Política ambiental de Marina Silva para Amazônia fracassou, diz Aldo Rebelo

Não vejo o PT como solução para o Brasil", diz Aldo Rebelo

Aldo Rebelo diz que Ibama defende os interesses dos EUA

Naief Haddad
Folha

Ex-ministro dos governos Lula 1 e Dilma, Aldo Rebelo (MDB) lança um livro sobre a Amazônia em que faz críticas duras à política para a região do Ministério do Meio Ambiente, sob Marina Silva (Rede), e à atuação do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis).

Outro alvo de “Amazônia: A Maldição de Tordesilhas – 500 Anos de Cobiça Internacional” (ed. Arte Ensaio) são as ONGs (organizações não governamentais), especialmente as estrangeiras e as brasileiras que recebem financiamento de governos e entidades de outros países.

FRACASSO DE MARINA – “Essa política [para a amazônia] proposta pelas ONGs e pelo Ministério do Meio Ambiente fracassou. Ela não pode persistir porque está cobrando um preço social muito elevado de 30 milhões de brasileiros que vivem lá”, afirmou à Folha.

Aldo tem uma longa história ligada à esquerda. No início deste ano, ele surpreendeu boa parte do mundo político ao aceitar o convite do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), para assumir a Secretaria de Relações Internacionais, cargo vago depois que a ex-prefeita Marta Suplicy (PT) deixou a gestão para ser candidata a vice na chapa de Guilherme Boulos (PSOL).

A decisão de Nunes foi vista com bons olhos pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), um dos políticos presentes no lançamento do livro em uma livraria de Brasília na última quarta (22).

POLÍTICA AMBIENTAL – Aldo afirma que se “opõe muito” à política ambiental conduzida por Marina Silva (Rede) desde os anos iniciais do primeiro governo Lula, quando ele era ministro da Coordenação Política.

Em 2005, Aldo foi contrário à demarcação como terra indígena da área da Raposa Serra do Sol, em Roraima. “Em reuniões, eu e José Dirceu [então ministro da Casa Civil] falamos ao presidente que era um erro demarcar daquele jeito. Nesse caso, nós perdemos, mas manifestamos a nossa opinião crítica”, lembra.

Mais tarde, de volta à base do governo na Câmara, Aldo foi responsável pela relatoria do Novo Código Florestal e novamente houve atritos com Marina. O código acabou sendo aprovado em 2012.

FRACASSO TOTAL – “Naquela época, havia espaço para disputa”, afirma. “Hoje, acho que o governo tem uma posição fechada em relação à orientação da Marina, o que é uma tragédia. Você não precisa de teorias para demonstrar o fracasso dessa política, o fracasso está exposto nos indicadores sociais.”

Aldo evoca dados do Censo 2022, com recortes voltados às populações indígenas e quilombolas. “O maior índice de analfabetismo do país está numa cidade de Roraima [Alto Alegre], onde majoritariamente a popula ção é indígena. As maiores taxas de mortalidade infantil estão entre os indígenas; de falta de luz elétrica, entre os indígenas. A população que tem menos acesso a saneamento, a água tratada, é a indígena”, diz.

“Ou seja, essa política [para a amazônia] proposta pelas ONGs e pelo Ministério do Meio Ambiente fracassou”, diz, e nos 35 capítulos do livro, aparecem pelo menos dez menções negativas às ONGs estrangeiras e brasileiras financiadas por dinheiro do exterior.

ESTADO PARALELO – Segundo Aldo Rebelo, essas entidades compõem um Estado paralelo. Os órgãos governamentais, escreve, executam a “política das ONGs, que nada mais é do que a orientação dos interesses internacionais”.

“Essas entidades trabalham para bloquear qualquer tipo de desenvolvimento na Amazônia. Não é para combinar proteção ambiental com desenvolvimento, um desenvolvimento supervisionado, fiscalizado”, diz.

