Enfim, até os republicanos começam a reagir contra as decisões de Trump

É verdade que a economia dos EUA nunca esteve tão bem, como diz Trump? - 22/10/2018 - UOL Economia

Trump diz que a economia nunca esteve tão bem nos EUA

Roberto Nascimento           

Demorou, mas até os republicanos, muito diplomaticamente, têm levado a Donald Trump a preocupação do partido com a queda nas pesquisas e o medo dos agentes econômicos de redução dos lucros em seus negócios, além do aumento da inflação e da ocorrência de recessão.

É incrível que Trump ainda não tenha percebido que é um equívoco essa política de isolar os EUA, impondo tarifas a rodo até em aliados históricos, como o Canadá e a Europa, rompendo não somente acordos comerciais, como também militares, pois praticamente abandonou a OTAN e anunciou sua intenção de anexar o Canadá, a Groenlândia e o Canal do Panamá. É muita loucura para tão pouco tempo de governo.

PREÇO A PAGAR – Isso tem um preço, que Trump vai pagar e os americanos, também. É questão de tempo. Já começou com a queda das bolsas e a oscilação do dólar. Trump teve de recuar do tarifaço contra Canadá e México e manteve contra a China, que naturalmente vai adotar a reciprocidade comercial.

Na realidade, Trump suspendeu por um mês a tarifação, a fim de conter a volatilidade da moeda americana. Mesmo assim, as Bolsas aíram fortemente e o mercado ficou assustado. O perigo se concentra numa desaceleração da economia mundial, fruto da guerra comercial comandada por Trump.

O presidente americano está dando um tiro no pé com essa política isolacionista. O resultado da guerra das tarifas será inflação, alta dos preços das comodities e estagflação, a combinação de recessão e inflação, principalmente nos EUA.

CAUSA E EFEITO – Trump adota uma política suicida, parecendo não ter observado as relações de causa e efeito de uma guerra das tarifas. Seus parceiros tradicionais, os europeus, não confiam mais nos EUA, especialmente porque a  OTAN (Organização Tratado do Atlântico Norte) praticamente foi implodida por Trump, que priorizou a parceria com a Rússia de Vladimir Putin.

Em relação ao Brasil, impor tarifas sobre o aço e o etanol do país não se justifica à luz dos fatos. Os EUA têm superávit comercial conosco, portanto, exportam para cá muito mais do que exportamos para lá.

Novamente, mais tiro no pé. Esse tarifaço contra o Brasil mais parece uma vingança do Trump, pelo fato de Lula ter apoiado Kamala Harris. O Brasil não prejudica em nada a economia americana.

ANTIAMERICANISMO – Com essa política de ostra, voltada para dentro dos EUA, principalmente através da taxação de tarifas lineares, em 25 por cento para o aço de todos os países, Donald Trump vai sofrer do mesmo mal que ele atribuiu ao presidente Joe Biden: Aumento da inflação e recessão, está última dita por ele, como inevitável.

Trump conseguiu trazer de volta o antiamericanismo do passado. Na Europa e no Canadá as populações desses países já se movimentam para boicotar produtos americanos.

Trump operou uma ação (taxação das importações). E agora a reação está em marcha.

4 thoughts on “Enfim, até os republicanos começam a reagir contra as decisões de Trump

  1. É sintomático a aversão dos jornalistas devotos brasileiros à administração Trump.
    Estão sentindo a fisgada no osso.
    Tio Sam não leva em conta essa irrelevância. Trump já falou disso.
    A fase do pranto e ranger de dentes está começando.

  2. 80% da população americana e maioria dos deputados e senadores do congresso americano estão com o Trump e apoiam as suas políticas.

    A verdade é suprimida e não passa na impren$a e$tatal brasileira. Coitado de quem nela acredita.

  3. Trump, porém, não perde tempo com quem não dá futuro. Senão, vejamos:

    Trump não hospedou Jair Bolsonaro em seu Resort Mar-a-Lago de Luxo, em Palm Beach, em 30 de dezembro de 2022, como pretendia o ex-mito na sua fuga do Brasil com medo de ser preso.

    E, na rua, o ex-mito acabou tendo que se abrigar na casa do lutador de MMA José Aldo, em Orlando, onde também não seria tolerado por muito tempo.

    Trump também barrou a entrada de Michelle Bolsonaro no Capitólio, na sua posse, em 20 de janeiro de 2025. E a ex-primeira-dama e comitiva, Eduardo Bolsonaro incluso, tiveram que assistir ao evento em um telão e voltaram ao Brasil incógnitos.

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