Bruno Boghossian
Folha
Por ordem do STF, Jair Bolsonaro e Walter Braga Netto não podem manter contato um com o outro. É uma medida comum para impedir que investigados combinem versões, troquem ameaças ou fechem acordos de sobrevivência. Uma conversa entre o capitão e o general, no entanto, ocorre em público.
As reações da dupla ao indiciamento por tentativa de golpe revelam a busca por um pacto. Braga Netto divulgou duas notas em que foi incapaz de negar de forma categórica seu envolvimento nos planos para permanecer no poder. O general afirmou apenas que “nunca se falou em golpe”. Seus advogados gastaram caracteres para dar outros recados.
ESTÃO AMARRADOS – Braga Netto se amarrou a Bolsonaro pelo tornozelo. Em sua primeira manifestação, ele rejeitou o que seria a “tese fantasiosa e absurda” de que, após o golpe, os generais tirariam o capitão de cena para controlar o regime.
O ex-ministro declarou lealdade absoluta ao antigo chefe e, na prática, derrubou a ideia de que poderia haver um duplo comando naquela conspiração.
Os dois principais líderes da trama agiam com o mesmo propósito. Bolsonaro deixou suas digitais no decreto que efetivaria o golpe e na convocação dos comandantes das Forças Armadas para a conspiração. Braga Netto trabalhou para coagir os chefes militares e coordenou uma reunião dos agentes que desenhavam o plano para matar Lula e Alexandre de Moraes.
DEFESA INDIVIDUAL – As manifestações de Braga Netto sugerem que a chamada família militar prefere se defender de forma unida. Bolsonaro mostrou uma certa hesitação diante dessa expectativa. No primeiro pronunciamento sobre o indiciamento, o ex-presidente fez o que parecia ser uma defesa individual: “Da minha parte, nunca houve discussão de golpe”.
A desfaçatez, porém, forja a aliança entre Bolsonaro e Braga Netto. As declarações de ambos são baseadas na teoria furada de que jamais houve uma tentativa de golpe porque não havia adesão suficiente ou tanques nas ruas.
O que nenhum deles refuta é que houve a elaboração de um decreto golpista para instituir um estado de sítio e impedir a posse do presidente eleito. Seria o tal golpe “dentro das quatro linhas”.
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https://x.com/f_cflavio/status/1861603515115728988?t=m9anJMA6cjggAjlSYyhqpA&s=08
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José Luis
E o golpe fo fachin
Trairagem: Bolsonaro joga ‘culpa’ pelo golpe nas costas de Heleno e Braga Netto
A defesa de Bolsonaro (ex-capitão) adotou a tese do “golpe do golpe”, alegando que militares de alta patente planejavam usar a trama golpista para derrubá-lo e assumir o poder.
A estratégia visa livrar (a cara de) Bolsonaro das acusações de envolvimento no golpe e implicar os generais Augusto Heleno e Walter Braga Netto.
A base para essa tese é um documento elaborado pelo general da reserva Mario Fernandes, um dos suspeitos de arquitetar a trama golpista.
O texto previa a criação de um Gabinete Institucional de Gestão de Crise, comandado por militares, após o golpe de Estado.
Fonte: Folha de S. Paulo, Política, 30.nov.2024 às 4h00 Por Cézar Feitoza
‘Modus operandi’ manjado de Bolsonaro: Tacar fogo no circo, tirar o corpo fora e jogar bolsotários na fogueira.
Sr. Panorama,
Desta vez o capiroto, SIFU!
Não tem como se safar.
Não sei se algum militar vai em cana, mas o exofrado, é pule de dez.
José Luis
A casa caiu.
Para tentar se safar, um delata e/ou joga a culpa no outro.
É o fim da ‘rataria’.