Antes mesmo de chegar ao Planalto, em 2019, Jair Bolsonaro já se notabilizava pelos ataques às ONGs que atuam na Amazônia. Nesse sentido, Aldo se aproxima de Bolsonaro?

BLOQUEIAM TUDO – “As críticas à atuação das ONGs são amplas e vastas. E não somos só eu e Bolsonaro. Houve em 2023 uma CPI [sobre as ONGs] conduzida pelo Senado, com amplo apoio partidário. O próprio presidente Lula tem uma visão muito crítica em relação a elas. Certa vez, numa reunião ministerial, ele se queixou de que os licenciamentos ambientais na Amazônia não saíam. E alguém disse a ele que havia um comitê com mais de 50 ONGs que decidiam o que seria licenciado ou não. Deu uma crise.”

No livro, Aldo não cita o aumento do desmatamento na Amazônia durante o governo Bolsonaro, que ficou acima de 10 mil km² entre 2018 a 2022 segundo o sistema Prodes, do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisa Espacial).

CONTRA O IBAMA – Em geral, Aldo respondeu às perguntas de maneira serena. Só mudou levemente o tom de voz ao falar sobre o Ibama.

“Pelo amor de Deus, o que é o Ibama? É uma instituição controlada de fora do país. Esse Sistema Nacional de Unidades de Conservação foi uma construção da Usaid [Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional]”, afirma.

“Na nossa margem equatorial, o Ibama proíbe um poço experimental de petróleo no Amapá, que tem um alto nível de nível de pobreza, com 73% da população no Bolsa Família”, afirma, em menção à licença para perfuração na bacia Foz do Amazonas, que foi negada pelo Ibama em maio de 2023.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
Aldo Rebelo está no caminho certo. O Ibama tem um papel muito negativo em relação ao desenvolvimento do país e Marina Silva é uma patricinha da floresta, que nunca foi seringueira e denigre o país no exterior, dizendo que aqui há 120 milhões e famintos (cerca de 55% da população). Marina no governo é um atraso de vida, mas Lula tem medo dela. (C.N.)

8 thoughts on “Política ambiental de Marina Silva para Amazônia fracassou, diz Aldo Rebelo

  1. “A diferença ente os humanos e os animais, é que os últimos nunca permitem que um estúpido lidere a manada.”
    Churchill(?)

  2. T.I. Recordar é Viver

    Olho no lance……

    Marina diz ver Lula como corrupto e não se arrepende de apoio ao impeachment de Dilma

    “…Na primeira hora da entrevista, Marina comentou as denúncias de corrupção envolvendo o PT e o ex-presidente Lula.

    – Ele está sendo punido por graves crimes de corrupção. Sim (eu considero que ele é corrupto) – disse a candidata, que foi ministra do Meio Ambiente no primeiro mandato do petista, acrescentando que não gosta de ficar tripudiando sobre quem já foi punido.

    Ela diz que não se arrepende de ter apoiado o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff….”

    -( Marina no governo é um atraso de vida, mas Lula tem medo dela. (C.N.)

    A Fadinha da Floresta está perdida no ano de 1.917, as fotos ainda eram preto e branco…

