir esse objetivo, governistas consideram central fazer a percepção de melhora na economia chegar na ponta.

EXIGÊNCIAS DE LULA – As cobranças de Lula passam por medidas para reduzir o preço dos alimentos, ampliar o crédito para a parcela mais pobre da população, fomentar a compra da casa própria pela classe média e impulsionar investimentos.

Um dos exemplos mais recentes da preocupação com medidas econômicas foi a discussão do preço dos alimentos com os ministros Carlos Fávaro (Agricultura), Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário), Rui Costa (Casa Civil) e Fernando Haddad (Fazenda).

Após um resultado benigno em 2023, os alimentos começaram 2024 pesando no bolso dos consumidores. A alta acumulada de 2,34% nesses artigos entre janeiro e fevereiro foi um dos principais fatores por trás da variação acumulada de 1,25% no IPCA. O governo acredita ser este um ponto de atenção, principalmente diante da necessidade de ampliar a aceitação do governo entre as mulheres, incluindo as evangélicas.

COBRANÇA PÚBLICA – Após o encontro, os ministros disseram esperar redução nos preços até abril e fizeram uma cobrança pública para que os atacadistas repassem os preços mais baixos.

“Teremos uma estratégia para direcionar o crescimento da produção, para que ocorra perto dos centros consumidores. E estamos atentos também. Se essas medidas estruturantes, se os preços não abaixarem, nós podemos tomar outras medidas governamentais que serão estudadas pela equipe econômica”, disse Fávaro a jornalistas no Planalto.

O presidente também cobrou dos bancos públicos mais rapidez na agenda do crédito e expansão dos empréstimos para pequenas empresas e para a população mais pobre.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG –
Sonhar ainda não é proibido, mas reduzir preços por pressão de ministros é providência que sempre dá errado. O mais apropriado seria fazer estoques reguladores, mas isso não funciona com perecíveis, que só obedecem às leis do mercado. (C.N.)

10 thoughts on “Após cair nas pesquisas, Lula sobe tom e pressiona os ministros por resultados

  1. “Nosso Deus não é o mesmo do Malafaia”

    Lula da Silva

    Não jogue fora os votos que já não tem.

    Faça um sucessor, invista nele.

    Deixe a vaidade de lado, você só voltou pelos erros gravíssimos do seu adversário.

    Deixe esse clero desclassificado e apodrecido no ostracismo.

    Faça política, não faça guerra…

    “Tudo o que se faz na terra, se coloca Deus no meio. Deus já deve estar de saco cheio”

  2. Acho que o rapaz esta igual a aquele “negócio de velho”, não sobe mais, nem com reza braba.
    A propósito, a rapaziada das antigas, ai da esquerda, são mesmo comunistas, pois se parecem com o símbolo do partido deles.
    Da cintura para cima, são martelo, mas da cintura para baixo, FOI-SE.

  3. Sr. Newton

    Por falar em resultados.

    Veja os resultados dos Cieps do Brizolixo com o método do paulixo freiriano…

    Quase metade dos alunos brasileiros não termina ensino fundamental na idade certa

    Percurso irregular de conclusão da educação básica afeta de forma ainda mais expressiva entre os alunos mais pobres, com deficiência, indígenas, negros e do sexo masculino, mostra pesquisa

    https://www.em.com.br/educacao/2024/03/6820447-quase-metade-dos-alunos-brasileiros-nao-termina-ensino-fundamental-na-idade-certa.html

  4. Chefes incompetentes costumam culpar suas equipes.
    A única agenda desse sr. senil é tratar do golpe que não aconteceu, culpar seu antecessor por tudo que ele mesmo deixou de realizar e sair bem na foto com falatório insuportável em eventos para fazer campanha prévia e candidatar-se à reeleição.
    Salvo alguns traques de seus comandados comemorando factóides, a grave situação do país piorou ou está em vias de piorar. O que ainda lhe dá suporte são colunistas amestrados.

  5. Mas com os nossos estoques reguladores sempre caminhando para Cuba fica complicado controlar preços internos. Dilma doou 625,4 toneladas de feijão para Cuba em 2016 e com a quebra da safra de 2017 o Brasil enfrentou uma das mais altas carestias de todos os tempos no preço do feijão. Lula enviou a pouco tempo 125 toneladas de leite em pó para Cuba, enquanto importamos do Uruguai e Argentina 12% das nossas necessidades, já que a produção nacional não basta. Ao mesmo tempo que Lula reúne ministros para “abaixar na marra” o preço do arroz, está doando dos estoques reguladores brasileiros arroz, milho e soja para Cuba. Em novembro de 2023 o Brasil importou esse mesmo arroz que agora dá de graça para que a democracia cubana abrande a fome do infeliz povo a seus “cuidados”. https://www.gazetadopovo.com.br/republica/brasil-envia-alimentos-cuba-oposicao-reage/ https://planetaarroz.com.br/brasil-importa-60-mil-toneladas-de-arroz-da-tailandia/

  6. O ponto forte do governo é aumentar impostos, precisa de mucha plata, bufunfa, cascaio, o resto a mídia freguesa se encarrega de dourar a pílula.

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