  3. Atacar o STF, o menos errante no conjunto da obra, face à confusão política que reina sobre a nação, a nosso ver, “data venia”, não é a melhor solução para o país, a política, a vida e a convivência pacífica do conjunto da população. QUANDO O BRASIL SERÁ RESOLVIDO EM DEFINITIVO, PACIFICADO, DEMOCRATIZADO E CIVILIZADO ? Eis a questão. Vc sabe quando ? O fato é que o Brasil, como se encontra formulado, há 134 anos, capturado pela república do militarismo e do partidarismo, politiqueiro$, e seus tentáculos velhaco$, forjado, protagonizado e desfrutado pelos me$mo$ durante134 anos, não está pronto nem mesmo para resolver as suas imensas desigualdades regionais, representativas, raciais…, e muito menos as suas mazelas sociais (vide, p. ex., enchentes no RS). Tendo em vista os EUA, nação que se afeiçoa mais próxima daquilo que se convencionou chamar Democracia, inclusive porque lá o voto não é obrigatório e as candidaturas avulsas não são proibidas, o monopólio eleitoral é do Estado e não de donos de partidos e as forças armadas não se metem em política-partidária-eleitoral, muito menos em golpes, ditaduras e estelionatos eleitorais, ainda assim, a nosso ver, ela tb está mais para a plutocracia putrefata com jeitão de cleptocracia e ares fétidos de bandidocracia, alicerçada na força do dinheiro e, portanto, não é a Democracia de Verdade, com a qual sonhamos desde criancinhas, Direta, com Meritocracia, enquanto poder e governos do povo para o povo, aberta à participação ativa de todos e todas, independente de partidos, golpes, ditaduras e estelionatos eleitorais, alicerçada no mérito das pessoas aptas a nos representar nos governos, parlamentos e máquina pública, e não na força e influência do dinheiro que domina e se impõe a quase tudo e todos, no seio da qual as eleições são gerais, os mandatos são no máximo de 5 anos, sem reeleição, com alternância no poder garantida, fatos que fazem das eleições da Democracia Direta uma forma de olimpíadas do saber local, estadual e nacional, muitíssimo diferente da confraria da safadezas estabelecida no Brasil há 134 anos, valendo lembrar que a Democracia Direta é alicerçada na boa-fé, na verdade, na honestidade e na justiça reta, na estabilidade política, na sustentabilidade, na preferência pelo desenvolvimento do mercado interno, na moeda própria porque o socialmente desejável está condicionado ao economicamente possível, na paz, no amor, no perdão, na conciliação, na união e na mobilização pela mega solução, via evolução, focada no sucesso pleno do bem comum do conjunto da população, como propõe, há 34 anos, o megaprojeto novo e alternativo de política e de nação, no bojo da Revolução Pacífica do Leão, a nova via política extraordinária, que mostra o novo caminho para o possível novo Brasil de verdade, confederativo, com Democracia Direta e Meritocracia, a nova política de verdade, com Deus na Causa, que se propõe a resolver o Brasil, a política e a vida do conjunto da população para os próximos 500 anos, no atacado (em Brasília) e no varejo (estados e municípios), porque urge nos libertarmos do continuísmo da mesmice da maldita polarização política nefasta, decorrente da maldita guerra tribal, primitiva, permanente e insana por poder, dinheiro, vantagens e privilégios, sem limite$, operada à moda todos os bônus para ele$ e o resto que se dane com os ônus, imposta pela velha herança maldita no como do sistema apodrecido, com a maldição do aparelhamento das instituições e seus efeitos colaterais terríveis para o conjunto da população, que não obstante a patroa, juridicamente organizada em Estado, é a última que fala e a primeira que leva os trancos, e, sobretudo, porque, em sã consciência, ninguém aguenta mais o continuísmo da mesmice dos me$mo$, com as suas fake news, armações, esquemas, golpes, ditaduras e estelionatos eleitorais, respondendo assim as nossas indagações iniciais. http://www.tribunadainternet.com.br/2024/05/29/sera-que-jamais-aprenderemos-o-que-significa-viver-num-pais-democratico/?fbclid=IwZXh0bgNhZW0CMTEAAR1tps-qAjZ4LkEMXMVm_utW_tGwwnnYDRn32a0ZeYAfDlbprI8OLQhv4Ps_aem_AYRkmDkQZ17Tk9IjB5yG5nQDlKargqKdbaoaxS_KOOaIOpSgu-Qy8Lyegq_znFuZl01hp_MlIJ8xBDT2NZ66VeUk#comments

  4. A princesinha da selva é mais uma prova do nível do ministério do Stalinácio, ministros ruins como ele, gente despreparada para o cargo que ocupa, e pior, gente como a princesinha se pautando por ONGs estrangeiras extremamente interessadas no “desenvolvimento” da Amazônia, gente que nos quer ver como estamos hoje, quase de joelhos.

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